Uma verdade mais inconveniente
Dez anos depois do lançamento do documentário “Uma verdade inconveniente” (2006), o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore segue com sua luta contra o aquecimento global.
Urgente e reveladora, a continuação de “Uma verdade inconveniente” toca ainda mais fundo na ferida do aquecimento global, um tema imprescindível nos dias atuais que vem ganhando forças nos debates políticos internacionais graças ao trabalho incansável do ex-senador e ex-VP americano Al Gore. Como no primeiro documentário, Gore volta a alertar o público em suas palestras sobre os perigos das ações desenfreadas dos humanos que agridem o meio ambiente, exibindo vídeos chocantes de desastres ambientais, de geleiras polares em constante derretimento causado pelas alterações climáticas, de cidades afetadas por inundações, furacões e doenças até tempo atrás controladas. Seja nas Filipinas ou no Brasil, percebe-se a devolutiva da natureza quando atacada. É uma reação em cadeia: o homem destrói, a natureza devolve com fúria. E a mensagem de Gore é clara: se cada um não mudar os velhos hábitos, o mundo sucumbirá.
Indicado ao Bafta de melhor documentário e ao Golden Eye, no Festival de Cannes, este filme corajoso nos deixa atônitos – e espero que quem assistir coloque a mão na consciência para fazer a sua parte, mesmo com atitudes simples, na recuperação do planeta Terra.
Al Gore esboçou a ideia, assim como no anterior (que foi premiado com dois Oscars), e novos diretores assumiram o projeto (a dupla Bonni Cohen e Jon Shenk), com orçamento mínimo, de U$ 1 milhão (infelizmente a bilheteria ficou bem abaixo do esperado).
Já disponível em DVD pela Paramount Pictures, com bons extras, como novos depoimentos de Al Gore e o clipe com a música-tema, “Truth to power”, da banda OneRepublic.
Uma verdade mais inconveniente (An inconvenient sequel: Truth to power). EUA, 2017, 98 min. Documentário. Colorido. Dirigido por Bonni Cohen e Jon Shenk. Distribuição: Paramount Pictures
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