terça-feira, 4 de novembro de 2025

Especial de cinema

 
Festival de Cinema Italiano no Brasil chega à 20ª edição com filmes online gratuitos
 
A 20ª edição do Festival de Cinema Italiano no Brasil teve início na noite de 28 de outubro com a abertura oficial do evento para convidados e a exibição do drama de época ‘Napoli – Nova York’ (2024), de Gabriele Salvatores, realizadas no Auditório Oscar Niemeyer, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. A noite de abertura foi apresentada pelo ator Reynaldo Gianecchini e contou com a participação do premiado ator italiano Antonio Catania, que integra o elenco do filme exibido.
Criado em 2005 por Nico Rossini e Erica Bernardini, o festival é um projeto organizado pela Câmara de Comércio Italiana de São Paulo – Italcam, em colaboração com a Embaixada da Itália e com o Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet. Conta com patrocínio da Pirelli, da Persol e do Istituto Italiano di Cultura di San Polo. A cada edição, o festival apresenta uma seleção de longas inéditos e filmes que integram retrospectivas do cinema italiano em cópias restauradas. A iniciativa fortalece os laços culturais e afetivos entre Brasil e Itália, trazendo de forma gratuita ao público uma série de filmes, democratizando o acesso ao cinema.
Gratuito e aberto ao público, o festival é presencial e online e segue até o dia 29 de novembro em mais de 90 cidades brasileiras. No streaming é possível conferir os títulos inéditos e os clássicos da programação 2025 – são 24 longas, e para assisti-los basta acessar o site do festival e dar play no título, em https://festivalcinemaitaliano.com. Abaixo o pôster oficial da 20ª edição do Festival de Cinema Italiano no Brasil.
 



Programação 2025
 
Dentre as produções inéditas no Brasil estão os dramas de época ‘A ilusão’ (2025), de Roberto Andò, e ‘As provadoras de Hitler’ (2025), de Silvio Soldini, e os dramas ‘Diamantes’ (2024), de Ferzan Özpetek, ‘Hey Joe’ (2024), de Claudio Giovannesi, e ‘Irmãos’ (2025), de Greta Scarano. Na lista dos clássicos estão ‘Ladrões de bicicleta’ (1948), de Vittorio de Sica, ‘Antes da revolução’ (1964), de Bernardo Bertolucci, ‘Henrique IV’ (1984), de Marco Bellocchio, ‘Tomara que seja mulher’ (1986), de Mario Monicelli, e ‘O jantar’ (1998), de Ettore Scola.
 
Dica – filme de abertura
 
 
Napoli – Nova York
(2024, de Gabriele Salvatores)
 
Filme de abertura da 20ª edição do Festival de Cinema Italiano no Brasil, o drama de época assinado por Gabriele Salvatores tem inspiração em uma história real de Federico Fellini e Tullio Pinelli (roteirista e parceiro de trabalho de Fellini em clássicos como ‘A doce vida’, ‘A estrada da vida’ e ‘Noites de Cabíria’). Salvatores obteve os direitos da obra, deu novo tratamento ao roteiro engavetado e manteve boa parte das ideias originais de Fellini, que na época não seguiu com o projeto pois estava na fase final da carreira, rodando ‘E la nave va’. Salvatores manteve quase que a totalidade do primeiro ato, que se passa no navio. Com traços de ‘Manhattan’ e ‘Era uma vez na América’ – este, um dos trabalhos preferidos de Salvatores, o drama acompanha a jornada de duas crianças órfãs naturais de Nápoles, Celestina (Dea Lanzaro) e Carmine (Antonio Guerra), que deixam a Itália rumo à América, em busca de lugar melhor para viver. Eles perderam tudo na Itália do pós-guerra, época de terra arrasada, e embarcam clandestinamente num navio que navega por semanas até os Estados Unidos. Até pisarem em solo americano, Carmine e Celestina encontram um esconderijo no navio e acomodam-se provisoriamente nos aposentados dos empregados.



Com delicadeza, o filme mostra a força de duas crianças numa corrida para a sobrevivência, estando no meio de milhares de imigrantes que vieram para a América construir uma nova vida. O diretor, que já teve filme premiado com o Oscar estrangeiro – ‘Mediterrâneo’ (1991), constrói uma história singela, de pano de fundo real, juntando poesia e lirismo, próprios de seu cinema. As crianças estão bem, e no elenco destaque para Omar Benson Miller, recentemente num papel marcante em ‘Pecadores, aqui como George, um funcionário do navio que acolhe o garoto e a garota, e Pierfrancesco Favino, rosto comum do atual cinema italiano, no papel do capitão da embarcação. Disponível gratuitamente no site do festival até o dia 29/11, em https://festivalcinemaitaliano.com/filmes/de-napoles-a-nova-york/


domingo, 2 de novembro de 2025

Estreias da semana - Nos cinemas e no streaming

 
A meia-irmã feia
 
Chega aos cinemas pela Mares e a Alpha Filmes uma das fitas de terror mais impressionantes do ano, para público de estômago forte. O estiloso ‘A meia-irmã feia’ revisita o conto folclórico sombrio de Cinderela dos irmãos Grimm – que não tem nada de belo como no filme da Disney. Só que pelo ponto de vista da meia-irmã dela, Elvira, considerada feia. É uma história cabulosa: a mãe de Elvira, Rebekka, casa-se com um velho rico e leva as filhas para morar com o casal num castelo antigo. O homem logo morre, e a mãe tem de cuidar sozinha das três filhas. Rebekka se endivida, não tem como pagar despesas e comprar comida, então enxerga em Elvira um futuro; ela forçará a menina feia a passar por uma série de tratamentos estéticos brutais para se tornar bela a fim de conquistar o príncipe do condado. Num reino onde a beleza impera, a coitada da garota se sujeitará a todo tipo de tortura para ser vista, como transformação do nariz, que será quebrado e colocado numa forma para ficar redondinho, novos cílios, que serão costurados no olho etc. Sombrio, com homenagens ao cinema de Cronenberg – há uma cena do cirurgião que remete a ‘Gêmeos – Mórbida semelhança’, é um filme indigesto, com cenas fortíssimas de violência e algumas escatológicas, que podem dar ânsia, como a do ovo de tênia e o horrendo desfecho com a machadinha no pé. A personagem de Cinderela, a irmã de Elvira, fica em segundo plano, pois o enfoque é na outra garota. É um tipo de filme que beira o exploitation, com momentos gore. E tem sequências propositalmente bregas, com trilha sonora de conto de fadas e uma fotografia com exageradas tonalidades rosas, em especial nas da imaginação da menina em torno do príncipe encantado. Satiriza o comportamento consumidor que busca o padrão de beleza, os procedimentos estéticos e a imposição da sociedade em busca do corpo perfeito. Foi destaque no Festival de Sundance e no de Berlim, que conta no elenco com Lea Myren, Ane Dahl Torp e Thea Sofie Loch Næss. Escrito e dirigido pela norueguesa Emilie Blichfeldt, em sua vultuosa estreia, que deu o que falar entre o público e por ser terror até que reuniu boa bilheteria – o filme é uma coprodução Noruega, Dinamarca, Romênia, Polônia e Suécia.


 
Brincando com fogo
 
Vincent Lindon ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Veneza por este filme amargo sobre relação de pai e filho, um drama em que ele interpreta um viúvo, pai de dois rapazes, que agora passa a viver sozinho, já que ambos saem de casa; o filho mais novo muda-se para Paris para estudar, enquanto o mais velho envolve-se com grupos de extrema-direita que frequentam clubes clandestinos de luta - interpretado pelo ator Benjamin Voisin. Este afasta-se do pai, que não aceita o novo comportamento do rapaz nem de seus amigos ligados a movimentos extremistas. É um drama tenso, visceral, que circunda a relação entre os dois, com embates e conflitos geracionais, até que um crime mudará o rumo da família. Profundo, traz para discussão um tema complexo extremamente atual, sobre o crescimento de grupos extremistas ligados a práticas criminosas, aqui os clubes de luta proibidos, em que jovens se esmurram até morrer. Lindon brilha em cada cena que aparece, num papel que parece ter sido feito para ele; Voisin também segura o filme numa explosão de interpretações memoráveis. São dois atores franceses de peso, de gerações diferentes – Lindon já é veterano, tem 67 anos, fez mais de 80 filmes, como ‘Tudo por ela’ e ‘Titane’, enquanto Voisin é um rosto novo, com apenas 28 anos já atuou em mais de 20 produções, frequente no cinema de François Ozon, como ‘Verão de 85’ e no recente ‘O estrangeiro’. Com o decorrer da história, pesa um clima de tragédia no ar, e o drama se transforma em suspense, levantando questionamentos importantes. Realizado por uma dupla de cineastas, as irmãs Delphine Coulin e Muriel Coulin, de ’17 meninas’, com roteiro delas, adaptado do livro de Laurent Petitmangin ‘O que é preciso à noite’. Além de melhor ator, o filme ganhou outros dois prêmios em Veneza, onde concorreu à principal categoria, o Leão de Ouro. Está nos cinemas, com distribuição da Imovision.
 


 
Delírio
 
Terror sobrenatural costarriquenho, coproduzido no Chile, que mais deixa subentendido do que explicita, num bom exemplar de horror psicológico. Masha, uma menina de 11 anos, muda-se com a mãe para a casa da avó, que está com demência. Elas sentem ao redor a presença de algo ameaçador, então Masha é isolada num ambiente fechado para que nada aconteça a ela. Será aquilo real ou apenas a manifestação do medo? Partindo de lendas como a do vampiro eslavo Vourdalak, o filme cria um clima de tensão crescente, com apenas três mulheres em cena, trancadas numa velha casa de madeira. O filme se faz justamente na apresentação do vazio da casa, dos móveis, do silêncio e dos sussurros, que cria uma ambientação de isolamento e desconfiança de que alguma presença fantasmagórica possa circular ali. Um filme no mínimo inquietante, feito por uma cineasta no auge da carreira, Alexandra Latishev Salazar. Exibido nos festivais de Shanghai e Guadalajara e na Mostra de Cinema de SP, está nos cinemas brasileiros, distribuído pela Filmes do Estação.
 


 
Se não fosse você
 
Teve estreia com números razoáveis de bilheteria o novo drama romântico do diretor de ‘A culpa é das estrelas’ (2014), Josh Boone, que novamente recorre ao universo literário de uma autora do momento (Colleen Hoover) para levar aos jovens uma história de amor melosa. O filme se centra em dois núcleos de personagens – mãe e filha, com seus respectivos relacionamentos amorosos. A adolescente Clara (Mckenna Grace) se apaixona por um rapaz da mesma escola, Miller (Mason Thames). A mãe dela, Morgan (Allison Williams), não aceita o romance, e as duas se atritam. Até que um dia, uma tragédia toma conta da família Grant – o pai de Clara, marido de Morgan, morre num acidente de carro, juntamente com a cunhada, irmã de Morgan. A suspeita é de que o marido traía a esposa com a irmã, o que desencadeia uma série de conflitos e busca por memórias do passado. Vejo dois grandes problemas no filme – a escolha do elenco e o excesso de tramas paralelas que não são bem desenvolvidas. No primeiro quesito, um elenco fraco, em especial Allison, que não acho boa atriz, Mckenna Grace e Dave Franco, todos sem graça; já o segundo ponto: nos livros há espaço de sobra para se escrever sobre muitos personagens, mas no cinema é preciso condensar de forma que o público entenda, o que não funcionou direito aqui, já que tudo fica perdido – Clara, por exemplo, vai perdendo o foco para a história da mãe, que no segundo ato torna-se mais importante do que a da protagonista. Não curti o resultado, mas filmes como este acabam encontrando seu público, pois dramas românticos ainda estão no top de procura dos espectadores. Está nos cinemas desde o dia 23/10 pela Sony Pictures.
 


 
A vizinha perfeita
 
Todos comentam sobre o novo documentário da Netflix, que estreou na metade de outubro e só ontem pude conferi-lo. Premiado em Sundance, o filme tem uma forma original, com 90% das cenas compostas por imagens de câmeras de gravação do uniforme de policiais americanos. O filme acompanha um caso policial na Flórida, que terminou em tragédia, envolvendo a discussão e os constantes atritos de uma vizinha com os moradores do bairro entre 2022 e 2023. Ela é Susan Lorincz, uma senhora de 58 anos que morava sozinha num pacífico bairro da cidade de Ocala, no condado de Marion, Flórida. Por mais de um ano, quase que diariamente ela fazia ligações para a polícia reclamando de seus vizinhos, especialmente das crianças do bairro; segundo ela, viviam xingando-a e falando alto no terreno vazio ao lado de sua casa. Os atritos crescem, a mulher torna-se uma ameaça, até que em junho de 2023 Susan mata a tiros uma das vizinhas, Ajike Owens, mulher negra, mãe de quatro filhos. Ela é detida, e o caso vai a julgamento. O filme é todo composto por arquivos das câmeras policiais, onde vemos tudo ‘ao vivo’ – são diversos ângulos, que captam momentos ao longo de um ano de trabalho dos policiais quando solicitados para averiguação no bairro de Susan, acusada de diversos crimes, como racismo, comportamento inadequado, calúnia e difamação, além de tentativas de agressão. O roteiro do filme é um compilado sequencial dessas imagens das câmeras, que mostram o bairro, Susan, a vítima, Ajike, até o desfecho trágico – nos últimos 30 minutos, as cenas são das câmeras de vigilância do depoimento da mulher na delegacia e gravações no tribunal do júri. O filme escancara uma questão mal resolvida nos Estados Unidos, que é a liberação de armas e uma tese apontada como sensível, a da ‘legítima defesa ampliada’, que está na constituição de vários estados americanos, e, para alguns, é a liberdade para cometer crimes. ‘A vizinha perfeita’ é um filmão, e não tem como desgrudarmos o olho da TV. Já na Netflix.



sábado, 1 de novembro de 2025

Especial de cinema

 
49ª Mostra Internacional de Cinema de SP – Melhores filmes: Parte 8
 
A 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo terminou ontem, dia 30/10, mas a repescagem continua em três cinemas, até dia 05/11. A Mostra 2025 contou com 373 títulos de 80 países em 52 salas de cinema, espaços culturais e CEUs de São Paulo, além das exibições gratuitas nos streamings do Itáu Cultural Play, Sesc Digital e SPcine Play. Confira abaixo mais três bons títulos da Mostra, conferidos na última semana.



 
Virtuosas
(Brasil, 2025, de Cíntia Domit Bittar)
 
Entrei no clima deste filme sem saber o que assistiria... Começa como drama, assume um estranho humor e aos poucos insere o público numa trama de mistério, com desfecho de terror B. Ou seja, uma fita de difícil classificação. Exibido em Cannes, acompanha um pequeno grupo de mulheres em isolamento num retiro VIP para que possam desenvolver a melhor versão de si. Quem coordena o projeto é uma coach cristã (Bruna Linzmeyer) que seleciona algumas das fieis do seu centro religioso para passar dias com ela numa luxuosa casa à beira da floresta. Elas têm tarefas diárias para cumprir, além de ritos pontuais – até que as coisas fogem do controle. Vá assistir sem saber de nada, pois a experiência será melhor. Com Maria Galant e Juliana Lourenção, foi rodado em Santa Catarina, lugar onde a trama se passa – consta que no estado existe um programa que transforma mulheres comuns em ‘virtuosas’, dedicadas ao marido e ao lar. O filme critica a alienação religiosa de forma feroz, com situações que beiram o absurdo e a extrema violência. Venceu, na Mostra, o prêmio Netflix, que adquire os direitos de um filme brasileiro de ficção para distribuí-los em mais de 185 países onde a Netflix está presente. Está na programação da repescagem da Mostra, com sessão amanhã, dia 02/11, no Cinesesc.
 


 
Lua Cambará – Nas escadarias do palácio
(Brasil, 2002, de Rosemberg Cariry) – Versão restaurada
 
Assisti na seção de filmes restaurados da Mostra este drama épico brasileiro feito em 2002, que na época não cheguei a ver. O restauro está lindo, realçando imagem e som – boa parte dos filmes da Retomada, assim como de outros momentos do cinema brasileiro, apresentam problemas críticos com nitidez das cenas e diálogos inaudíveis, e o restauro torna-se necessário. Rodado no sertão de Inhamuns e de outros pequenos municípios cearenses, o filme traz para a tela a lenda de Lua Cambará, que na tradição nordestina era uma matriarca temida no século XIX, com ideais escravagistas e que lutava para se impor aos latifundiários que dominavam a região. Mestiça, era filha de um coronel com uma escrava preta, e passou a vida rejeitada. Até conquistar o espaço dos homens por meio da luta e da violência, tornando-se uma mulher rica – mas que se acabou pela ambição. Dira Paes, em início de carreira, entrega um belo trabalho como a protagonista; no elenco, Chico Diaz, Cláudio Jaborandy e W. J. Solha e participações de Nelson Xavier, Via Negromonte e Muriel Racine tornam o longa ainda melhor. Tem ainda um belo trabalho de fotografia, figurino e direção de arte, dignos do bom cinema regionalista realizado no Nordeste Brasileiro. É o segundo filme restaurado de Rosemberg Cariry apresentado na Mostra – em 2023 assisti lá a bonita cópia em 4K de ‘Corisco e Dadá’ (1996), também com Chico Diaz e Dira Paes. A restauração em 4K de ‘Lua Cambará’ foi feita a partir de negativos de imagem e som originais, com apoio do Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS-CE), Instituto Mirante, MAM Rio, Iluminura Filmes e Sereia Filmes. A produção executiva da restauração é assinada por Bárbara Cariry, filha do diretor, com supervisão técnica e color grading de seu irmão, o cineasta Petrus Cariry. Acabaram as sessões da Mostra, mas deve estrear em breve em cinemas selecionados.
 

 
Foi apenas um acidente
(Irã/França/EUA/Luxemburgo, 2025, de Jafar Panahi)
 
Premiado com a Palma de Ouro em Cannes, o novo filme do iraniano Jafar Panahi disputa uma vaga ao Oscar de filme estrangeiro representando a França, já que o longa é uma produção francesa – Panahi é um perseguido político em seu país, ficou um ano preso por criticar em seu cinema o regime teocrático do Irã e esteve por 14 anos proibido de viajar para fora do Irã; atualmente ele divide residência entre Irã e França. Aos 65 anos ele faz um grande filme, discutível para alguns, que dialoga com sua fase inicial, depois de uma década dedicada a docudramas em que ele participava como ator. É uma trama de sucessão de erros e marcada por dúvidas – as do protagonista são nossas também. Um acidente na rodovia desencadeia consequências inimagináveis que traz à tona um terrível plano de vingança, em que um homem é amarrado e torturado por um dia inteiro em uma van. Entram personagens aleatórios em cena, as subtramas vão sendo costuradas e explicadas, e a revelação vem no fim. Ação, suspense e comédia num road movie magistralmente criado pelas mãos de um mestre do cinema iraniano, já ganhador de Urso de Ouro e Leão de Ouro – e só faltava Cannes, que veio agora. O filme estreia nos cinemas pela Imovision em 04/12 e depois entra no streaming do Reserva Imovision.



Especial de cinema

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