domingo, 17 de junho de 2018

Resenha Especial


Grease – Nos tempos da brilhantina

Califórnia, anos 50. O bonitão Danny (John Travolta) e a charmosa Sandy (Olivia Newton-John) estudam em escolas conservadoras. Ambos se amam, porém ela terá de largá-lo quando é chamada para retornar ao seu país, Austrália. Do dia para a noite os planos mudam, e Sandy se matricula na mesma escola de Danny, causando ciúmes nas meninas bonitas do colégio, que estão a fim de namorar o jovem, recém-solteiro.

“Grease” acaba de ganhar uma linda edição especial comemorativa de 40 anos, com uma nova capa toda desenhada e cheia de cor e extras imperdíveis, tanto em DVD como em Bluray. Edição caprichada para apreciarmos sem moderação esse estrondoso sucesso de público, daqueles filmes ingênuos adoráveis, que arrastou multidões aos cinemas. Uma fita musical vibrante, que registra uma época tão distante da atual, sobre o comportamento dos jovens na década de 50, com cabelos com brilhantina, topetes, o início das roupas de couro coladas no corpo, as saias rodadas, as danças de salão e o rock n’roll em germinação.
O casal John Travolta e Olivia Newton-John, com intensa química e carisma, marcou toda uma geração com as músicas “You’re the one that I want”, “Summer nights” (“Tell me more”) e “We go together”, ainda hoje lembradas nos revivals dos anos 70. Travolta puxa os holofotes para si, roubando a cena e esbanjando simpatia. Tinha, na época, 23 anos, em início de carreira, um ano depois do sucesso de “Os embalos de sábado à noite”. E Olivia, uma graça, cantora com energia e ótima dançarina - pena que deixou a carreira no cinema, apareceu em cinco filmes deposite deste, como “Xanadu” (1980) e de novo com Travolta no fraco “Embalo a dois” (1983), dedicando-se hoje à música; ela enfrenta uma nova batalha contra o câncer de mama e mantem-se em tratamento. O casal brilha ao lado de um elenco coadjuvante fantástico e engraçado, como Stockard Channing, Jeff Conaway, e dos veteranos Sid Caesar, Joan Blondell e Eve Arden.
Com visual colorido (tachado hoje de brega), o musical teve indicação ao Oscar de canção original (“Hopelessly devoted to you”), de John Farrar, e também ao Globo de Ouro (em cinco categorias – Ator para Travolta, Atriz para Olivia, Filme – Musical ou Comédia, e em duas canções famosas, a da abertura, “Grease”, de Barry Gibb, dos Bee Gees, e “You’re the one that I want”).
Foi o melhor trabalho do diretor Randal Kleiser, de “A lagoa azul” (1980) e “Amantes de verão” (91982), especializado em fitas românticas melosas para jovens.
Originou uma péssima continuação quatro anos depois, “Grease 2: Os tempos da brilhantina voltaram (1982), com ninguém do elenco original (na linha de frente do elenco tinha Michelle Pfeiffer, novata, em seu segundo trabalho), dirigido pela coreógrafa do original, Patricia Birch. Também deu gancho a um monte de filmes musicais com ritmo dançante, com temas sobre a juventude, de forma bem humorada.
É um prazer rever e lembrar com saudade, ainda mais nessa incrível edição de colecionador, distribuída pela Paramount Pictures, com uma série de extras inéditos (como final alternativo, especiais de TV, making of, trailers, documentários e introdução do diretor). A nova edição está disponível em DVD e Bluray, em disco simples, e ainda numa luxuosa edição limitada, em bluray, com livreto ilustrado e um fone de ouvido com a marca Grease.

Grease – Nos tempos da brilhantina (Grease). EUA, 1978, 110 min. Musical. Colorido. Dirigido por Randal Kleiser. Distribuição: Paramount Pictures



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