Katie
(Alexandra Lamy) é uma mulher humilde, casada e ganha pouco trabalhando em uma
fábrica. Certo dia conhece Paco (Sergi López), um homem também simples, e ambos
iniciam um romance. Meses depois descobre a gravidez; quando nasce o bebê,
Ricky, a mãe percebe nele um dom especialmente mágico.
Com
certeza o trabalho menor do notório e premiado diretor francês François Ozon,
ovacionado pelos brilhantes “Oito mulheres”, “O tempo que resta”, “Swimming
Pool – À beira da piscina” e o recente (e encantador) “Potiche – Esposa
troféu”. Menor porque a história não passa de um conto de fadas superficial,
semelhante a filmes para a TV, da Sessão a Tarde.
Lançado
timidamente nos cinemas estrangeiros, mal repercutiu no Brasil, saindo direto
para home video, com atraso.
Rodada
na França, com baixo orçamento e efeitos visuais regulares, “Ricky”, título que
dá nome ao bebê da história, é uma fantasia moderna, engraçadinha, agradável. E
só. Evito prolongar mais sobre o personagem central, pois há por trás uma
surpresa sobre quem ele é (reparem que no fim da sinopse deixei claro: “a mãe
percebe nele um dom especialmente mágico”). Acontece um milagre, de natureza
divina. E simbólica, com pezinho na mitologia grega.
Impõe
um tom realista em torno de um casal que descobre o fantástico dentro do
próprio lar. E como lidar com algo sobrenatural, que vem alcançando proporções
assustadoras, mobilizando inclusive a comunidade?
Sei
bem que os leitores ficaram curiosos. Pois bem, agora arrisquem assistindo. Eu
achei divertido, a dupla central formada pela francesa Alexandra e pelo
espanhol Sergi conduz tudo muito bem, mas confesso: é somente uma obra
bonitinha, sem outra definição melhor. Experimente. Por Felipe Brida.
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