Funcionários
de uma refinaria de petróleo no Alaska viajam de avião para reconhecer novas
áreas de exploração. Só que uma pane derruba a aeronave, matando grande parte
da tripulação. Os sobreviventes, liderados pelo atirador Ottway (Liam Neeson),
bolam uma mirabolante estratégia para escapar do frio, já que o grupo está
isolado em uma imensa área inóspita, sem comida ou casa por perto. Em poucas
horas Ottway e seus colegas descobrirão um inimigo mortal, faminto por carne humana.
Depois do colapso nervoso devido à trágica morte da esposa – a atriz Natasha Richardson (em março de 2009, gravemente ferida na pista de esqui), Liam Neeson, ano a ano, protagoniza fitas policiais nervosas, quase sempre com resultado e bilheteria acima da média, como “Busca implacável” e “Desconhecido”. Prestes a completar seis décadas de idade, resolveu, novamente, participar de uma fita de ação e suspense, bem movimentada, que se passa no gelo atordoante do Alaska. “A perseguição” funciona bem, com perseguições aos montes, resultando em uma história de sobrevivência.Neeson interpreta um matador de animais, contratado para defender os funcionários da empresa de petróleo dos ataques de lobos selvagens. Ele vive amargurado, pensando numa mulher que não sabemos ao certo quem seja (uma provável namorada ou esposa, que o abandonou, sempre mostrada em flashbacks). Divide o alojamento com empregados da firma, todos a escória da sociedade – bandidos, assassinos, presidiários, que prestam serviços braçais no local.
Numa
viagem de distância curta, o avião que os transporta cai. No meio de muitos
mortos, sete saem feridos, e iniciam uma jornada em busca de abrigo. Só que no
calar da noite, uma alcateia de lobos gigantes passa a atacar o grupo de
sobreviventes, eliminando-os um a um.
Os
animais aparecem a partir da metade, o que transforma, de ponta cabeça, a
trama, que vira um bom filme de perseguição infernal, um jogo de gato e rato
(ou melhor, homem e lobo!). Não poderiam faltar mortes grotescas, sustos e elementos
do gênero.
Isolados
no fim do mundo, o atirador e a equipe de homens bravos são alvo, como presa,
dos bichos malditos. Por isso terão de usar a imaginação para criar artimanhas
de sobrevivência.
Não
são apenas os lobos os inimigos cruéis: tem ainda o frio aterrador, outra
preocupação para os personagens.
Não
deixe de conferir esse bom entretenimento, eficaz e com uma autêntica
fotografia e cenários ‘brancos’, rodado nas locações frias da Columbia
Britânica (Canadá). O desfecho ambíguo encerra com presteza o filme, aberto a
interpretações diversas.
Assina
a direção e o roteiro o competente Joe Carnahan, especialista em policiais,
como o duro “Narc” (2002), que concorreu ao Grande Prêmio em Sundance, “A
última cartada” (2006) e “Esquadrão classe A” (2010). Por Felipe Brida
A perseguição (The grey). EUA,
2011, 117 min. Ação. Dirigido por Joe Carnahan. Distribuição: Swen Filmes
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