Inglaterra,
dezembro de 1932. No dia do próprio casamento, a jovem Dolly (Felicity Jones) tranca-se
no quarto, temerosa, enquanto na casa de campo onde ela está chegam os
convidados para a festa. Inesperadamente bate à sua porta o ex-namorado, Joseph
(Luke Treadaway), causando desespero na mãe da jovem, Mrs. Thatcham (Elizabeth
McGovern). A partir daí uma série de imprevistos e sentimentos confusos irão
abalar Dolly, a mãe dela e também Joseph.
Modesta fita inglesa sobre a fúria das paixões adormecidas e também das confusões do casamento, em todo momento narrada de maneira up, positiva. As sucessões de imprevistos ocorrem com a personagem central, uma jovem que no dia do casamento tem uma crise de desilusão, e corre para o quarto se esconder. Com a vinda inesperada do affair do verão anterior, o dilema da garota aumenta em níveis alarmantes, pois desperta nela uma atração física pelo ex. E fica a pergunta: E agora?
Diante
desses problemas mencionados, percebemos quão irônico é o título, tanto o
original quanto à tradução no Brasil, certamente proposital. De perfeito não há
nada!
Sobre
o elenco, a fotogênica atriz Felicity Jones, de “Loucamente apaixonados” (2011), interpreta bem a noiva com dúvidas
ferozes, enquanto o pouco conhecido Luke Treadaway (um rapaz de esquisito porte
magro, com olhos saltados) faz o namorado do passado, sem carisma, o que é ruim
para um coadjuvante com tamanho grau de importância no roteiro. E até
convocaram Elizabeth McGovern, uma atriz americana dos anos 80, já indicada ao
Oscar (por “Na época do Ragtime”, em 1982), para um papel que poderia ter tido maior destaque se fosse bem
explorado, a da mãe da garota Dolly.
Apesar disso, como filme romântico funciona. Reúne elementos curiosos que o aproxima de fitas de arte inglesas, como a fotografia refinada e imagens belíssimas de campos verdes (gravadas em lugares reais de Wiltshire, na Inglaterra).
Apesar disso, como filme romântico funciona. Reúne elementos curiosos que o aproxima de fitas de arte inglesas, como a fotografia refinada e imagens belíssimas de campos verdes (gravadas em lugares reais de Wiltshire, na Inglaterra).
Como
estreante, o diretor Donald Price, que foi assistente de produção de “Closer –
Perto demais” (2004), deixa pequenas falhas pelo caminho, principalmente na composição
da protagonista, que não tem um histórico de vida explicado tampouco explora as
indecisões da jovem quanto ao casamento.
Narrado com ritmo lento, sempre dentro do mesmo ambiente (a casa de campo), não escorrega em dramalhões pessoais, e tem um nível razoável de comédia, o tal do humor inglês, que pouca gente embarca.
Como resultado, uma fita bonitinha, curta, despretensiosa, com trilha sonora correta de Michael Price e sequências de puro deleite dos campos ingleses. Sempre da forma mais romântica possível. Recomendado ao público feminino. Por Felipe Brida
Um dia perfeito para casar (Cheerful weather for the wedding). Reino Unido, 2012, 92 min. Comédia romântica. Colorido. Dirigido por Donald Rice. Distribuição: Universal Pictures
Narrado com ritmo lento, sempre dentro do mesmo ambiente (a casa de campo), não escorrega em dramalhões pessoais, e tem um nível razoável de comédia, o tal do humor inglês, que pouca gente embarca.
Como resultado, uma fita bonitinha, curta, despretensiosa, com trilha sonora correta de Michael Price e sequências de puro deleite dos campos ingleses. Sempre da forma mais romântica possível. Recomendado ao público feminino. Por Felipe Brida
Um dia perfeito para casar (Cheerful weather for the wedding). Reino Unido, 2012, 92 min. Comédia romântica. Colorido. Dirigido por Donald Rice. Distribuição: Universal Pictures
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