quinta-feira, 20 de junho de 2024

Especial de Cinema


Festival In-Edit Brasil segue com programação gratuita até dia 23/06

O ‘In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical’ está em sua 16ª edição, com uma programação gratuita e aberta ao público, com 60 filmes em exibição, todos inéditos no circuito comercial. O festival começou em São Paulo no dia 12 e segue até 23 de junho, e após essa data haverá itinerância em outras cidades brasileiras. São longas e curtas-metragens de vários países, exibidos em 10 salas da capital paulista, dentre elas CineSesc, Cine Bijou, SPcine Olido e Cinemateca Brasileira. A programação também conta com shows, exposições, feira de vinil e livros, encontros e bate-papos.
Parte da programação do In-Edit Brasil está disponível online e gratuita nas plataformas Sesc Digital, Itaú Cultural Play e SPcine Play.
O In-Edit Brasil tem patrocínios como Itaú, Prefeitura de São Paulo, SPcine, Colombo Agroindústria e Caravelas. Tem parceria com dezenas de institutos culturais, como Goethe Institut e Cinemateca Brasileira. É uma realização do Ministério da Cultura, In Brasil Cultural, Sesc e Governo do Estado de São Paulo. Paralelamente ocorrem edições do In-Edit em cinco países - Espanha, Chile, Países Baixos, Grécia e México.
Confira abaixo filmes que assisti no festival e recomendo.

 

 

Eu sou o samba, mas pode me chamar de Zé Kéti (Brasil, 2023, 88 minutos, de Luiz Guimarães de Castro)

 

Músicos, familiares, amigos e fãs lembram vida e obra de Zé Keti (1921-1999), compositor que retratou na música a vida nos morros cariocas. Popularizou-se com canções como ‘A voz do morro’, ‘Acender as velas’, ‘Opinião,’ ‘Diz que fui por aí’ e ‘Máscara negra’. Kéti aparece em reportagens e shows do passado enquanto rodas de samba e cantores da atualidade aparecem no palco cantando suas canções. Keti, e no doc mostra, compôs trilhas para cinema, como ‘Rio zona norte’ e ‘A grande cidade’, participando como ator desses e de outros filmes. É bonito de ver e de ouvir. Um documentário encantador e para mim o melhor até agora do In-Edit!

Disponível online e gratuito na plataforma Itaú Cultural Play até dia 23/06.

 


 

O homem crocodilo (Brasil, 2024, 84 minutos, de Rodrigo Grota)

 

Documentário experimental e inusitado sobre um dos grandes expoentes da vanguarda paulistana, o músico, compositor e ator Arrigo Barnabé. O artista aparece em tipos diferentes de enquadramento, fala pouco, há uma mistura de narrações antigas dele com trechos de sua música, e também na tela correm imagens multiformes. O foco do filme-experimento é trazer os anos em que Barnabé residiu em Londrina/PR antes de se mudar para São Paulo. O título do doc é referência ao álbum mais lembrado dele, que dá nome à música, Clara Crocodilo, lançado em 1980. Disponível online e gratuito na plataforma Sesc Digital até dia 23/06.

 


 

El arte de perder (Chile/Alemanha, 2022, 71 minutos, de Sebastian Saam)

 

O músico e produtor chileno Andrés Godoy conta sua vida para as câmeras, que o acompanha em sua rotina e em seus shows. O cantor e compositor perdeu o braço direito em um acidente quando tinha 14 anos, e mesmo assim tornou-se um dos grandes tocadores de violão, criando canções que atravessam diversos gêneros, como rock e folk-music. No filme, bem produzido por sinal, ele mostra ainda como desenvolveu uma técnica impressionante de tocar violão e outros instrumentos de corda, o ‘tatap’. O filme venceu o In-Edit Chile 2022 e está disponível online e gratuito na plataforma Sesc Digital até dia 23/06.

 


 

Pagano (Brasil, 2024, 72 minutos, de Carlos Nascimbeni)

 

Doc independente sobre um dos mais respeitados e influentes pianistas eruditos do Brasil, Caio Pagano, que reside há tempos nos Estados Unidos e é professor da Universidade do Estado do Arizona. O filme acompanha sua vinda ao Brasil depois de anos, quando tocou no Teatro Cultura Artística em 2019 – na ocasião, foi entregue a primeira parte da reconstrução do teatro, parcialmente destruído por um incêndio em 2008. Pagano, em seu piano conta sobre sua trajetória e demonstra o talento tocando as composições finais de Liszt, Beethoven e Camargo Guarnieri. Disponível online e gratuito na plataforma Sesc Digital até dia 23/06.

 


 

Black Future – Eu sou o Rio (Brasil, 2023, 77 minutos, de Paulo Severo)

 

Filme sobre o álbum de estreia – e o único - da banda carioca Black Future, chamado ‘Eu sou o Rio’. Parte das músicas do disco tocou nas principais rádios no ano do lançamento, 1988, teve boa repercussão na crítica, mas logo depois a banda se desintegrou e caiu no esquecimento. O filme reúne uma série de entrevistas feitas quando dos 20 anos de lançamento do disco, com os ex-integrantes e músicos amigos. Um dos grandes filmes da edição do In-Edit Brasil 2024. Disponível online e gratuito na plataforma Sesc Digital até dia 23/06.



Dusty & Stones (EUA, 2022, 83 minutos, de Jesse Rudoy)

 

A viagem de dois jovens músicos chamados Dusty e Stones, de Essuatíni, na África, até o Texas, nos EUA, para participar de um concurso internacional de música country, é o foco desse emocionante documentário norte-americano. Na terra da folk music, a dupla viverá um sonho que mantinha desde a infância. Premiado nos festivais de Atlanta, Florida, Nashville e RiverRun, o filme está disponível online e gratuito na plataforma Sesc Digital até o dia 23/06.

 


 

Funk favela (Brasil, 2024, 71 minutos, de Kenya Zanatta)

 

Funk, favela, consciência de classe. Esses três temas se entrelaçam nesse formidável e bem construído documentário brasileiro, que reúne uma série de depoimentos de jovens e promissores artistas do funk paulistano para mostrar a música que é feita na periferia. O filme tece um pouco da história do funk em São Paulo e a construção do gênero ao longo do tempo, e discute ainda identidade cultural, preconceito e empoderamento feminino – já que muitas mulheres hoje cantam e compõem funk. Disponível online e gratuito na plataforma Itaú Cultural Play até dia 23/06.




 

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