No
ano de 2077, após uma hecatombe nuclear, a superfície do planeta Terra
permanece radioativa. Os poucos humanos sobreviventes vivem em plataformas no
céu. Certo dia, o especialista em reparos de máquinas Jack (Tom Cruise) avista
uma nave destruída no solo terrestre, com a presença de vida humana. O resgate
desencadeará segredos terríveis para Jack, além de colocá-lo em combate com máquinas
destruidoras.
Visão
desoladora do fim do mundo, com revolta de máquinas em luta com o ser humano.
Em questão técnica, o novo filme do criativo Joseph Kosinski, o mesmo do
bacanérrimo “Tron: O legado” (2010), investe alto na direção de arte apocalíptica
de um planeta Terra devastado, composto apenas por ruínas, sem vida humana,
animal ou vegetal em evidência. Apenas um homem (Tom Cruise), acostumado ao
ambiente por ter supervisionar constantemente o local, figura a exaustiva
história que segue sempre num meio-termo, misturando ficção científica, ação e
um romance torto. Tom Cruise lembra o robozinho “Wall-E”, que inspeciona o
solo, recolhendo objetos significativos para ele, que o farão recordar seu
misterioso passado – ele chega a jogar baseball sozinho em uma das raras cenas
cômicas do filme.
Há
muitos desdobramentos e revelações que exigem do público um olhar atento – da
metade para o final aparecem novos personagens complexos e que não dão um
desfecho lógico para as ações, interpretados por Morgan Freeman, Olga Kurylenko
e Melissa Leo.
Sou
fã de cinema de ficção científica, mas confesso que este exemplar não me
segurou, cansei à beça, mesmo eu tendo me extasiado com seu visual impecável –
Kosinski já demonstrou em “Tron” que é um autêntico arquiteto na construção de
cenários vislumbrantes.
Um
filme caro, de U$ 120 milhões, que não teve a bilheteria desejada (U$ 90
milhões), dando prejuízo aos produtores. Pena a distribuidora não ter colocado
título em português. Por Felipe Brida
Oblivion
(Idem). EUA, 2013, 124 min. Ação/Ficção científica. Dirigido por Joseph
Kosinski. Distribuição: Universal
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