O jovem Ren (Kenny
Wormald) muda-se de Boston para uma pequena cidade do sudeste americano. Lá a
música e a dança são proibidas. Tudo por causa de uma lei criada pelo reverendo
Shaw Moore (Dennis Quaid), devido a um trágico acidente que matou seu filho e
outros rapazes na saída de uma boate. Ren não aceita as condições; logo se
apaixona pela filha rebelde do religioso, Ariel (Julianne Hough), e o desafia
ao incentivar os jovens da cidade a reativar locais para dança.
Descartável
refilmagem de “Footloose – Ritmo louco” (1984), fita romântica com lado musical
que serviu de veículo para lançar Kevin Bacon. O original veio na onda dos
videoclipes e não era mil maravilhas, no entanto bem superior a essa produção modesta,
que se apropriou descaradamente da grande parte da trilha sonora do antigo,
agora em novas versões, como o tema "Footloose", e outras de sucesso,
a destacar "Almost paradise", "Holding out for a hero" e
"Let's hear it for the boy".
Tudo ficou mais teen,
inclusive a modalidade de dança meio country. Há as mesmas intrigas – o
reverendo versus o rapaz com ideias liberais, por exemplo, o romance dos
personagens centrais (no caso a filha do religioso com o protagonista) etc. Ou
seja, o roteiro permanece intacto, com elementos idênticos ao filme de 1984.
Abriu em mais de 3,5
mil salas de cinema nos EUA, rendendo U$ 51 milhões, quase o dobro do orçamento
da produção. Teve, portanto, moderado sucesso lá fora, principalmente pela
pegada jovem, que atrai o público adolescente, o mais interessado por um
projeto desse nível.
Além da história
repetida, outras questões atrapalham o bom andamento do suspeito remake: os
atores coadjuvantes, de nomes fortes, aparecem de maneira imperceptível. Exceto
Dennis Quaid como o vilão, Kim Dickens e Andie MacDowell tem participação mínima,
sem configuração alguma na trama.
O curioso diretor
Craig Brewer teve passagens mais memoráveis pelo cinema, em especial com duas
fitas interessantes e cultuadas – a ganhadora do Oscar "Ritmo de um
sonho" (2005) e o bizarro "Entre o céu e o inferno" (2006).
Infelizmente perdeu a linha nesse projeto menos criativo.
“Footloose” não
aborrece, entretanto não empolga e nunca convence. A refilmagem poderia nem ter
existido, pra falar a verdade. Recomendo a primeira versão, também de propriedade
da Paramount Pictures, que a relançou recentemente no mercado brasileiro. Por Felipe Brida
Footloose
(Idem). EUA, 2011, 113 min. Romance/Musical. Dirigido por Craig Brewer. Distribuição: Paramount
Pictures
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