Eu sou o samba, mas pode me chamar de Zé Kéti (Brasil,
2023, 88 minutos, de Luiz Guimarães de Castro)
Músicos, familiares,
amigos e fãs lembram vida e obra de Zé Keti (1921-1999), compositor que
retratou na música a vida nos morros cariocas. Popularizou-se com canções como
‘A voz do morro’, ‘Acender as velas’, ‘Opinião,’ ‘Diz que fui por aí’ e
‘Máscara negra’. Kéti aparece em reportagens e shows do passado enquanto rodas
de samba e cantores da atualidade aparecem no palco cantando suas canções. Keti,
e no doc mostra, compôs trilhas para cinema, como ‘Rio zona norte’ e ‘A grande
cidade’, participando como ator desses e de outros filmes. É bonito de ver e de
ouvir. Um documentário encantador e para mim o melhor até agora do In-Edit!
Disponível online e
gratuito na plataforma Itaú Cultural Play até dia 23/06.
O homem crocodilo (Brasil, 2024, 84 minutos, de Rodrigo
Grota)
Documentário experimental e inusitado sobre um dos grandes expoentes da vanguarda paulistana, o músico, compositor e ator Arrigo Barnabé. O artista aparece em tipos diferentes de enquadramento, fala pouco, há uma mistura de narrações antigas dele com trechos de sua música, e também na tela correm imagens multiformes. O foco do filme-experimento é trazer os anos em que Barnabé residiu em Londrina/PR antes de se mudar para São Paulo. O título do doc é referência ao álbum mais lembrado dele, que dá nome à música, Clara Crocodilo, lançado em 1980. Disponível online e gratuito na plataforma Sesc Digital até dia 23/06.
El arte de perder (Chile/Alemanha, 2022, 71 minutos, de
Sebastian Saam)
O músico e produtor chileno
Andrés Godoy conta sua vida para as câmeras, que o acompanha em sua rotina e em
seus shows. O cantor e compositor perdeu o braço direito em um acidente quando
tinha 14 anos, e mesmo assim tornou-se um dos grandes tocadores de violão,
criando canções que atravessam diversos gêneros, como rock e folk-music. No
filme, bem produzido por sinal, ele mostra ainda como desenvolveu uma técnica impressionante
de tocar violão e outros instrumentos de corda, o ‘tatap’. O filme venceu o
In-Edit Chile 2022 e está disponível online e gratuito na plataforma Sesc
Digital até dia 23/06.
Pagano (Brasil, 2024, 72 minutos, de Carlos
Nascimbeni)
Doc independente sobre um dos mais respeitados e influentes pianistas eruditos do Brasil, Caio Pagano, que reside há tempos nos Estados Unidos e é professor da Universidade do Estado do Arizona. O filme acompanha sua vinda ao Brasil depois de anos, quando tocou no Teatro Cultura Artística em 2019 – na ocasião, foi entregue a primeira parte da reconstrução do teatro, parcialmente destruído por um incêndio em 2008. Pagano, em seu piano conta sobre sua trajetória e demonstra o talento tocando as composições finais de Liszt, Beethoven e Camargo Guarnieri. Disponível online e gratuito na plataforma Sesc Digital até dia 23/06.
Black
Future – Eu sou o Rio (Brasil, 2023, 77 minutos, de Paulo
Severo)
Filme sobre o álbum de estreia – e o único - da banda carioca Black Future, chamado ‘Eu sou o Rio’. Parte das músicas do disco tocou nas principais rádios no ano do lançamento, 1988, teve boa repercussão na crítica, mas logo depois a banda se desintegrou e caiu no esquecimento. O filme reúne uma série de entrevistas feitas quando dos 20 anos de lançamento do disco, com os ex-integrantes e músicos amigos. Um dos grandes filmes da edição do In-Edit Brasil 2024. Disponível online e gratuito na plataforma Sesc Digital até dia 23/06.
Dusty
& Stones (EUA, 2022, 83 minutos, de Jesse
Rudoy)
A viagem de dois jovens músicos chamados Dusty e Stones, de Essuatíni,
na África, até o Texas, nos EUA, para participar de um concurso internacional
de música country, é o foco desse emocionante documentário norte-americano. Na
terra da folk music, a dupla viverá um sonho que mantinha desde a infância. Premiado
nos festivais de Atlanta, Florida, Nashville e RiverRun, o filme está disponível online e gratuito na
plataforma Sesc Digital até o dia 23/06.
Funk favela (Brasil, 2024, 71 minutos, de Kenya
Zanatta)
Funk, favela, consciência de classe. Esses três temas se entrelaçam nesse formidável e bem construído documentário brasileiro, que reúne uma série de depoimentos de jovens e promissores artistas do funk paulistano para mostrar a música que é feita na periferia. O filme tece um pouco da história do funk em São Paulo e a construção do gênero ao longo do tempo, e discute ainda identidade cultural, preconceito e empoderamento feminino – já que muitas mulheres hoje cantam e compõem funk. Disponível online e gratuito na plataforma Itaú Cultural Play até dia 23/06.
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