Jovens
artistas de Vaudeville tentam produzir uma peça para apresentá-la na Broadway.
Guiado pelo perspicaz Mickey Moran (Mickey Rooney) e pela sua colega Patsy
Barton (Judy Garland), o grupo busca espaço no show business. Porém, a chegada
de uma ex-estrela infantil travará um embate com Patsy acarretando em confusões
e disputas pessoais.
Deliciosa
comédia musical conduzida por um dos mais famosos pares da história do cinema,
Mickey Rooney e Judy Garland. Rooney, ainda na ativa, aos 92 anos, recebeu sua
primeira indicação ao Oscar pelo papel do carismático jovem que busca sucesso
no mundo do show business; e Judy, no auge da beleza e sem conhecer as drogas
que a matariam, no mesmo ano participou de “O mágico de Oz”. Novinhos e no
início de carreira, a dupla canta, dança, toca piano, diverte o público com
piadas ingênuas. Eles são a alma do filme, um entretenimento com números
musicais de bom gosto, tudo por causa da mão caprichada (e fanática) do diretor
Busby Berkeley, notório cineasta especialista em musicais e três vezes indicado
ao prêmio da Academia. Berkeley voltaria a dirigir Rooney e Judy em “O rei da
alegria” (1940), “Calouros da Broadway” (1941) e “Louco por saias” (1943),
todos lançados em DVD recentemente pela distribuidora ‘Colecione clássicos’ e
que permaneciam inéditos no Brasil.
A
canção mais conhecida é “Good morning”, escrita especialmente para o filme,
porém reaproveitada em “Cantando na chuva” (1952), tornando-se sucesso.
Rodado
no início da Era de Ouro do cinema americano (durante a Segunda Guerra),
“Sangue de artista” sugere críticas sociais baseando-se na condição dos
artistas de Vaudeville, já que no final da década de 30 essa modalidade de
teatro desaparecia do cenário cultural. É apenas um estepe, o foco gira nas
passagens engraçadas da vida dos jovens personagens.
Judy
Garland e Mickey Rooney, aqui e nos outros filmes que fizeram juntos, têm uma
química enérgica impressionante, um o acorde do outro. E tudo dava certo porque
se entendiam na frente das câmeras - ambos mantiveram duradoura amizade fora do
cinema.
Além
de melhor ator, “Sangue de artista” também concorreu ao Oscar de trilha sonora.
Uma raridade, agora possível de ser vista em DVD. Por Felipe Brida
Ficha técnica
Sangue
de artista (Babes in arms). EUA, 1939, 93 min. Comédia musical. Preto-e-branco.
Disponível em DVD.
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