sexta-feira, 16 de março de 2018

Resenha Especial



Maratona da morte

O universitário nova-iorquino Thomas ‘Babe’ Levy (Dustin Hoffman), que pratica maratonas, envolve-se acidentalmente em uma terrível conspiração internacional, com um nazista foragido, diamantes roubados, torturas e assassinatos.

Excelente thriller de espionagem, um de meus filmes favoritos e que marcou os anos 70, dirigido pelo falecido John Schlesinger, que criou um clima único, de terror, tensão e paranoia. O explosivo roteiro é de William Goldman (hoje vivo, aos 86 anos), ganhador do Oscar por “Butch Cassidy” (1969) e “Todos os homens do presidente” (1976), que adaptou seu próprio livro para o cinema, fazendo justiça ao teor da ideia central.
Dustin Hoffman, indicado ao Globo de Ouro e ao Bafta pelo papel do estudante maratonista, interpreta “o homem errado”, injustamente aprisionado em uma armadilha mortal. Num beco sem saída, frente a frente com diamantes roubados e bandidos perigosos, irá se confrontar com o pior de seus pesadelos, um sinistro dentista nazista que volta do exílio, chamado Dr. Szell (papel formidável de Laurence Olivier, indicado ao Oscar pelo excelente trabalho, que rendeu a ele o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante). A cena em que Hoffman é torturado na cadeira de dentista, por Olivier, é antológica e causa aflição.
Há uma trilha sonora inesquecível de Michael Small, uma Marthe Keller jovial e deslumbrante (indicada ao Globo de Ouro também, coadjuvante), reviravoltas de tirar o fôlego, uma edição de ouro (do falecido Jim Clark, indicado aqui ao Bafta) e participações intrigantes de duas feras do cinema, Roy Scheider e William Devane.
Um filmão obrigatório a todos os cinéfilos. Espero que gostem do filme tanto quanto eu! Já disponível em DVD e Blu-ray pela Paramount.



Maratona da morte (Marathon man). EUA 1976, 125 min. Ação/Suspense. Colorido. Dirigido por John Schlesinger. Distribuição: Paramount Pictures. Disponível em DVD e Blu-ray

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