domingo, 12 de janeiro de 2020

Resenha Especial



O natal dos amigos indiscretos

Quinze anos se passaram da última reunião dos “amigos indiscretos”. Na época, estavam na faculdade, nutriam sonhos, planejavam o futuro e, nos momentos livres, organizavam o casamento de um deles. O tempo passou... agora, no Natal, marcam um reencontro, onde serão reacendidos romances, rivalidades e muitos pontos sem nó.

Primo de Spike Lee, o diretor Malcolm D. Lee estreou no cinema com “Amigos indiscretos” (1999), uma comédia comemorativa em torno da amizade de nove colegas universitários. Passados 15 anos, dirigiu essa continuação regular, nos moldes da fita anterior, reunindo os mesmos nove atores do elenco, Monica Calhoun, Terrence Howard, Sanaa Latham, Morris Chestnut, Melissa De Sousa, Taye Diggs, Nia Long, Harold Perrineau e Regina Hall. O roteiro é bem semelhante, e as situações se repetem com humor e leveza; enquanto no primeiro o encontro dos amigos se dava nos preparativos do casamento de um deles, agora tudo acontece no Natal. Eles irão compartilhar momentos engraçados (há muitas piadas sobre sexo), tristes notícias (um personagem adoecerá gravemente, para dar um tom dramático), além de pequenos segredos que serão colocados na mesa. O elenco envelheceu bem, os atores são bons, tem timing para a comédia, e nessa quase uma década e meia entre um filme e outro ganharam destaque na TV e no cinema - uns concorreram a Oscar, outros ganharam Emmy etc.


Representante do novo cinema negro, D. Lee fez desses filmes uma trilogia, que será encerrada em 2021 com “O casamento dos amigos indiscretos”. Ele está em pré-produção, com parte do elenco confirmada.
Lançado nos cinemas americanos em 2013, saiu no Brasil diretamente em home vídeo pela Universal. Bem humorada, romântica e com números musicais, dá para se fazer com essa fita passageira uma boa canja.

O natal dos amigos indiscretos (The best man holiday). EUA, 2013, 123 minutos. Comédia. Dirigido por Malcolm D. Lee. Distribuição: Universal Pictures

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