No
Netflix - Para assistir em casa nessa quarentena
Entre
realidades
Sarah
(Alison Brie) é uma mulher sozinha, amante de artesanato, cavalos e séries
policiais com crimes bizarros. Percebendo que seus sonhos estão cada vez mais
reais, ela passa a se perguntar o que é realidade e o que é ilusão/ficção.
Dramão
psicológico produzido pelo Netflix, com uma atuação soberba de Alison Brie
(duas vezes indicada ao Globo de Ouro, de atriz pela série “Glow”), que
escreveu o roteiro ao lado do diretor do filme, seu parceiro de trabalhos em
outras ocasiões, Jeff Baena (do filme independente “A comédia dos pecados”). Provoca,
desde o início, todo um clima estranho, com uma personagem que desenvolve
transtornos e começa a divagar nos pensamentos. Seus sonhos sobrenaturais, bem
enigmáticos, a deixam confusa. A rotina dela é alterada, os médicos não sabem
qual o diagnóstico, isola-se ainda mais da sociedade, até ter crises que
culminam em surtos psicóticos. “Entre realidades” fala da linha entre o real e
o imaterial, o poder do subconsciente e as metáforas que o cercam. Não é um
filme fácil não!
Exibido
no Festival de Sundance, um dos maiores do cinema independente, entrou no
Netflix em fevereiro desse ano, e desde então causa discussão pelo seu tema e o
final mágico. Achei pertinente o título no Brasil, porém a tradução direta do
inglês chamaria mais a atenção – “A garota do cavalo”.
Eu
gostei da maneira como o tema foi abordado (é difícil até de classificar o
gênero, meio drama, meio suspense com mistério), do trabalho da atriz e da
fotografia e direção de arte que remete a sonhos. Ponto positivo para o
Netflix, que acerta raramente em seus longas-metragens (as séries, convenhamos,
dá de 1000 a zero nos filmes).
Entre
realidades (Horse
girl). EUA, 2020, 103 minutos. Drama/Suspense. Colorido. Dirigido por Jeff
Baena. Distribuição: Netflix
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