sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Cine Lançamento


Identidade especial

Agente policial infiltrado na máfia chinesa e conhecedor das artes marciais, Chan Chi-Lung (Donnie Yen) descobre que o líder da organização, Cheung Mo-Hung (Collin Chou), iniciou uma antiga promessa: a de eliminar todos os espiões que lá estão “disfarçados”. Sem aliados, ele terá de manter sua identidade em segredo e encontrar formas de manipular os cruéis mafiosos.

Fraquíssima fita comercial chinesa sobre artes marciais liderada por um dos astros do país nos anos 90, o cantonês Donnie Yen (hoje aos 51 anos). As propostas não ficam claras nem mesmo na apresentação do filme. Um policial expert em artes marciais infiltra-se na máfia para descobrir os planos da organização. Percebe que outros infiltrados estão sendo eliminados um a um, procurando assim estratégias de sobrevivência, pois sua missão deve ser finalizada. Com estrutura de filmes de ação mequetrefes da década de 80, com ingredientes absurdos e pancadaria para todo lado, está aquém das produções contemporâneas da China, como as obras-primas de Zhang Yimou sobre artes marciais (“Herói” e “O clã das adagas voadoras”). Aliás, os feitos de Yimou são estonteantemente incomparáveis no cinema da atualidade.
Infelizmente esse “Identidade especial” é penoso de assistir, com fotografia over de tantas cores efusivas, erros de continuidade visíveis, figurino brega e elenco nada eficiente (repare na gama de personagens desalinhavados, desde as mulheres lutadoras até os vilões caricatos). Sem chance alguma de salvação! Por Felipe Brida

Identidade especial (Te shu shen fen/Special ID). China, 2013, 99 min. Ação. Dirigido por Clarence Fok Yiu-leung. Distribuição: Universal

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Morre o diretor e ator Richard Attenborough



Faleceu ontem em Londres o premiado ator e diretor britânico Richard Attenborough, cinco dias antes de completar 91 anos. Nascido em Cambridgeshire (Cambridge, Inglaterra), em 23 de agosto de 1923, Richard ganhou dois Oscars em 1983 pelo clássico contemporâneo "Gandhi", nas categorias de melhor filme e direção.
Iniciou a carreira artística como ator de cinema em 1942, em "Nosso barco, nossa alma", e dedicou-se à Sétima Arte até 2007. Dentre seus principais filmes como ator destacam-se "O canhoneiro de Yang-Tsé" (1966) e "O fantástico Dr. Dolittle" (1967) - em ambos ganhou o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante; "A caixa mágica" (1951), "Papai é nudista" (1959), "Fugindo do inferno" (1963), "Farsa diabólica" (1964), "O voo da Fênix" (1965), "Um marido de reserva" (1968), "Um beatle no paraíso" (1969), "A última granada" (1970), "O estrangulador de Rillington Place" (1971), "A hora do regimento" (1975), "O jogador de xadrez" (1977), "Jurassic Park - Parque dos dinossauros" (1993), "Milagre na rua 34" (1994), "Hamlet" (1996), "O mundo perdido: Jurassic Park" (1997) e "Elizabeth" (1998).
Como diretor, realizou 12 filmes, sendo produtor da maioria delas: "Oh, que bela guerra" (1969), "As garras do leão" (1972), Uma ponte longe demais" (1977), "Uma passe de mágica/Magia negra" (1978), "Gandhi" (1982), "Chorus Line: Em busca da fama" (1985 - indicado ao Globo de Ouro como diretor), "Um grito de liberdade" (1987 - indicado ao Globo de Ouro como diretor), "Chaplin" (1992), "Terra das sombras" (1993), "No amor e na guerra" (1996), "O guerreiro da paz" (1999) e "Um amor para toda a vida" (2007).
Era casado desde 1945 com a atriz Sheila Sim, com quem teve três filhos. Richard era irmão do pesquisador e apresentador de TV David Attenborough. Por Felipe Brida

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Cine Lançamento


A grande volta

Demitido do trabalho e recém-separado da esposa, François Nouel (Clovis Cornillac) investirá toda sua energia para realizar um grande sonho: competir no Tour de France.

Chega às locadoras uma simpática fita francesa independente, sobre os bastidores do mundialmente reconhecido circuito anual de ciclismo “Tour de France”, realizado na França desde 1903. Com o pé na estrada, o protagonista, um cidadão comum, abandonado pela esposa e sem emprego, aposta ganhar o torneio. Com uma bicicleta nova e apetrechos de ciclista profissional, ele inicia o tour um dia antes da largada oficial, obtendo vantagem entre os competidores, o que irá mobilizar a imprensa nacional com a seguinte pergunta para o público: por não sair junto aos demais, Nouel seria um impostor?
Rodado em autênticas locações do Tour (Pirineus e Alpes), com uma bonita fotografia em paisagens montanhosas, o filme pode ser classificado como uma comédia dramática em formato road-movie, mas com bike, acompanhando dia e noite a jornada de um homem solitário em busca de uma irrestrita paixão, o Tour (só possível hoje de ser realizado por ele estar sem a esposa e sem o emprego).
Não exija muito da história, que é agradável, leve e de uma nota só – é incomum vermos no cinema ou na TV um roteiro adaptado e escrito por 12 pessoas (aqui boa parte deles são os produtores), o que deixa claro que é um trabalho cinematográfico feito entre amigos.
Um entretenimento para ser conferido! Já em DVD. Por Felipe Brida


A grande volta (La grande boucle) França, 2013, 97 min. Comédia dramática. Dirigido por Laurent Tuel. Distribuição: Paramount

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Nota do blogueiro


Já nas locadoras!

Filmes em DVD e Blu-ray:




Capitão América 2: O soldado invernal (2014) - Ação, com Chris Evans, Samuel L. Jackson e Scarlett Johansson

Vidas ao vento (2013) - Animação japonesa, de Hayao Miyazaki - Indicado ao Oscar de melhor animação

As Aventuras de Peabody & Sherman (2014) - Animação americana, dirigido por Rob Minkoff, o mesmo de O rei leão e O pequeno Stuart Little

Mulheres ao ataque (2014) - Comédia romântica, com Cameron Diaz, Leslie Mann e Kate Upton

Getúlio (2014) - Drama, com Tony Ramos - Biografia de Getúlio Vargas

Um conto do destino (2014) - Drama/Fantasia, com Colin Farrell, Russell Crowe e William Hurt

Não aceitamos devoluções (2013) - Comédia mexicana

13o. distrito (2014) - Ação, com Paul Walker

Um novo amor (2013) - Comédia romântica, com Andy Garcia e Vera Farmiga

Vida de adulto (2013) - Comédia, com Emma Roberts, Evan Peters e John Cusack 

Justin e a espada da coraem (2013) - Animação espanhola, com vozes de Freddie Highmore, Antonio Banderas, Alfred Molina, Saoirse Ronan e Julie Walters

Toque de mestre (2013) - Suspense, com Elijah Wood e John Cusack

Atrás da porta (2012) - Drama húngaro, dirigido pelo premiado István Szabó, com Helen Mirren

Além da fronteira (2012) - Drama israelense

Um evento feliz (2011) - Comédia dramática franco-belga

Segredos mortais (2011) - Drama/Suspense, com Famke Janssen e James Gandolfini

O melhor pai do mundo (2009) - Comédia dramática, com Robin Williams


Seriados:

Blacklist (1a. temporada) - Com James Spader

Bonnie & Clyde (1a. temporada) - Com Emile Hirsch e Holliday Grainger

Por Felipe Brida

domingo, 17 de agosto de 2014

Cine Lançamento


Patrick: O despertar do mal

Após matar a mãe e o amante dela, o jovem Patrick (Jackson Gallagher) entra repentinamente em coma. Transferido para um antigo hospital psiquiátrico, afastado da cidade, o paciente fica sob cuidados de um rígido médico, Dr. Roget (Charles Dance), que desenvolve experimentos com humanos. No leito, Patrick inicia uma estranha amizade por telecinese com uma das enfermeiras, e fenômenos assustadores passam a ocorrer no local.

Curiosa fita B australiana de terror com ficção científica, remake de um filme homônimo (“Patrick”, de 1978, também da Austrália), inédito no Brasil. Apesar de explorar sem embasamento científico a telecinese, o assunto é o chamariz mais impactante desse pequeno trabalho de um diretor de documentários para TV, em sua estreia no cinema – a telecinese já apareceu em “A maldição de Samantha” (1986), que assustou muita gente na época, e até Brian De Palma resignificou a fórmula no chocante “A fúria” (1978).
Anti-herói, Patrick é um jovem em coma, responsável pelo assassinato da mãe e do amante, que hoje está em coma irreversível. No hospital com jeito de assombrado, um médico realiza experimentos mentais nos pacientes, e um dos alvos será Patrick, que consegue se comunicar com uma enfermeira por meio de um velho computador (pela telecinese). Com um clima moderado de terror à moda antiga e efeitos visuais abaixo da média, a história macabra é construída com rapidez, estranhamento e suspense, incluindo um suposto (e bizarro) amor entre a enfermeira novata e o rapaz em coma.
Os estereótipos correm soltos, como o médico insano e sua equipe misteriosa, e o desfecho tem sentido, mesmo que cabuloso. Quando tudo terminou pensei: poderia ter sido bem pior (não conheço o original, portanto me abstenho de comparar um ao outro).
Arrisco indicar como curiosidade apenas. Quer tentar? Por Felipe Brida

Patrick: O despertar do mal (Patrick). Austrália, 2013, Terror/Ficção científica, 96 min. Dirigido por Mark Hartley. Distribuição: Paramount

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Viva Nostalgia!


Alice no País das Maravilhas

Na metade do século XIX, em plena Era Vitoriana Inglesa, uma garota entediada chamada Alice (Charlotte Henry) fecha-se em um mundo de sonhos. Certo dia é levada ao “País das Maravilhas”, aproximando-se de inúmeros personagens excêntricos, como o Chapeleiro Maluco, Coelho Branco, Gato Risonho, a temível Rainha de Copas e toda sua corte.

Versão raríssima e estilizada da memorável história de Charles Lutwidge Dodgson, que publicava sob o pseudônimo de Lewis Carroll – o livro, de 1865, teve dezenas de adaptações para o cinema e a TV, sendo a mais famosa a de 1939, dirigida por Victor Fleming, que no mesmo ano realizou “E o vento levou”, ou seja, duas obras-primas da Sétima Arte numa tacada só!
Rodado em preto-e-branco, em cenários com formas expressionistas e delírios surrealistas, o filme agrada por ter tudo no lugar correto: elenco adequado (participações de Gary Cooper e Cary Grant, em início de carreira, e do magnífico Sterling Holloway), roteiro direto no ponto (reduzindo bem o livro) e muito humor, dosado com momentos de ternura e aventura. O nonsense de Lewis Carroll ganha vida ímpar nessa produção fantasiosa, originalmente da Paramount e agora lançada no Brasil pela distribuidora Classicline (que vira e mexe resgata joias perdidas do cinema).
Já no mercado. Para assistir com o coração aberto. Deixe-se levar para dentro do mundo das maravilhas, ao lado da meiga Alice, do Chapeleiro Maluco, do Gato Risonho e de todos os personagens inesquecíveis do famoso livro. Por Felipe Brida 

Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland). EUA, 1933, 75 min. Aventura. Preto-e-branco. Dirigido por Norman Z. McLeod. Disponível em DVD.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Morre a lendária atriz Lauren Bacall aos 89


Atriz da Era de Ouro de Holywood e protagonista de filmes noir americanos dos anos 40, Lauren Bacall faleceu ontem em Nova York aos 89 anos, após sofrer um derrame.
Indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante por O espelho tem duas faces (1997) - seu papel lhe rendeu o Globo de Ouro e o SAG, também recebeu da Academia um prêmio Honorário em 2010, de reconhecimento pela carreira. Foi indicada ainda ao Bafta (por O último pistoleiro, em 1977, e O espelho tem duas faces).
Em 70 anos dedicados ao cinema, atuou em cerca de 70 produções, dentre elas Uma aventura na Martinica (1944 - sua estreia nas telas), À beira do abismo (1946), Prisioneiro do passado (1947), Paixões em fúria (1948), Êxito fugaz (1950), Cinzas ao vento (1950), Como agarrar um milionário (1953), Palavras ao vento (1956), Teu nome é mulher (1957), Sangue sobre a Índia (1959), Assassinato no Expresso Oriente (1974), O último pistoleiro (1976), O fã - Obsessão cega (1981), Encontro marcado com a morte (1988), O elétrico Mr. North (1988), Louca obsessão (1990), Prêt-a-porter (1994), Meus queridos presidentes (1996), Dogville (2003), Reencarnação (2004), Manderlay (2005), O acompanhante (2007) e O falsificador (2012).
Foi casada com dois lendários atores  americanos: Humphrey Bogart (de 1945 até a morte dele, em 1957) e com Jason Robards (de 1961 a 1969). Deixa três filhos, um deles o ator Sam Robards. Por Felipe Brida


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ator Robin Williams é encontrado morto em casa


Robin Williams, ator premiado com o Oscar por Gênio indomável (1997), e indicado em outros três filmes (Bom dia, Vietnã; Sociedade dos poetas mortos; e O pescador de ilusões), é encontrado morto em sua residência, aos 63 anos. A polícia investiga provável suicídio - o ator tinha depressão e fazia tratamento contra o alcoolismo. Era casado pela terceira vez e deixa três filhos.

Viva Nostalgia!


Possuída

Uma ambiciosa operária, Marian Martin (Joan Crawford), viaja até Nova York na esperança de crescer na vida. Envolve-se com o promissor advogado Mark Whitney (Clark Gable), por quem se apaixona. São épocas de eleições, então ele irá disputar uma vaga para governador do Estado, o que o faz distanciar-se de Marian.

Originalmente produzido pela MGM, “Possuída” estava inédito no Brasil e foi resgatado agora pela distribuidora Colecione Clássicos, que lançou no mercado, em excelente cópia, esse filme menor de Clarence Brown, um diretor admirável, responsável por clássicos impecáveis da Sétima Arte como “Anna Karenina” (1935), “A mocidade é mesmo assim” (1944) e “Virtude selvagem” (1946). Em início de carreira, Joan Crawford e Clark Gable assumem o par romântico de uma história de amor impossível, a de uma operária desiludida que se torna amante de um rico advogado com pretensões políticas. Será que a garota de vida simples quer aquele relacionamento para ascender e ganhar status na sociedade? É a dúvida que toma conta do clima da fita baseada na peça “The Mirage”, de Edgar Selwyn, com roteiro da indicada ao Oscar Lenore J. Coffee – ela já havia sido filmada sete anos antes (em 1924), com o mesmo título, interpretado por Florence Vidor e Clive Brook.
Ícone da Era de Ouro de Hollywood, Joan Crawford recebeu indicação ao Oscar justamente em um filme com o mesmo título em inglês, “Possessed”, rodado 16 anos depois, que não tem nada a ver com essa história e que no Brasil recebeu o título de “Fogueira de paixões” – Joan ganhou a estatueta da Academia por “Almas em suplício” (1945) e foi indicada mais uma terceira vez, por “Precipícios da alma” (1952). Figura representativa do cinema, Joan estava aqui no auge da beleza – depois ficou muito feia, virou alcoólatra, ficou reclusa e batia nos filhos pequenos (a biografia da estrela pode ser vista no amargo e cruel filme “Mamãezinha querida”, de 1981, baseado nas memórias da filha atriz, Christina Crawford – Faye Dunaway, um pouco over, interpretava Joan com alto grau de loucura). E Clark Gable também estava no início de carreira aqui, sete anos antes do filme que o tornou célebre, “E o vento levou” (1939).
Uma fita curiosa e regular sobre as tempestividades da paixão, o amor por interesse, e que do meio para o final discute, por cima, a política americana dos anos 30. Por Felipe Brida

Possuída (Possessed). EUA, 1931, 76 min. Drama. Preto-e-branco. Dirigido por Clarence Brown. Disponível em DVD.

sábado, 9 de agosto de 2014

Nota do blogueiro


Chegaram!
Lançamentos da Paramount e da Universal de agosto em DVD e BD. Tem um pouco de tudo. Comédia, terror, drama, ação, documentário, aventura. Outra novidade é a distribuição no Brasil, em cópia primorosa, do clássico "Sansão e Dalila" (1949), de Cecil B. DeMille.


Morre o diretor e produtor Menahem Golan, de 'Braddock', 'Comando Delta' e 'Falcão'



Faleceu ontem em Israel, aos 85 anos, o diretor, produtor e roteirista Menahem Golan. Nascido em maio de 1929 em Tiberias, Israel, mudou-se para Nova York nos anos 60, cidade que adotou para trabalhar e viver até o final da década de 90. Produziu mais de 200 filmes, escreveu o roteiro de 40 produções e dirigiu outras 45, dentre elas Missão secreta no Cairo (1966), A grande fuga do Comunismo (1972), Ninja - A máquina assassina (1981), Comando Delta (1986), Falcão - O campeão dos campeões (1987), A história de Hanna (1988), O príncipe dos mendigos (1989) e O império da violência (1992).

Como produtor assinou fitas comerciais de ação e aventura, muitas delas B, como Desejo de matar 2 (1982), Dez minutos para morrer (1983), O embaixador (1984), Braddock - O super comando (1984) , Braddock II - O início da missão (1985), Invasão USA (1985), Desejo de matar 3 (1985), As minas do rei Salomão (1985), Stallone Cobra (1986),  Os aventureiros do fogo (1986), Allan Quatermain e a cidade do ouro perdido (1986), Mestres do universo (1987), Braddock 3 - O resgate (1987), Desejo de matar 4 - Operação Crackdown (1987), O grande dragão branco (1988) e Kinjite - Desejos proibidos (1989), além do drama erótico Mata Hari (1985), das ficções científicas Força sinistra (1985) e Cyborg - O dragão do futuro (1989), do suspense policial Expresso para o inferno (1985), do drama Louco de amor (1985), do terror O massacre da serra elétrica 2 (1986), O fantasma da ópera (1989) e A noite dos mortos-vivos (1990), do policial Armação perigosa (1987), do musical João e Maria (1987), dos dramas biográficos Barfly - Condenados pelo vício (1987) e Um grito no escuro (1988), da aventura Superman IV - Em busca da paz (1987), do documentário Powaqqatsi - A Vida em Transformação (1988) e do romance Salsa - O filme quente (1988). Por Felipe Brida

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Cine Lançamento


O homem do Tai Chi

Na Beijing atual, o jovem Chen Lin-Hu (Tiger Chen) dedica-se ao Tai Chi Chuan, arte marcial ligada à meditação. Devido à surpreendente habilidade, é procurado por clubes de luta do submundo e topa participar de um torneio. No entanto, a cada competição, seu desejo torna-se atroz a ponto de arriscar a vida e o próprio equilíbrio de energia pelas artes marciais.

Estreia na direção de Keanu Reeves, que já foi um dos atores mais bem pagos de Hollywood nos anos 90 e hoje está ausente das telas, envolvido em causas humanitárias. Depois de morar no Japão e na China e se envolver com o taoísmo e à alquimia chinesa, planejou com dedicação esse pequenino projeto pessoal sobre o Tai Chi Chuan. Pautado, exaustivamente, nos princípios filosóficos dessa arte marcial, faz uma simbiose do personagem lutador com o yin-yang e o equilíbrio energético, mostrando a solidão do protagonista no violento mundo das competições. Keanu Reeves é coadjuvante, meio vilão, homem de negócios de moral duvidosa que leva o jovem Chen Li-Hu às maciças apostas na arena. Tiger Chen, outro ator sumido, chinês, é o centro de tudo, que segue uma jornada espiritual para vencer a todo custo, seguindo os princípios básicos do Tai Chi, que são a quietude, a suavidade e a concentração exacerbada.
Como um livro aberto sobre os fundamentos do Tai Chi, o filme pressupõe, desde o início, um perfil de didática do bem contra o mal, transformando a arte da meditação em um ganancioso espetáculo midiático.
As lutas são bem encenadas, mesmo que mistificadas e idealizadas, a trama é um pouco aquém para o padrão de cinema e nunca chega a emocionar. Tentativa de Keanu atrás das câmeras que virou apenas um rápido entretenimento de categoria inferior – e logo cairá no esquecimento do público. Em DVD e Blu-ray. Por Felipe Brida

O homem do Tai Chi (Man of Tai Chi). EUA/China/Hong Kong, 2013, 105 min. Ação. Dirigido por Keanu Reeves. Distribuição: Universal

sábado, 2 de agosto de 2014

Nota do blogueiro


Atingindo 900 postagens no blog 'Cinema na Web'
Independente e com conteúdo cinematográfico diversificado, está no ar desde fevereiro de 2008. Mantido por mim. Agora com 68.945 acessos. Conheça, siga, comente, interaja.

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Os 47 ronins

Grupo de 47 ronins (samurais sem chefe), liderado por Kai (Keanu Reeves), inicia uma temerosa jornada para se vingar dos algozes responsáveis pelo assassinato do mestre. No percurso por territórios desconhecidos do Japão feudal, enfrentarão desde guerreiros com poderes sobrenaturais a criaturas diabólicas.

Ágil blockbuster americano que, numa descompromissada adaptação, remonta o histórico episódio dos “47 ronins”, ocorrida no Japão nos primeiros anos do século XVIII, e hoje considerada lenda nacional do país.
Um grupo de samurais cujo guia cometera o seppuku (suicídio) após sofrer um abuso moral de chefes de outro clã busca vingança a todo custo, seguindo à risca o Bushido (código de honra samurai), norteado pela extrema fidelidade e mestria dos guerreiros ao seu senhor feudal. Nesse caminho por terras longínquas, à procura dos malfeitores, haverá o encontro sobrenatural com figuras míticas do Japão antigo, como dragões e monstros cuspidores de fogo, além de imbatíveis guerreiros tatuados a mando de temíveis shoguns.
Fracasso de bilheteria (o filme custou caro, perto dos U$ 175 milhões, e rendeu menos de U$ 40 milhões), traz uma imponente e clássica direção de arte, com incríveis efeitos visuais e grande contingente de figurantes, alinhados numa história curiosa, com ação do começo ao fim, sempre em tom de fantasia.
Agora, quem se interessar pela lenda dos 47 ronins em formato mais tradicional, sem parafernália de recursos estrondosos, pode conferir o box “Os 47 ronins”, recém-lançado no Brasil pela Versátil, que contém três fitas dos anos 40 e 50 dirigidas por grandes mestres do cinema japonês: Hiroshi Inagaki, Kenji Mizoguchi e Kunio Watanabe (a sequência cronológica dos filmes são ‘A vingança dos 47 ronins’; ‘Os 47 ronins’; e ‘Os vingadores’).
Entretenimento vibrante, bem além do que poderíamos esperar, com um Keanu Reeves menos ruim do que de costume. Por Felipe Brida

47 ronins (47 ronin). EUA, 2013, 118 min. Ação. Dirigido por Carl Rinsch. Distribuição: Universal


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Morre aos 92 anos o maquiador Dick Smith, premiado com o Oscar


Faleceu ontem, aos 92 anos, um dos mais respeitados maquiadores do cinema americano, Dick Smith, ganhador do Oscar por Amadeus (1984). Também foi indicado na mesma categoria (melhor maquiagem) por Meu pai: Uma lição de vida (1989).
Como diretor de maquiagem desenvolveu trabalhos em clássicos do cinema, como Perdidos na noite (1969), Pequeno grande homem (1970), O poderoso chefão (1972 - foto abaixo, com o ator Marlon Brando), O exorcista (1973), O poderoso chefão II (1974) e Taxi driver (1976).
Outros trabalhos de maquiagem: A cortina de ferro (1948), Sangue do meu sangue (1949), Réquiem para um lutador (1962), O cardeal (1963), O mundo de Henry Orient (1964), A senhora e seus maridos (1964), O inimigo oculto (1971), Mulheres em conflito/As esposas de Stepford (1975), Maratona da morte (1976), A sentinela dos malditos (1977), O exorcista II - O herege (1977), O franco atirador (1978), Viagens alucinantes (1980), Scanners - Sua mente pode destruir (1981), Os falcões da noite (1981), O fã - Obsessão cega (1981), Histórias de fantasmas (1981), Fome de viver (1983), Starman - O homem das estrelas (1984), Poltergeist III (1988), Contos da escuridão (1990), A morte lhe cai bem (1992), Eternamente jovem (1992) e A casa da colina (1999). Por Felipe Brida