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Jumper
Quando pequeno David Rice (Hayden Christensen) adquiriu poderes especiais de tele-transporte. Em milésimos de segundos pode atravessar qualquer lugar do mundo. Ele é um “jumper”. Agora, na adolescência, Rice precisa fugir de uma organização secreta, liderada pelo impiedoso agente Roland (Samuel L. Jackson), que passa a persegui-lo. O objetivo do grupo é eliminar todos os jumpers.
Na segunda metade dos anos 90 Doug Liman dirigiu duas fitas independentes cujo roteiro era inovador e trazia boas sacadas e que logo o transformaram em um cineasta promissor – “Swingers – Curtindo a noite” (1996) e “Vamos nessa” (1999). Anos depois, acertou em cheio com a primeira parte da trilogia Bourne, “A identidade Bourne” (2002), um intrigante thriller de espionagem. Com o sucesso impregnado na carreira Liman resolveu então rodar fitas comerciais, que, apesar de causar alvoroço na bilheteria, não demonstravam a criatividade de antes. Isto inclui seus dois últimos projetos: o superficial “Sr & Sra Smith” (2005), que uniu de vez Brad Pitt e Angelina Jolie, o casal do momento, e este “Jumper”, ainda pior que o mencionado anteriormente.
Liman comprova a teoria de que para fazer sucesso e agradar o público jovem não é necessário ir muito longe. Em “Jumper”, os efeitos digitais – ágeis e bem recriados – mascaram o roteiro sem sal e descontínuo. Pra começar, é um filme de uma história só: à frente do elenco está o jovem Hayden Christensen, o Anakin Skywalker dos episódios II e III de Star Wars. Um ator sem ritmo com cara de sono e olhar de paisagem que representa o bem. Na outra ponta da disputa, sobra para Samuel L. Jackson, com cabelos pintados de branco (é de um mau gosto medonho!), o papel do caçador de jumpers. E nesse contexto o bem procura formas de fugir das peripécias armadas pelo mal. Como o jumper pode se tele-transportar, percorre o mundo inteiro, passando pelas esfinges no Egito e cruzando ruas movimentadas de Tóquio. Fique claro que não enchem nossos olhos as imagens “cartões-postais” de outros países, devido à rapidez das seqüências, e boa parte delas são apenas resultado de computação gráfica.
Ainda na questão do enredo, senti falta de lances emocionantes e surpresas. Aliás, tudo é previsível demais. A idéia sobre tele-transporte, poucas vezes utilizadas no cinema, soa interessante, mas não do jeito como vemos aqui nesta aventura banal. O público menos exigente, onde estão inseridos os jovens acostumados com filmes de ritmo agitado, é quem deverá curtir a fita.
Lançado nos cinemas no primeiro semestre deste ano, emplacou bilheteria tanto nos Estados Unidos e Canadá (quando estreou em fevereiro) quanto no Brasil (em abril). Só lá fora arrecadou mais de US$ 23 milhões somente no final de semana de estréia.
Só uma nota: as cenas de batalha no Coliseu foram realmente filmadas no interior do anfiteatro romano. Para tal façanha, a produção teve de montar equipamentos especiais para evitar danos na estrutura das ruínas. Por Felipe Brida
Título original: Jumper
País/Ano: EUA, 2008
Elenco: Hayden Christensen, Jamie Bell, Samuel L. Jackson, Rachel Bilson, Michael Rooker, Diane Lane, Kristen Stewart, Tom Hulce.
Direção: Doug Liman
Gênero: Aventura
Duração: 88 min.
Lançamento: Segunda quinzena de julho
Distribuidora: 20th Century Fox
Quando pequeno David Rice (Hayden Christensen) adquiriu poderes especiais de tele-transporte. Em milésimos de segundos pode atravessar qualquer lugar do mundo. Ele é um “jumper”. Agora, na adolescência, Rice precisa fugir de uma organização secreta, liderada pelo impiedoso agente Roland (Samuel L. Jackson), que passa a persegui-lo. O objetivo do grupo é eliminar todos os jumpers.
Na segunda metade dos anos 90 Doug Liman dirigiu duas fitas independentes cujo roteiro era inovador e trazia boas sacadas e que logo o transformaram em um cineasta promissor – “Swingers – Curtindo a noite” (1996) e “Vamos nessa” (1999). Anos depois, acertou em cheio com a primeira parte da trilogia Bourne, “A identidade Bourne” (2002), um intrigante thriller de espionagem. Com o sucesso impregnado na carreira Liman resolveu então rodar fitas comerciais, que, apesar de causar alvoroço na bilheteria, não demonstravam a criatividade de antes. Isto inclui seus dois últimos projetos: o superficial “Sr & Sra Smith” (2005), que uniu de vez Brad Pitt e Angelina Jolie, o casal do momento, e este “Jumper”, ainda pior que o mencionado anteriormente.
Liman comprova a teoria de que para fazer sucesso e agradar o público jovem não é necessário ir muito longe. Em “Jumper”, os efeitos digitais – ágeis e bem recriados – mascaram o roteiro sem sal e descontínuo. Pra começar, é um filme de uma história só: à frente do elenco está o jovem Hayden Christensen, o Anakin Skywalker dos episódios II e III de Star Wars. Um ator sem ritmo com cara de sono e olhar de paisagem que representa o bem. Na outra ponta da disputa, sobra para Samuel L. Jackson, com cabelos pintados de branco (é de um mau gosto medonho!), o papel do caçador de jumpers. E nesse contexto o bem procura formas de fugir das peripécias armadas pelo mal. Como o jumper pode se tele-transportar, percorre o mundo inteiro, passando pelas esfinges no Egito e cruzando ruas movimentadas de Tóquio. Fique claro que não enchem nossos olhos as imagens “cartões-postais” de outros países, devido à rapidez das seqüências, e boa parte delas são apenas resultado de computação gráfica.
Ainda na questão do enredo, senti falta de lances emocionantes e surpresas. Aliás, tudo é previsível demais. A idéia sobre tele-transporte, poucas vezes utilizadas no cinema, soa interessante, mas não do jeito como vemos aqui nesta aventura banal. O público menos exigente, onde estão inseridos os jovens acostumados com filmes de ritmo agitado, é quem deverá curtir a fita.
Lançado nos cinemas no primeiro semestre deste ano, emplacou bilheteria tanto nos Estados Unidos e Canadá (quando estreou em fevereiro) quanto no Brasil (em abril). Só lá fora arrecadou mais de US$ 23 milhões somente no final de semana de estréia.
Só uma nota: as cenas de batalha no Coliseu foram realmente filmadas no interior do anfiteatro romano. Para tal façanha, a produção teve de montar equipamentos especiais para evitar danos na estrutura das ruínas. Por Felipe Brida
Título original: Jumper
País/Ano: EUA, 2008
Elenco: Hayden Christensen, Jamie Bell, Samuel L. Jackson, Rachel Bilson, Michael Rooker, Diane Lane, Kristen Stewart, Tom Hulce.
Direção: Doug Liman
Gênero: Aventura
Duração: 88 min.
Lançamento: Segunda quinzena de julho
Distribuidora: 20th Century Fox
Um comentário:
Olá, gostei muito do seu blog.
Parabéns!
Um abraço
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