Hamlet
(Kenneth Branagh), príncipe da Dinamarca, ao retornar para casa, recebe a
notícia de que o pai, o rei Hamlet, morreu há poucas semanas, e que a mãe, em
seguida, casou-se com o seu tio. Numa noite estranha, o fantasma do rei aparece
para Hamlet e conta que foi assassinado pelo tio, então ele prepara um plano de
vingança.
A suntuosa
versão para cinema de Kenneth Branagh de uma das maiores peças do dramaturgo
inglês William Shakespeare está de volta ao catálogo da Versátil Home Video. Está
disponível em DVD, em edição dupla, numa cópia restaurada formidável, para
cinéfilo nenhum botar defeito – com a metragem original, de 4h02, um dos maiores
em termos de metragem da história do cinema, além de uma hora de extras.
Brannagh realizou aqui seu projeto mais íntimo, onde dirige, adapta a história e protagoniza no papel do príncipe da Dinamarca, que bola um plano de vingança contra o tio, por ter matado o pai com o objetivo de obter a coroa real. Tem todos os elementos típicos da tragédia de Shakespeare num espetáculo visual difícil de ser feito, que vai de um figurino impecável, direção de arte de puro esplendor, cenários monumentais, um sem-número de figurantes e um elenco ilustre, com participações de Kate Winslet, Julie Christie, Jack Lemmon, Charlton Heston, Derek Jacobi, Robin Williams, Gerard Depardieu e Billy Crystal.Em estilo teatral, com diálogos longos e uma trama mirabolante sobre regicídio, vingança e sacrifício na era Elizabetana, o filme recebeu, em 1997, quatro indicações ao Oscar (roteiro adaptado, direção de arte, figurino e trilha sonora), além de exibido em Cannes fora da competição.Um deslumbre de produção, para público que gosta de fitas de arte.
Brannagh realizou aqui seu projeto mais íntimo, onde dirige, adapta a história e protagoniza no papel do príncipe da Dinamarca, que bola um plano de vingança contra o tio, por ter matado o pai com o objetivo de obter a coroa real. Tem todos os elementos típicos da tragédia de Shakespeare num espetáculo visual difícil de ser feito, que vai de um figurino impecável, direção de arte de puro esplendor, cenários monumentais, um sem-número de figurantes e um elenco ilustre, com participações de Kate Winslet, Julie Christie, Jack Lemmon, Charlton Heston, Derek Jacobi, Robin Williams, Gerard Depardieu e Billy Crystal.Em estilo teatral, com diálogos longos e uma trama mirabolante sobre regicídio, vingança e sacrifício na era Elizabetana, o filme recebeu, em 1997, quatro indicações ao Oscar (roteiro adaptado, direção de arte, figurino e trilha sonora), além de exibido em Cannes fora da competição.Um deslumbre de produção, para público que gosta de fitas de arte.
Hamlet
(Idem). Reino
Unido/EUA, 1996, 242 minutos. Drama. Colorido. Dirigido por Kenneth Brannagh.
Distribuição: Versatil Home Video
Águia
solitária
Em 1927,
um aviador de nome Charles Lindbergh (James Stewart), viaja sozinho em seu monomotor,
de Nova York a Paris, sem fazer escala, num trajeto total de 5,8 mil quilômetros.
A façanha foi considerada um triunfo, única no gênero, nos primórdios da era da
aviação.
Uma
fita praticamente esquecida do mestre Billy Wilder, de “Crepúsculo dos deuses”
(1950) e “Se meu apartamento falasse” (1960), descoberta pela Versatil, que a
lançou em DVD numa linda cópia restaurada e com vários extras, em 2016. É um belíssimo
clássico sobre aviação, que mistura drama e aventura, baseado no livro de memórias
do piloto Charles Lindbergh (1902-1974), que virou símbolo da aviação americana
– ele trabalhava levando correspondências em avião, foi desprezado pelas ideias
mirabolantes e acabou fazendo história no final da década de 20 ao se
transformar no primeiro homem a cruzar o Atlântico num monomotor, sem pouso ou
escala. O filme reconstitui com primor detalhes da saga de Lindbergh, um
apaixonado pelo que fazia, que inspirou empreendedores e aviadores nos anos
seguintes – é uma composição discreta de James Stewart, que ficou loiro para
interpretar o personagem (20 anos mais novo que o ator), e o realizou no
intervalo entre dois clássicos que faria com Alfred Hitchcock, “O homem que
sabia demais” (1956) e “Um corpo que cai” (1958).
Teve
uma indicação ao Oscar, de melhor efeitos visuais, realmente impressionantes para
a época, com planos panorâmicos gravados do alto do avião, numa fotografia
lindíssima da dupla Robert Burks e J. Peverell Marley. O roteiro é de Billy
Wilder, a partir das memórias do próprio aviador. Está aí uma sugestão muito
legal e inspiradora para quem gosta de histórias sobre grandes feitos humanos.
Águia
solitária (The spirit
of St. Louis). EUA, 1957, 134 minutos. Drama/Aventura. Colorido/Preto-e-branco.
Dirigido por Billy Wilder. Distribuição: Versatil Home Video
Trágica
obsessão
O empresário
Michael Courtland (Cliff Robertson) tem a vida destruída quando a esposa e a
filha pequena, vítimas de um sequestro, morrem numa perseguição com a polícia. Quinze
anos depois, na Itália, ele conhece uma mulher idêntica à falecida esposa, chamada
Sandra (Geneviève Bujold), que se torna seu objeto de obsessão.
Grandioso
suspense mirabolante de Brian De Palma, e um dos menos lembrados dele, que
recebeu uma digna cópia em DVD em 2015 pela Versatil Home Video (a partir de
uma versão restaurada americana). Novamente o diretor utiliza virtuosismos para
homenagear Alfred Hitchcock (aqui com “Um corpo que cai”), numa história com “déjà
vu”, obsessão, crime e um desfecho particular, notavelmente brilhante (como
sempre nas obras de De Palma).
Os
elementos técnicos dessa joia da Nova Hollywood têm o melhor do cinema da época:
trilha sonora, indicada ao Oscar, de Bernard Herrmann (indicação póstuma, pois
ele faleceu um ano antes, e nessa mesma edição do Oscar foi nomeado por outra
trilha magnífica, de “Taxi driver”), fotografia do húngaro Vilmos Zsigmond (que
trabalhou em várias vezes com Palma, fez “Amargo pesadelo”, ganhou o Oscar por “Contatos
imediatos de terceiro grau”), um bom elenco, com destaque para Cliff Robertson,
Geneviève Bujold e John Lithgow, em seu segundo filme no cinema (ele voltaria a
trabalhar com De Palma em “Um tiro na noite” e “Síndrome de Caim”), roteiro e argumento
original de Paul Schrader, outro mestre da violência no cinema setentista, e locações
exuberantes na Itália (na verdadeira Florença, onde existe a igreja do filme, a
Basílica di San Miniato al Monte). Tem toda uma armação irremediável, que necessita
de atenção plena do público para desvendar os detalhes da sinistra trama, das consequências
que dragam os personagens para o fundo do poço, e da retumbante conclusão (os
momentos em câmera lenta de Palma, nas cenas de revelação, perseguição ou
morte, são pra lá de criativas).
Um ótimo
exemplar do cinema de suspense dos anos 70. Não perca!
Trágica
obsessão (Obsession).
EUA, 1976, 99 minutos. Suspense. Colorido. Dirigido por Brian De Palma.
Distribuição: Versatil Home Video
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