quinta-feira, 25 de abril de 2013

Viva Nostalgia!



Sangue de artista

Jovens artistas de Vaudeville tentam produzir uma peça para apresentá-la na Broadway. Guiado pelo perspicaz Mickey Moran (Mickey Rooney) e pela sua colega Patsy Barton (Judy Garland), o grupo busca espaço no show business. Porém, a chegada de uma ex-estrela infantil travará um embate com Patsy acarretando em confusões e disputas pessoais.

Deliciosa comédia musical conduzida por um dos mais famosos pares da história do cinema, Mickey Rooney e Judy Garland. Rooney, ainda na ativa, aos 92 anos, recebeu sua primeira indicação ao Oscar pelo papel do carismático jovem que busca sucesso no mundo do show business; e Judy, no auge da beleza e sem conhecer as drogas que a matariam, no mesmo ano participou de “O mágico de Oz”. Novinhos e no início de carreira, a dupla canta, dança, toca piano, diverte o público com piadas ingênuas. Eles são a alma do filme, um entretenimento com números musicais de bom gosto, tudo por causa da mão caprichada (e fanática) do diretor Busby Berkeley, notório cineasta especialista em musicais e três vezes indicado ao prêmio da Academia. Berkeley voltaria a dirigir Rooney e Judy em “O rei da alegria” (1940), “Calouros da Broadway” (1941) e “Louco por saias” (1943), todos lançados em DVD recentemente pela distribuidora ‘Colecione clássicos’ e que permaneciam inéditos no Brasil.
A canção mais conhecida é “Good morning”, escrita especialmente para o filme, porém reaproveitada em “Cantando na chuva” (1952), tornando-se sucesso.
Rodado no início da Era de Ouro do cinema americano (durante a Segunda Guerra), “Sangue de artista” sugere críticas sociais baseando-se na condição dos artistas de Vaudeville, já que no final da década de 30 essa modalidade de teatro desaparecia do cenário cultural. É apenas um estepe, o foco gira nas passagens engraçadas da vida dos jovens personagens.
Judy Garland e Mickey Rooney, aqui e nos outros filmes que fizeram juntos, têm uma química enérgica impressionante, um o acorde do outro. E tudo dava certo porque se entendiam na frente das câmeras - ambos mantiveram duradoura amizade fora do cinema.
Além de melhor ator, “Sangue de artista” também concorreu ao Oscar de trilha sonora. Uma raridade, agora possível de ser vista em DVD. Por Felipe Brida

Ficha técnica

Sangue de artista (Babes in arms). EUA, 1939, 93 min. Comédia musical. Preto-e-branco. Disponível em DVD.

Nenhum comentário: