O
rancheiro Pat Brennan (Randolph Scott) viaja de carona em uma carruagem após
perder seu cavalo. No veículo está um casal de noivos, felizes pela
oportunidade do casamento. A viagem segue bem até que no meio do caminho os
três são surpreendidos por perigosos bandidos, que pretendem sequestrar a jovem
noiva, pois sabem que ela é filha de ricos fazendeiros e assim poderão exigir
um valioso resgate.
Grande
faroeste autoral norte-americano que integra o “Ciclo Ranown”, conjunto de sete
westerns dirigidos por Budd Boetticher com Randolph Scott entre 1956 e 1960 - o
nome Ranown vem da junção de Ran (de Randolph Scott) e Own (de Brown, ouse já, do
produtor Harry Joe Brown), ambos responsáveis por produzirem a maioria dos
filmes, na época distribuídos no mercado pela Columbia e que alcançaram imediato
sucesso de público nos Estados Unidos; todos traziam temas semelhantes, como
rancheiros solitários em viagens pelos vales do Oeste movidos por algum tipo de
vingança.
“O
resgate do bandoleiro”, para mim, é o melhor do ciclo, rodado nas autênticas e
deslumbrantes trilhas e montanhas de Lone Pine, Califórnia, e baseado numa
intrigante e inteligente história do cultuado escritor Elmore Leonard.
Curtinho, com exatos 77 minutos, o faroeste tem um alto grau de violência para
a época (aparece até sangue, algo incomum no gênero), momentos bem dramáticos e
reúne um elenco de nomes importantes, a destacar Maureen O'Sullivan (a eterna
Jane do cinema, dos filmes do Tarzan da década de 30), Richard Boone, como um
vilão amedrontador, e Henry Silva, um matador sem dó nem piedade (Silva atuou
em inúmeras fitas de faroeste e policial, está vivo e comemora este mês 89 anos
de idade). Randolph Scott, popular ator de western, carrega melancolia e
perspicácia no olhar, sempre uma figura imponente, apesar do corpo frágil – ele
estava velho na época da produção, com quase 60 anos, e aposentou-se pouco
tempo depois; faleceu em 1987, aos 89, imprimindo marca única na história do
faroeste.
Gostou?
Então não deixe de conferir. O filme saiu em DVD no Brasil em duas ocasiões: em
2015 pela Versátil, no ótimo box “Cinema Faroeste – volume 2” (com outros cinco
filmes) e recentemente pela Classicline. Ambas as edições valem a pena!
* Publicado também na coluna Middia Cinema, da revista Middia, edição outubro/novembro de 2017
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