"Era um dia de abril, gélido e claro, e os relógios marcavam 13h. Winston Smith, com o queixo encostado no peito, num esforço para se proteger do vento cortante, se enfiou rapidamente por entre as portas de vidro do edifício Palácios da Vitória, embora não tão rápido a ponto de evitar que um redemoinho de poeira e areia o acompanhasse. O salão de entrada cheirava a repolho cozido e a velhos capachos esfarrapados. Numa das extremidades, um cartaz colorido, grande demais para estar exposto num ambiente interno, fora pregado à parede".
Abertura do livro "1984", o notório e instigante romance distópico do escritor britânico George Orwell, o mesmo autor de "A revolução dos bichos", publicado em 1949, e agora lançado em nova edição no Brasil pela editora Biblioteca Azul, selo da Editora Globo (2021, 392 páginas, tradução de Bruno Gambarotto).
A história se passa num futuro incerto, num mundo de guerra perpétua, onde todo membro da sociedade é vigiado por câmeras e controlado por um governo totalitário e onipresente, que pune qualquer tipo de liberdade (de ir e vir, de expressão e até de amar). Eis que Winston, um funcionário de um dos ministérios que governam o país, rebela-se contra esse sistema autoritário e ameaçador ao assumir um relacionamento tido como proibido.
Obra fundamental do universo scifi moderno, "1984" critica os governos autoritários do século XX e as práticas de censura impostas por eles. Orwell foi visionário ao falar de um mundo controlado por telas e pelas tecnologias, onde se anulava a privacidade.
O livro deu origem a duas ótimas versões para cinema, ambas com o mesmo título, "1984" - uma de 1956, com Edmond O'Brien, e outra de 1984, com John Hurt e Richard Burton, ambas britânicas.
Procure já essa nova edição da editora Biblioteca Azul, que traz junto com o livro dois pôsteres.
domingo, 13 de junho de 2021
Dica de Leitura
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