Especial “Fantasma”
Fantasma (1979)
Numa pequena cidade, uma série de acontecimentos sinistros leva Mike (A. Michael Baldwin), o irmão Jody (Bill Thornbury) e um amigo, Reggie (Reggie Bannister), a investigar o cemitério local. Eles desconfiam que um agente funerário (Angus Scrimm) realiza estranhos experimentos com humanos, com o auxílio de suas mortais esferas voadoras.
O primeiro filme da franquia “Fantasma” fez bom sucesso nos cinemas, principalmente os americanos (com um custo baixo, de U$ 300 mil x U$ 11 milhões de renda), algo impressionante para um filme dessa natureza. É um terror sobrenatural de aspecto surreal, com personagens marcantes (vide o ‘Tall Man’, o ‘Homem Alto’, um agente funerário sinistro, com suas esferas voadoras mortais) e uma história macabra sobre experimentos com humanos e mortos-vivos. Há uma ou outra cena gore, com sangue explodindo na tela e cenas ousadas de mortes, e um tipo de desfecho que se manteria nos próximos. A segunda parte, feita nove depois, superaria a qualidade desse aqui, e, sim, saiu-se melhor que o original!
Fantasma (Phantasm). EUA, 1979, 89 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por Don Coscarelli. Distribuição: Obras-Primas do Cinema
Fantasma 2 (1988)
O agente funerário apelidado de ‘Homem Alto’ (Angus Scrimm) retorna ainda mais cruel ao mundo dos vivos para se vingar de Mike (James Le Gros) e do amigo Reggie (Reggie Bannister).
Nove anos depois do primeiro ‘Fantasma’, a Universal Pictures (lembre-se, uma major), percebendo o sucesso do original, resolver distribuir esse que acabou superando o outro. É o melhor da série, com mais acabamento, história mais macabra e que marcou o retorno de praticamente toda a equipe, exceto o ator A. Michael Baldwin, substituído por James Le Gros – volta inclusive o diretor, Don Coscarelli, que se manteve na direção até o quarto capítulo (ele foi o roteirista e criador das histórias). A mítica figura do Homem Alto reassume sua força para assombrar a pequena cidade onde Reggie e Mike habitam. A dupla se junta como pode para conter o senhor do reino dos mortos. Tem mais cenas com as tão esperadas esferas metálicas voadoras, que se engancham no corpo da vítima e a matam com um objeto perfurante. O longa dá mais adrenalina e tensão, e esse capítulo está na pequena lista de continuações que ganham do filme original. Assista em dose dupla com o “Fantasma”, de 1979.
Fantasma 2 (Phantasm II). EUA, 1988, 97 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por Don Coscarelli. Distribuição: Obras-Primas do Cinema
Fantasma 3: O senhor da morte (1994)
Os velhos amigos Mike (A. Michael Baldwin) e Reggie (Reggie Bannister) se juntam para fechar uma das sete portas do reino dos mortos, aberta pelo ‘Homem Alto’ (Angus Scrimm), que com as esferas voadoras, procura vingança.
Ainda faz jus à franquia essa terceira parte de “Fantasma”, que, conforme os fãs afirmavam, encerra bem uma trilogia (depois viriam duas sequências finais, inferiores, mas bem curtidas pelo público que gosta do cinema de horror). Os atores A. Michael Baldwin e Reggie Bannister vem com tudo para combater o decrépito Homem Alto, ambos auxiliados por uma jovem habilidosa nas artes marciais com seu nunchaku. O tempo urge, e o trio precisa com todas as forças fechar as portas do inferno para mandar o agente funerário de volta à sua casa. Como no filme anterior (e os próximos também fariam o mesmo), todo o início tem uma espécie de ‘relembre o que ocorreu anteriormente’. E durante o filme também há muitas cenas flashback com os personagens.
É um bom entretenimento para quem já está familiarizado com a trama.
Fantasma 3: O senhor da morte (Phantasm III: Lord of the dead). EUA, 1994, 91 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por Don Coscarelli. Distribuição: Obras-Primas do Cinema
Fantasma 4: O pesadelo continua (1998)
Novamente os amigos Mike (A. Michael Baldwin) e Reggie (Reggie Bannister) estão face a face com o ‘Homem Alto’ (Angus Scrimm), só que dessa vez a dupla entra em uma fenda do tempo para desvendar o passado do tenebroso agente funerário.
Penúltima fita de terror da franquia, repleta de subtramas cruzadas e ainda mais surreal (tem até fenda no tempo, bem cara de scifi). O Homem Alto está de novo no encalço da dupla Mike e Reggie, com a ajuda de uma horda de mortos e dezenas de esferas voadoras mortais. Nessa viagem ao tempo, os amigos terão a chance de entender o passado do misterioso agente funerário, e saber como tudo se iniciou. A continuação ainda mantém o ritmo, mas evidencia certo cansaço e sem grandes novidades. Ainda dá para assistir com a pipoca na mão!
Fantasma 4: O pesadelo continua (Phantasm IV: Oblivion). EUA, 1998, 89 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por Don Coscarelli. Distribuição: Obras-Primas do Cinema
Fantasma: Devastador (2016)
Reggie (Reggie Bannister), passados 20 anos dos últimos ocorridos, tem pela frente a missão de enfrentar mortos-vivos num mundo desolado para salvar o amigo Mike (A. Michael Baldwin) e, claro, destruir o ‘Homem Alto’ (Angus Scrimm).
E aqui termina a franquia de “Fantasma”, iniciada em 1979, durando 37 anos (para uma franquia de terror, é de uma solidez impressionante!). Os atores centrais retornam, e a única diferença é a direção, que mudou (é o único filme sem Don Coscarelli, diretor, roteirista e criador da cinessérie). Tem um clima de “Mad Max”, há um tom político no filme, e as esferas voadoras ganham outras proporções. Será que Mike e Reggie conseguirão acabar definitivamente com o terrível Homem Alto? É ver para saber... Pouco comentado, é o menor da franquia, que já vinha demonstrando repetição, porém, a meu gosto, fecha OK um longo ciclo de cinco filmes que atravessou quase quatro décadas!
Fantasma: Devastador (Phantasm: Ravager). EUA, 2016, 85 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por David Hartman. Distribuição: Obras-Primas do Cinema
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