Em uma base de
pesquisas na Antártida, grupo de cientistas descobre um fóssil enterrado, que
supostamente deve estar ali há milhares de anos. Iniciam então as escavações
para retirar o imenso bloco de gelo com a estranha criatura. Na mesma área,
encontram uma grande nave alienígena debaixo da terra congelada. Durante os
estudos, o ser de outro espaço adquire vida e passa a se alimentar dos
cientistas um a um transformando-os depois em monstros grotescos.
Dos produtores de
“Madrugada dos mortos” (2004), chega diretamente em home vídeo no Brasil esse
filme assustador que mistura terror e ficção científica no melhor estilo que
Hollywood criou sessenta anos atrás.
Por falar em épocas
passadas, vale destacar que “O enigma” foi vendido como remake da cultuada fita
homônima de John Carpenter (de 1982), que por sua vez já era refilmagem de uma
obra B americana chamada “O monstro do Ártico” (1951). Nesse competente
trabalho, optaram por um brilhante trunfo no desfecho, ampliando os horizontes
dos cinéfilos de carteirinha. Fiquem atentos nos créditos finais, onde reside a
incrível revelação. O segredo, que não vou contar, claro, por si só, e em
poucos minutos, constata a criatividade do novato diretor, um jovem de origem
nórdica chamado Matthijs van Heijningen Jr., que soube aproveitar os elementos
do filme anterior, de 1982. Sacada de mestre!
Para os fãs do gênero
como eu, o resultado é bem satisfatório. Não que seja uma obra imperdível ou
necessária, porém está acima da média. E isto é de bom tamanho numa safra ruim.
O mistério da história prende a atenção até os últimos minutos, as criaturas
(nojentas) são recriadas por efeitos visuais convincentes (em computação gráfica),
a ambientação no gelo eterno da Antártida provoca clima de tensão, há sustos e
mais sustos, reviravoltas etc. Dá certo e funciona como fita de terror. Não
tenha medo de errar.
Rodado na verdadeira
Colúmbia Britânica durante o inverno canadense, “O enigma” naufragou na
bilheteria, arrecadando cerca de U$ 27 milhões contra os U$ 38 mi gastos. Uma
pena o público não ter conferido esse projeto interessante. Agora, em DVD, quem
sabe...Por Felipe Brida
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