domingo, 31 de outubro de 2021
Especial de cinema
domingo, 24 de outubro de 2021
Especial de Cinema
O acesso remoto à 45ª Mostra Intl. de São Paulo se dá pela plataforma exclusiva Mostra Play - https://mostraplay.mostra.org. Os ingressos podem ser adquiridos lá (individuais, pacotes ou credenciais), a valores promocionais (inteira e meia entrada), e também há exibições gratuitas nas plataformas do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br) e do Sesc Digital (https://sesc.digital).
Confira abaixo uma seleção feita por mim com drops dos melhores filmes da 45ª Mostra de Cinema de SP.
Armugan (Espanha, 2020, de Jo Sol)
Drama espanhol tocante com uma esplêndida fotografia em preto-e-branco, sobre a imbricada relação de dois homens em um vale isolado nos Pirineus. Eles visitam diariamente as casas da população local, e um deles, deficiente físico, precisa ser carregado nas costas. Até que é revelado o misterioso trabalho dos dois. Um dos ótimos filmes da Mostra desse ano, que trata da morte com outro viés e de um certo misticismo secular.
Destaque da 45ª Mostra, a comédia anárquica romena em tom surrealista foi a ganhadora do Urso de Ouro no Festival de Berlim de 2021. Acompanha um dia inteiro na vida de uma professora após um vídeo íntimo seu vazar na internet. Enfrenta ameaças, acusações e pode ser demitida da escola. Uma reunião com os pais de alunos será decisiva para ela. Filme para público restrito (cuidado com a classificação, devido a rápidas cenas de sexo), é também subversivo na linguagem (em especial na edição). Uma boa dica de cinema alternativo para esse momento.
Stillwater: Em busca da verdade (EUA, 2021, de Tom McCarthy)
Exibido em Cannes (fora da competição), o drama é uma revisão do caso Amanda Knox e traz Matt Damon na pele de um pai que vai atrás da filha presa por um homicídio que diz não ter cometido (papel excepcional de Abigail Breslin, que pode pegar indicação ao Oscar em 2022). Ele tentará de tudo para provar a inocência da jovem. Com suspense e um bom roteiro, o filme do diretor de “O visitante” e “Ganhar ou ganhar” é uma grata surpresa.
Fita independente chilena sobre um músico fracassado que procura se reconectar com o filho pequeno após a separação da mulher. É um drama sentimental, cheio de cortes e enquadramentos experimentais, sobre aprisionamento e casamento em ruínas. Gostei também dos diálogos intensos.
Lidando com a morte (Holanda, 2020, de Paul Rigter)
Documentário holandês que aponta os diversos rituais relacionados à morte num bairro multiétnico de Amsterdã, observados e narrados pela chefe de uma agência funerária local. Ela se chama Anita, e com bom humor e distanciamento, guia o espectador por esse universo difícil de aceitação e transição.
No táxi do Jack (Portugal, 2021, de Susana Nobre)
De Portugal, o filme, exibido no Festival de Berlim, é uma mistura de documentário e ficção, sobre um ex-taxista de 60 anos e suas tentativas para garantir uma melhor aposentadoria. Ele é uma figura ímpar em cena, com um ar brega total, de jaqueta de couro e cabelo com gel no estilo Tony Manero. Joaquim (ou Jack) recorda sobre viagens e trabalho e nos deixa totalmente à vontade nessa fita indie curtinha, de 70 minutos apenas.
Pegando a estrada (Irã, 2021, de Panah Panahi)
Primeiro filme do filho do cineasta iraniano exilado Jafar Panahi, um drama com passagens cômicas sobre uma família desajeitada numa viagem sem destino. É um road-movie a la Irã, trazendo vários personagens caóticos, em uma série de peripécias e desventuras pelo país. Pela obra, Panah afirma que dá para fazer comédias críticas no Irã. Exibido na Quinzena dos Realizadores de Cannes.
As Bruxas do Oriente (França, 2021, de Julien Faraut)
Adorei o doc francês sobre o time de jogadoras de vôlei feminino do Japão dos anos 50 e 60, cujas mulheres trabalhavam em uma fabrica têxtil. Nesse filme, cinco delas se reúnem no momento atual, com mais de 70 anos, para recordar as centenas de competições vencidas (elas inclusive triunfaram nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964), e contam sobre o apelido que receberam, “Bruxas do Oriente”. Uma fita bacana, emocionante, sobre esporte, Terceira Idade e vontade de viver. Exibido no Festival de Rotterdam.
quinta-feira, 21 de outubro de 2021
Resenha Especial
Ad Astra: Rumo às estrelas
quinta-feira, 14 de outubro de 2021
Cine Cult
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
Dica de Livro
Abertura do livro "Infiltrado na Klan" (2014), de Ron Stallworth, publicado no Brasil pela editora Seoman (2018, 208 páginas, tradução de Jacqueline D. Valpassos). Nessa autobiografia, o detetive negro Ron Stallworth dá detalhes de como se infiltrou na Ku Klux Klan no final dos anos 70. A partir de um anúncio em um jornal local que convocava pessoas para integrar a seita KKK, Ron passou-se por um homem branco e racista, utilizando, para os encontros da Klan, um colega policial do setor de narcóticos. O disfarce durou nove meses, e o objetivo era ajudar nas investigações policiais da seita na cidade de Colorado Springs. Ron guardou segredo sobre essa história por quase 30 anos - somente em 2006, já aposentado, revelou o caso em uma entrevista para um jornal. Em 2014 publicou esse livro sobre sua experiência frente à KKK, que inspirou o filme de mesmo título, dirigido por Spike Lee, lançado em 2018. O filme ganhou o Oscar de melhor roteiro adaptado, fez muito sucesso e recebeu ainda indicação ao Oscar de melhor filme, diretor, ator coadjuvante para Adam Driver, trilha sonora e edição.
O livro, que também conta com um rico arquivo de fotografias pessoais de Ron, tem uma trama curiosa e mirabolante, conta com momentos de muito humor, ação e suspense, e ao mesmo tempo trata dos pormenores do racismo nos Estados Unidos. Vale a leitura!
terça-feira, 12 de outubro de 2021
Cine Lançamento
domingo, 10 de outubro de 2021
Especial de Cinema
Filmes de destaque
- Um herói (dois prêmios em Cannes, incluindo o Grand Prix), de
Asghar Farhadi – Irã/França
- Titane (Palma de Ouro em Cannes e prêmio especial em Toronto),
de Julia Ducournau – França/Bélgica
- Memoria (prêmio do Júri em Cannes), de Apichatpong
Weerasethakul – Tailândia/Colômbia/França
- Ao cair do sol (indicado ao Leão de Ouro em Veneza), de Michel
Franco – França/México
- Noite passada em Soho (indicado a prêmio
especial em Veneza), de Edgar Wright – Reino Unido
- A crônica francesa (indicado à Palma de Ouro em Cannes), de Wes Anderson) – EUA/Alemanha
- Má sorte no sexo ou Pornô amador (ganhador do Urso de Ouro em
Berlim), de Radu Jude – Romênia/Luxemburgo
- Bergman island (indicado à Palma de Ouro em Cannes), de Mia
Hansen-Løve – França/Bélgica/Alemanha
- Lamb (prêmio especial no Um certain Regard em Cannes), de Valdimar
Jóhannsson – Islândia/Suécia/Polônia
- A mulher que fugiu (Urso de Prata de
direção) e Encontros (Urso de Prata de roteiro), ambos de Sang-soo Hong –
Coréia do Sul
- 7 prisioneiros (prêmio especial em Veneza), de Alexandre
Moratto – Brasil (da Netflix)
- Higiene pessoal (prêmio especial no Festival de Berlim), de
Denis Côté – Canadá
- Ha'berech/ Ahed’s knee (prêmio de Júri em Cannes e indicado à
Palma de Ouro), de Nadav Lapid – Israel/França/Alemanha
- Summer of Soul (ou Quando a revolução não pode ser televisionada)
(vencedor do Grande Prêmio do Júri de melhor documentário em Sundance), de
Questlove – EUA
- Nebenan/ Next door (indicado ao Urso de Ouro em Berlim), de
Daniel Brühl – Alemanha
- Murina (prêmio Golden Camera em Cannes), de Antoneta Alamat
Kusijanovic – Croácia/Eslovênia/Brasil
- A febre de Petrov (prêmio especial em Cannes e indicado
à Palma de Ouro), de Kirill Serebrennikov – Rússia/França
- Coisas verdadeiras (indicado ao ‘Venice Horizons’ em Veneza),
de Harry Wootliff – Reino Unido
- Imaculat (três prêmios especiais em Veneza), de Monica Stan e George
Chiper - Romênia
- Zalava (prêmio da crítica em Veneza), de Arsalan Amiri - Irã
- Jane par Charlotte (indicado ao Golden Eye em Cannes), de Charlotte
Gainsbourg - França
- France (indicado à Palma de Ouro), de Bruno Dumont – França/Alemanha
- Um equilíbrio (ganhador de prêmios em festivais como Tokyo,
Atenas e Busan), de Yujiro Harumoto - Japão
- Os intranquilos (indicado à Palma de Ouro), de Joachim Lafosse –
Bélgica/França
- Roda do destino (Urso de Prata - Grande
Prêmio do Júri em Berlim), de Ryûsuke Hamaguchi – Japão
- Compartimento 6 (Grande Prêmio e Prêmio do Júri Ecumênico em Cannes), de Juho Kuosmanen – Finlândia/Rússia/Alemanha)
Outros filmes:
- Meu filho
- Marx can wait
- O marinheiro das montanhas
- Diários de Otsoga
- Pegando a estrada
- First date
- Bob Cuspe: Nós não gostamos de gente
- A viagem de Pedro
- Stillwater
- A noite do fogo
- Medusa
- Evolution
- As verdades
- Bachmann e seus alunos
Sessões especiais
Haverá na Mostra a retrospectiva
em homenagem ao diretor português Paulo Rocha (1935-2012), com exibição de vários
de seus filmes, como “Os verdes anos”, “A ilha de Moraes”, “O rio de Ouro”, “Mudar
de vida” e “A ilha dos amores”. Também terá a exibição do documentário “A
távola de Rocha”, em homenagem ao cineasta.
Haverá sessões dos curtas-metragens
“A voz humana” (de Pedro Almodóvar), “Ato”, de Bárbara Paz, e “A noite”, de
Tsai Ming Liang. Também serão exibidas as cópias restauradas de “Terra
estrangeira” e de “O rei da noite”, bem como a versão em preto-e-branco de “Parasita”
e de dois documentários sobre Ziraldo, o criador do pôster da Mostra desse ano,
“Ziraldo, uma obra que pede socorro” e “Ziraldo, era uma vez um menino”.
sexta-feira, 8 de outubro de 2021
quinta-feira, 7 de outubro de 2021
Cine Clássico
quarta-feira, 6 de outubro de 2021
Dica de livro
domingo, 3 de outubro de 2021
Cine Cult
sábado, 2 de outubro de 2021
Especial de cinema
Vem aí a 45ª Mostra
Internacional de Cinema de São Paulo