Inglaterra, século XIV. Com a queda da ponte de Kingsbridge,
os moradores do vilarejo tentam reconstruir suas vidas. Enquanto isso, uma
guerra entre França e Inglaterra está prestes a estourar, e o rei Eduardo III
(Blake Ritson) assume a liderança para defender o país, que já enfrenta graves problemas
sociais. Paralelamente, o cavaleiro Thomas Langley (Ben Chaplin) disputa a eleição
para ser o novo prior.
Acaba de sair em DVD no Brasil a segunda parte da
microssérie “Mundo sem fim”, que é a continuação de “Os pilares da Terra”,
escrita pelo mesmo autor, Ken Follett, e também produzida pelos irmãos Ridley e
Tony Scott.
Inferior ao capítulo anterior, é conduzida com lentidão,
diálogos incessantes e poucas sequências de batalha ou duelos. A figura central
da história, o cavaleiro desconhecido interpretado por Ben Chaplin, mal
aparece.
O ponto de partida se dá com a tragédia da queda da ponte,
que desencadeia uma série de intrigas e confusões em Kingsbridge. A população
passa fome, a violência cresce em larga escala, e para completar uma guerra com
a França começa a ser traçada. Mostra a Inglaterra ameaçada em todos os níveis:
pelo próprio povo abandonado, por países vizinhos, pelos reis gananciosos, pelo
poder sem medida.
Apesar de ser ‘menos’ que a primeira parte, é indiscutível o
apuro do contexto histórico, que, segundos historiadores, torna a microssérie
realista. Há um cuidado especial também na parte de ambientação e reconstrução
de cenários medievais (filmado na Hungria), figurinos do século XIV, que
provoca no público uma dimensão daquela época.
Vale lembrar que os acontecimentos de “Mundo sem fim” datam
do ano de 1377, dois séculos depois do que ocorrera em “Os pilares da Terra”, aproveitando
os descendentes dos principais personagens do outro seriado, que foi premiado e
fez muito sucesso na TV fechada em 2011.
Nota-se no elenco nomes sumidos do cinema, em especial os
que interpretam os vilões marcantes – Peter Firth, Miranda Richardson e Cynthia
Nixon (pra mim uma surpresa sensacional, na pele de uma mulher feiticeira que
guarda em casa um ingrediente potente para seus desafetos).
Aqueles que assistiram à primeira parte sentirão diferença
nessa segunda, que, como já comentei, é lenta e sem as boas novidades da
anterior. Ainda vale pela produção caprichada e ainda mais pela curiosidade em
saber como termina. De que forma a Inglaterra será conduzida diante de tantos
problemas pela frente? Nos próximos meses, as duas sequências finais (“A peste”
e “Xeque-mate”) irão contar tudo, em detalhes! Por Felipe Brida
Mundo sem fim – Volume II: O duelo (World
without end). Inglaterra/Canadá/Alemanha, 2012, 105 min. Aventura/Drama. Dirigido
por: Michael Caton-Jones. Distribuição: Paramount
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