sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Cine Lançamento




Battleship – A batalha dos mares

O novato oficial da Marinha Alex Hopper (Taylor Kitsch) está noivo da filha do comandante do navio em que trabalha, almirante Shane (Liam Neeson). Apesar de não se dar bem como o futuro sogro, Alex quer se casar, porém está embarcando para um treinamento no alto-mar, onde ficará por semanas longe de casa. No mar do Havaí, juntamente com a tripulação de outro navio, comandado pelo irmão mais velho de Alex, Stone (Alexander Skarsgaard), descobrem uma imensa nave alienígena emergindo do oceano. Forças estranhas começam a destruir os céus, colocando em risco a vida na Terra. Alex, Shane e Stone formam uma aliança com seus navios e convocam cientistas e especialistas em armas para compor uma nova equipe, que terá como objetivo salvar a humanidade de uma invasão do outro mundo.

Um filme de ação ou um jogo de videogame de muita adrenalina? Os dois. De uns anos para cá produtores de cinema investem pesado em filmes com alta carga de efeitos visuais, vários deles baseados em jogos, criando um novo modo de fazer blockbusters. Vide “Transformers”, por exemplo, e também este “Battleship – A batalha dos mares”. Se tirarmos os atores de cena, não resta nada. Todos os cenários, explosões, alienígenas, naves e oceano surgem devido ao computador, a partir de inteligentes softwares que “materializam” elementos em cena.
Esta furiosa fita de ação teve origem em um velho jogo de tabuleiro famoso em todos os cantos do mundo, de navios que disputam espaço no mar. Com esse ponto de partida, os produtores da Universal resolveram incrementar a história inserindo alienígenas, que invadem a Terra e entram em confronto com os seres humanos. Uma espécie de vingança do outro mundo – já que a abertura mostra o governo americano localizando um planeta desconhecido e na tentativa de verificar vida lá, fazem uma viagem, danificam o lugar e ameaçam os seres que ali vivem.
Só que as criaturas (desfiguradas, fortes, lembram o Hellboy) não são ingênuas nem ultrapassadas: elas vêm para a Terra em naves potentes, que disparam fogo, explodem ilhas, sacodem o mar. E quem irá salvar a humanidade? A Marinha americana, que está em treinamento e depara-se com o caos. Ou seja, outro elemento peculiar nos blockbusters atuais: o patriotismo dos EUA, os defensores da pátria (e do mundo).
Rodado em cenários, todo em computação gráfica, “Battleship” vira um show pirotécnico de efeitos bombásticos, exaustivos, que mostram a destruição em massa do planeta Terra. Mesmo com o deslumbre que provoca nas sequências de ação ininterrupta, com máquinas voadoras, fiquei cansado. Muita barulheira arrastada...
O elenco tem seus defeitos: o astro Taylor Kitsch e seu jeito pretensioso não faz por merecer na pele do mocinho, o veterano Liam Neeson aparece pouco (com jeito de mão de ferro) e a cantora Rihanna, graças a Deus, tem participação mínima – fardada como um homem, fala o mínimo possível e dá uns três ou quatro tiros para matar os aliens.
Uma produção daquele naipe: alto orçamento (custou U$ 209 milhões e rendeu nem U$ 100 milhões a mais na bilheteria), efeitos visuais exagerados, atores medíocres em cena, história de patriotismo, sem um pé na realidade. Preciso falar mais? Fiquem na curiosidade de conhecer ou não este sexto filme dirigido pelo ator Peter Berg, especializado em ação e aventura, como “Bem-vindo à selva”, “O reino” e “Hancock”. Por Felipe Brida

Battleship – A batalha dos mares (Battleship). EUA, 2012, 131 min. Ação. Dirigido por Peter Berg. Distribuição: Universal

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