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Medo da Verdade
Designados para investigar o desaparecimento de uma criança, dois detetives particulares – Patrick Kenzie (Casey Affleck) e Angela Gennaro (Michelle Monaghan) iniciam as buscas em uma vizinhança barra pesada em Boston. Em meio a traficantes e policiais desonestos, Patrick e Angela unem forças para desvendar o caso.
Em seu longa de estréia como diretor, Ben Affleck acertou a mão ao desenvolver uma história de temática forte sem culminar com melodramas ou mesmo situações agradáveis. Por vezes chocante, o filme expõe fatos difíceis de engolir, como abuso de crianças e rapto de menores. Reservam-se surpresas a cada etapa, já que o filme é todo construído em fases distintas, e pistas para falsas conclusões cruzam a narrativa.
A resolução final, um tanto que serena e longe de ser previsível, põe em cheque a moralidade do ser humano e nos faz questionar até que ponto uma pessoa está disposta a acobertar a verdade, por mais obscura que a realidade seja.
O diretor reuniu um elenco composto por artistas renomados, como Morgan Freeman, Ed Harris e Amy Madigan e lançou para o papel principal seu irmão mais novo, Casey – aqui está melhor do que em “O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford”, filme este que não me empolguei, e os leitores já sabem disto; Casey, sem sombra de dúvida, manda melhor na encenação do que Ben, por sinal um ator que incrivelmente varia entre o ruim e o fraco – porém expressa-se com a boca fechada e tem aquele olhar vago.
Baseado no livro de Dennis Lehane, o mesmo de “Sobre Meninos e Lobos”, o filme deu chances a uma atriz pouco lembrada, Amy Ryan, cuja carreira ficou restrita a filmes para TV e seriados; por sua enérgica atuação como a mãe (problemática e drogada) da garota que desaparece, recebeu indicação ao Oscar de atriz coadjuvante este ano.
Um panorama indigesto sobre violência urbana e imoralidade, temas próximos de nós e, por conseguinte, fáceis de serem reconhecidos. Um bom filme para discussão e análises aprofundadas sobre comportamento humano. Não deixe de assistir. Por Felipe Brida
Título original: Gone Baby Gone
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Casey Affleck, Michelle Monaghan, Morgan Freeman, Ed Harris, John Ashton, Amy Ryan, Amy Madigan, Titus Welliver.
Direção: Ben Affleck
Gênero: Drama
Duração: 114 min.
Lançamento: Primeira quinzena de abril/2008
Distribuidora: Miramax Films/Buena Vista International
Designados para investigar o desaparecimento de uma criança, dois detetives particulares – Patrick Kenzie (Casey Affleck) e Angela Gennaro (Michelle Monaghan) iniciam as buscas em uma vizinhança barra pesada em Boston. Em meio a traficantes e policiais desonestos, Patrick e Angela unem forças para desvendar o caso.
Em seu longa de estréia como diretor, Ben Affleck acertou a mão ao desenvolver uma história de temática forte sem culminar com melodramas ou mesmo situações agradáveis. Por vezes chocante, o filme expõe fatos difíceis de engolir, como abuso de crianças e rapto de menores. Reservam-se surpresas a cada etapa, já que o filme é todo construído em fases distintas, e pistas para falsas conclusões cruzam a narrativa.
A resolução final, um tanto que serena e longe de ser previsível, põe em cheque a moralidade do ser humano e nos faz questionar até que ponto uma pessoa está disposta a acobertar a verdade, por mais obscura que a realidade seja.
O diretor reuniu um elenco composto por artistas renomados, como Morgan Freeman, Ed Harris e Amy Madigan e lançou para o papel principal seu irmão mais novo, Casey – aqui está melhor do que em “O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford”, filme este que não me empolguei, e os leitores já sabem disto; Casey, sem sombra de dúvida, manda melhor na encenação do que Ben, por sinal um ator que incrivelmente varia entre o ruim e o fraco – porém expressa-se com a boca fechada e tem aquele olhar vago.
Baseado no livro de Dennis Lehane, o mesmo de “Sobre Meninos e Lobos”, o filme deu chances a uma atriz pouco lembrada, Amy Ryan, cuja carreira ficou restrita a filmes para TV e seriados; por sua enérgica atuação como a mãe (problemática e drogada) da garota que desaparece, recebeu indicação ao Oscar de atriz coadjuvante este ano.
Um panorama indigesto sobre violência urbana e imoralidade, temas próximos de nós e, por conseguinte, fáceis de serem reconhecidos. Um bom filme para discussão e análises aprofundadas sobre comportamento humano. Não deixe de assistir. Por Felipe Brida
Título original: Gone Baby Gone
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Casey Affleck, Michelle Monaghan, Morgan Freeman, Ed Harris, John Ashton, Amy Ryan, Amy Madigan, Titus Welliver.
Direção: Ben Affleck
Gênero: Drama
Duração: 114 min.
Lançamento: Primeira quinzena de abril/2008
Distribuidora: Miramax Films/Buena Vista International
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