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A onda
Em uma aula sobre autocracia, o professor de História Rainer Wenger (Jürgen Vogel) propõe aos alunos um experimento para que eles entendam e vivenciem os mecanismos do fascismo. Pouco a pouco, o grupo, chamado de “A onda”, dissemina veemente os conceitos pregados em aula. Quando o jogo assume um lado violento, não há mais meio para interrompê-lo.
Chega com atraso ao Brasil esse excelente filme alemão lançado há dois anos na Europa, baseado em um episódio real ocorrido na Califórnia nos anos 60, inclusive com o desfecho violento que aqui é mostrado de maneira crua. O ponto de partida do filme serve para confirmar uma velha teoria que vem sendo observadas na sociedade pós-moderna: o nacional-socialismo na Alemanha de Hitler, nas décadas de 30 e 40, ainda vive, ou seja, não é uma realidade que ficou para trás. Diante disso, o diretor explora a propagação desse poder autocrático na mente de cidadãos comuns, influenciados por um líder e organizados por um grupo em busca de um objetivo comum.
A forma de persuasão como o professor contamina os adolescentes em sala de aula faz com que eles adotem outro ideal de vida, arrastando uma multidão para dentro do fascismo, numa espécie de narcose coletiva. E a escola vira um microcosmo de um momento grotesco do século passado.
Procura debater as feridas abertas pelo nazismo e como a situação pode ser facilmente repetida numa sociedade aparentemente democrática. Não se prende apenas a filosofias sobre regimes autocráticos e ao nazismo em especial, e ainda analisa o sistema educacional europeu.
Exibido no Festival de Sundance, onde causou repercussão e abriu os olhos do público para a consolidação de uma nova etapa do cinema alemão. Uma fita impactante, que merece ser descoberta e debatida. Por Felipe Brida
Em uma aula sobre autocracia, o professor de História Rainer Wenger (Jürgen Vogel) propõe aos alunos um experimento para que eles entendam e vivenciem os mecanismos do fascismo. Pouco a pouco, o grupo, chamado de “A onda”, dissemina veemente os conceitos pregados em aula. Quando o jogo assume um lado violento, não há mais meio para interrompê-lo.
Chega com atraso ao Brasil esse excelente filme alemão lançado há dois anos na Europa, baseado em um episódio real ocorrido na Califórnia nos anos 60, inclusive com o desfecho violento que aqui é mostrado de maneira crua. O ponto de partida do filme serve para confirmar uma velha teoria que vem sendo observadas na sociedade pós-moderna: o nacional-socialismo na Alemanha de Hitler, nas décadas de 30 e 40, ainda vive, ou seja, não é uma realidade que ficou para trás. Diante disso, o diretor explora a propagação desse poder autocrático na mente de cidadãos comuns, influenciados por um líder e organizados por um grupo em busca de um objetivo comum.
A forma de persuasão como o professor contamina os adolescentes em sala de aula faz com que eles adotem outro ideal de vida, arrastando uma multidão para dentro do fascismo, numa espécie de narcose coletiva. E a escola vira um microcosmo de um momento grotesco do século passado.
Procura debater as feridas abertas pelo nazismo e como a situação pode ser facilmente repetida numa sociedade aparentemente democrática. Não se prende apenas a filosofias sobre regimes autocráticos e ao nazismo em especial, e ainda analisa o sistema educacional europeu.
Exibido no Festival de Sundance, onde causou repercussão e abriu os olhos do público para a consolidação de uma nova etapa do cinema alemão. Uma fita impactante, que merece ser descoberta e debatida. Por Felipe Brida
Título original: Die Welle
País/Ano: Alemanha, 2008
Elenco: Jürgen Vogel, Frederick Lau, Max Riemelt, Jennifer Ulrich.
Direção: Dennis Gansel
Gênero: Drama
Duração: 106 min
Distribuidora: Paramount Pictures
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