sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Cine Lançamento


Lançamentos em DVD

Felipe Brida


Um ato de liberdade

1941, Segunda Guerra Mundial. Grupo de refugiados judeus se une a três irmãos foragidos de um campo de concentração nazista e, isolados em uma floresta, armam planos para conter o avanço alemão.
Drama e aventura realçam essa história real de coragem, narrada com muito patriotismo. Na verdade, o filme não é grande coisa. O roteiro é super convencional, traz um elenco competente, rápidas sequências de conflito e algumas de bravura (como a execução, a pauladas, de um soldado nazista). O lance é que podemos conhecer um outro lado dos judeus na Segunda Guerra – desmitificando a ideia de meros coitados mortos em câmara de gás e aprisionados nos campos de concentração. Aqui, inclusive mulheres, pegam em armas e partem para atacar o inimigo.
Recebeu indicação ao Oscar e ao Globo de Ouro de melhor trilha sonora (para James Newton Howard). É válido conhecer.


Simplesmente feliz

Poppy (Sally Hawkins) é uma professora primária que vive feliz, sempre sorridente e enxergando o lado positivo da vida. Quando entra na auto-escola, orientada por um professor durão, sente a necessidade de mudar o comportamento. Será que Sally conseguirá transformar sua personalidade?

Indicado ao Oscar de melhor roteiro original esse ano, “Simplesmente feliz” é uma comédia dramática super agradável, de fina sutileza e com momentos engraçados. A personagem central, uma moleca irresponsável e sempre de bem com a vida, conduz o espectador a um mundo alheio à preocupação, nutrido de puro êxtase existencial (o que está longe da realidade). A atriz – a ótima Sally Hawkins, que, por esse papel, foi premiada com o Globo de Ouro de atriz e ainda com o Urso de prata no Festival de Berlim, irradia felicidade e nos contagia.
Na direção, um dos meus cineastas preferidos, Mike Leigh, que foge dos dramas amargos e faz aqui um singelo filme, mais aconselhado para o público feminino. Assista.


Coração de tinta – O livro mágico

Apaixonada por histórias infantis e contos-de-fadas, a garota Meggie (Eliza Bennett) estimula o pai, Mo Folchart (Brendan Fraser), à literatura. Certo dia, em um sebo, Mo ouve vozes vindas do assustador livro “Coração de tinta”; sem querer, acaba trazendo ao mundo real os personagens daquela misteriosa obra literária, como criaturas com chifres, unicórnios e bandidos. Meggie enfrentará uma série de perigos pela frente para poder salvar os amigos e a própria mãe, aprisionada anos antes dentro daquele livro.

Filme passageiro, porém com boa direção de arte e efeitos digitais. Muitas criaturas estranhas e outras assustadoras invadem a tela nesse conto-de-fada típico de “histórias de fim de ano”. A ideia de materializar personagens que saem dos livros não é nova, no entanto essa aventura infanto-juvenil garante boas doses de diversão. Até Brendan Fraser, que não engulo nem à força, está contido, sem fazer micagens e cara de bobo como é de costume. Recomendado para toda a família.


(*) Coluna "Cinema em Foco", publicada sempre às sextas-feiras no jornal "O Regional", e também divulgada no programa de mesmo nome na rádio Bandeirantes, de Catanduva. Data: 14/08/2009

Um comentário:

Tony Campelo disse...

Nossa estou impressionado com o Blog é muito Show!
Parabéns!!!!!