Psicopata
cuida do motel da família à beira de um pântano no Texas e ali mata cruelmente
as vítimas, que servem de comida para seu crocodilo de estimação.
Terror
insano de psicopata no melhor estilo sanguinário do final dos anos 70, um
encontro de “Psicose” com “O massacre da serra elétrica” (o filme foi escrito
pelo criador de ‘O massacre’, Kim Henkel, em nova parceria com o diretor Tobe
Hooper, recém-falecido).
Violento
e cheio de clichês do gênero, conta uma história horripilante, de um caipira
sádico, com transtornos psiquiátricos (Neville Brand), que mata os hóspedes do
motel que trabalha e desova os corpos das vítimas no pântano onde habita um
crocodilo gigante (alguns ainda estão vivos quando o réptil os ataca, daí a
tradução do título, “Devorados vivos”, que nunca existiu no Brasil). Do terror
o filme vira policial, quando o desaparecimento de uma garota mobiliza seus
familiares e a polícia. Bem esquematizado, o roteiro apela em cenas de matança
(fortes para a época), ressaltadas na fotografia com cores vermelhas alucinantes,
que atordoa a mente dos menos avisados!
Este
foi o terceiro longa-metragem de Tobe Hooper, que o realizou um ano depois de
“O massacre da serra elétrica” (1974), insistindo em temas de psicopatia,
sadismo, crueldade, com personagens insanos e destrutivos. Escalou Neville
Brand (que assusta com as feições de um assassino matuto) e um time de coadjuvantes
com graus de esquisitices para desse modo complementar o estranhamento da
história, como Mel Ferrer, Carolyn Jones (a Morticia do clássico seriado ‘A
família Addams’), William Finley, Marilyn Burns (de ‘O massacre da serra
elétrica’, depois sumiu), a sex symbol dos anos 70 Roberta Collins, que
lembrava Marilyn Monroe, o grande ator Stuart Whitman, que acabou de completar
90 anos, e Robert Englund, em início de carreira, muito antes de encarnar o
monstruoso Freddy Krueger na franquia “A hora do pesadelo”.
Cinema
diferenciado de horror, do mestre Tobe Hooper, que não é para qualquer um!
Opção garantida para quem quer ver sangue e mortes brutais com um incremento
bizarro.
Saiu
agora em DVD em uma caixa especial com três discos em homenagem ao diretor Tobe
Hooper, com quatro filmes do diretor – “O massacre da serra elétrica” (1974), “O
massacre da serra elétrica – parte 2” (1986), “Invasores de Marte” (1986) e
este aqui. O selo é da distribuidora Obras-Primas do Cinema – o box contém
cards colecionáveis e um disco de extras com documentários, erros de gravações,
entrevistas etc.
Eaten
alive (Idem). EUA,
1976, 90 min. Horror. Dirigido por Tobe Hooper. Colorido. Distribuição:
Obras-Primas do Cinema. Disponível em DVD
* Publicado na coluna Middia Cinema, na revista Middia, edição de fevereiro/março de 2018
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