Na Beijing atual, o
jovem Chen Lin-Hu (Tiger Chen) dedica-se ao Tai Chi Chuan, arte marcial ligada
à meditação. Devido à surpreendente habilidade, é procurado por clubes de luta
do submundo e topa participar de um torneio. No entanto, a cada competição, seu
desejo torna-se atroz a ponto de arriscar a vida e o próprio equilíbrio de
energia pelas artes marciais.
Estreia na direção de
Keanu Reeves, que já foi um dos atores mais bem pagos de Hollywood nos anos 90
e hoje está ausente das telas, envolvido em causas humanitárias. Depois de
morar no Japão e na China e se envolver com o taoísmo e à alquimia chinesa,
planejou com dedicação esse pequenino projeto pessoal sobre o Tai Chi Chuan. Pautado,
exaustivamente, nos princípios filosóficos dessa arte marcial, faz uma simbiose
do personagem lutador com o yin-yang e o equilíbrio energético, mostrando a
solidão do protagonista no violento mundo das competições. Keanu Reeves é
coadjuvante, meio vilão, homem de negócios de moral duvidosa que leva o jovem Chen
Li-Hu às maciças apostas na arena. Tiger Chen, outro ator sumido, chinês, é o
centro de tudo, que segue uma jornada espiritual para vencer a todo custo, seguindo
os princípios básicos do Tai Chi, que são a quietude, a suavidade e a
concentração exacerbada.
Como um livro aberto
sobre os fundamentos do Tai Chi, o filme pressupõe, desde o início, um perfil
de didática do bem contra o mal, transformando a arte da meditação em um
ganancioso espetáculo midiático.
As lutas são bem
encenadas, mesmo que mistificadas e idealizadas, a trama é um pouco aquém para
o padrão de cinema e nunca chega a emocionar. Tentativa de Keanu atrás das
câmeras que virou apenas um rápido entretenimento de categoria inferior – e
logo cairá no esquecimento do público. Em DVD e Blu-ray. Por Felipe Brida
O homem do Tai Chi (Man
of Tai Chi). EUA/China/Hong Kong, 2013, 105 min. Ação.
Dirigido por Keanu Reeves. Distribuição: Universal
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