domingo, 5 de fevereiro de 2023

Resenha Especial


Oito mulheres e um segredo

A golpista Debbie Ocean (Sandra Bullock) planeja há anos o maior roubo da história, e para que tudo corra bem, reúne um grupo de mulheres para o crime. O alvo: U$ 150 milhões em diamantes que estarão expostos no famoso evento Met Gala.

Em Hollywood virou moda atualizar filmes antigos em versões com mulheres, como vimos recentemente em “Caça-fantasmas” (2016), “Do que os homens gostam” (2019 – que vinha de “Do que as mulheres gostam”) e esse “Onze mulheres e um segredo” (2018), adaptação da fita de ação “Onze homens e um segredo” (1960, com o Rat Pack, incluindo Frank Sinatra e Dean Martin), e que já havia um remake dele de mesmo título em 2001, com grande elenco, como George Clooney e Brad Pitt. Agora a trama de um roubo milionário é pelas mãos das mulheres, golpistas interessadas em capturar mais de U$ 150 milhões em diamantes. Para isso, o plano não pode falhar, pois os diamantes estarão no famoso Met Gala - o pano de fundo é o verdadeiro evento Met Gala, também chamado de Met Ball ou Costume Institute Gala, uma festa de gala anual que arrecada fundos para manutenção do Metropolitan Museum of Art em Nova York, e que existe desde 1948. A trama é ágil e bem bacana, e o time escalado é formidável: Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anne Hathaway, Mindy Kaling, Awkwafina, Sarah Paulson, Rihanna, Dakota Fanning, Helena Bonham Carter e outras (sem falar em participações de atores veteranos, como Griffin Dunne e Elliot Gould). Essa homenagem ao clássico filme de roubo “Onze homens e um segredo” dá um novo vigor à história e com novos elementos que entrega um bom resultado. Custou U$ 70 milhões e rendeu boa bilheteria, com mais de U$ 297milhões pelo mundo.



Entretenimento descompromissado e de primeira, com cenas bem orquestradas de perseguição e ação, do diretor Gary Ross, dos dramas indicados ao Oscar “A vida em preto e branco” (1998) e “Seabiscuit: Alma de herói”, da primeira parte de “Jogos vorazes” (2012) e da fita de ação com traços biográficos “Um estado de liberdade” (2016) - vale destacar que Ross também atua como roteirista, escreveu uma dezena de roteiros, como “Quero ser grande” (1988), “Dave, presidente por um dia” (1993), e é dele o roteiro de “Oito mulheres e um segredo”, ao lado de Olivia Milch, a partir dos personagens criados por George Clayton Johnson para o filme original de 1960. Em DVD e bluray, além das plataformas de streaming.

Oito mulheres e um segredo (Ocean’s eight). EUA, 2018, 109 minutos. Ação. Colorido. Dirigido por Gary Ross. Distribuição: Warner Bros.

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