.Esquadrão Classe A
Acusados de roubar uma matriz de dólares falsos em Bagdá, quatro veteranos da Guerra do Iraque são capturados e presos em uma cadeia de segurança máxima. De lá o grupo planeja uma fuga mirabolante. Fora da das grades, o quarteto tem pela frente uma missão crucial: encontrar os verdadeiros ladrões para provar sua inocência.
Na estréia nas salas de cinema, em junho, arrecadou bons milhões de dólares essa versão para cinema do famoso seriado homônimo, que durou cinco temporadas (de 1983 a 1987), e foi exibido nas tarde na Rede Globo, com imenso sucesso. Quanto ao filme, sua bilheteria atingiu, somente no final de semana, U$ 26 milhões, ficando atrás apenas de “Karatê Kid”.
Como entretenimento, mais indicado ao público masculino, a produção faz jus ao porquê veio ao mundo. Quem procura por adrenalina incessante, é um prato cheio, bem mais ágil do que os episódios da série (são novos tempos, novas propostas).
O ritmo ágil já começa desde a abertura do filme, que, por sinal, segue o estilo da produção de TV – mesma trilha sonora e apresentação dos personagens com pequenas legendas para identificação deles. O início é um pouco confuso, com vários acontecimentos que não sabemos ao certo aonde vão cair. Da metade para frente, a partir da prisão do quarteto, a história se alinha, juntamente com um espetáculo pirotécnico de efeitos visuais e muito barulho, explosões, tiroteios, pancadaria e fugas alucinantes.
Toca levemente em assuntos sérios, como a corrupção na CIA e no Exército, porém isto é apenas um rápido complemento, já que a trama não se interessa em levantar polêmicas. É um filme de ação frenética, bem feito, com muitos absurdos criativos a la James Bond e ponto final.
Traz novo elenco, dentre eles Liam Neeson, no papel do coronel Hannibal, sério e durão, bem diferente do personagem original, feito pelo falecido George Peppard. Os outros três companheiros dele, todos com a tradicional tatuagem da força especial no braço, são Baracus (quem não se lembra do fortão BA?), capitão Murdock e tenente Faceman, cada um com suas táticas de guerra. Falando em elenco, o ator que faz o novo BA, Quinton Jackson (na vida real um campeão de luta na categoria meio-pesado), é novato e infelizmente não é divertido como Mr. T, do original.
Ah, e o contexto histórico é outro; no seriado eles sobreviveram à Guerra do Vietnã, e aqui lutaram no Iraque.
O diretor, Joe Carnahan, é mão pesada, especialista em ação, e assinou outros dois bons filmes do gênero, “Narc” (2002) e “A última cartada” (2006). Partidários da classe masculina, arrisquem a locação.
Por Felipe BridaTítulo original: The A-Team
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Liam Neeson, Bradley Cooper, Jessica Biel, Quinton Jackson, Sharlto Copley, Patrick Wilson, Henry Czerny
Direção: Joe Carnahan