O
novato oficial da Marinha Alex Hopper (Taylor Kitsch) está noivo da filha do
comandante do navio em que trabalha, almirante Shane (Liam Neeson). Apesar de
não se dar bem como o futuro sogro, Alex quer se casar, porém está embarcando
para um treinamento no alto-mar, onde ficará por semanas longe de casa. No mar
do Havaí, juntamente com a tripulação de outro navio, comandado pelo irmão mais
velho de Alex, Stone (Alexander Skarsgaard), descobrem uma imensa nave
alienígena emergindo do oceano. Forças estranhas começam a destruir os céus,
colocando em risco a vida na Terra. Alex, Shane e Stone formam uma aliança com
seus navios e convocam cientistas e especialistas em armas para compor uma nova
equipe, que terá como objetivo salvar a humanidade de uma invasão do outro
mundo.
Um
filme de ação ou um jogo de videogame de muita adrenalina? Os dois. De uns anos
para cá produtores de cinema investem pesado em filmes com alta carga de
efeitos visuais, vários deles baseados em jogos, criando um novo modo de fazer
blockbusters. Vide “Transformers”, por exemplo, e também este “Battleship – A
batalha dos mares”. Se tirarmos os atores de cena, não resta nada. Todos os
cenários, explosões, alienígenas, naves e oceano surgem devido ao computador, a
partir de inteligentes softwares que “materializam” elementos em cena.
Esta
furiosa fita de ação teve origem em um velho jogo de tabuleiro famoso em todos
os cantos do mundo, de navios que disputam espaço no mar. Com esse ponto de
partida, os produtores da Universal resolveram incrementar a história inserindo
alienígenas, que invadem a Terra e entram em confronto com os seres humanos.
Uma espécie de vingança do outro mundo – já que a abertura mostra o governo
americano localizando um planeta desconhecido e na tentativa de verificar vida lá,
fazem uma viagem, danificam o lugar e ameaçam os seres que ali vivem.
Só
que as criaturas (desfiguradas, fortes, lembram o Hellboy) não são ingênuas nem
ultrapassadas: elas vêm para a Terra em naves potentes, que disparam fogo,
explodem ilhas, sacodem o mar. E quem irá salvar a humanidade? A Marinha
americana, que está em treinamento e depara-se com o caos. Ou seja, outro
elemento peculiar nos blockbusters atuais: o patriotismo dos EUA, os defensores
da pátria (e do mundo).
Rodado
em cenários, todo em computação gráfica, “Battleship” vira um show pirotécnico
de efeitos bombásticos, exaustivos, que mostram a destruição em massa do
planeta Terra. Mesmo com o deslumbre que provoca nas sequências de ação
ininterrupta, com máquinas voadoras, fiquei cansado. Muita barulheira
arrastada...
O
elenco tem seus defeitos: o astro Taylor Kitsch e seu jeito pretensioso não faz
por merecer na pele do mocinho, o veterano Liam Neeson aparece pouco (com jeito
de mão de ferro) e a cantora Rihanna, graças a Deus, tem participação mínima –
fardada como um homem, fala o mínimo possível e dá uns três ou quatro tiros
para matar os aliens.
Uma
produção daquele naipe: alto orçamento (custou U$ 209 milhões e rendeu nem U$ 100
milhões a mais na bilheteria), efeitos visuais exagerados, atores medíocres em
cena, história de patriotismo, sem um pé na realidade. Preciso falar mais?
Fiquem na curiosidade de conhecer ou não este sexto filme dirigido pelo ator
Peter Berg, especializado em ação e aventura, como “Bem-vindo à selva”, “O
reino” e “Hancock”. Por Felipe Brida
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