sexta-feira, 14 de julho de 2023

Resenhas Especiais



Os dois mundos de Jennie Logan

Jennie Logan (Lindsay Wagner) é transportada ao passado quando coloca um vestido que encontra no sótão de sua nova casa. Ao viver em outra época, conhece um artista e se apaixona por ele. Só que no tempo presente, ela é casada. Jennie então terá uma difícil escolha pela frente: se fica no presente, ao lado do marido que não dá atenção a ela e tem casos extraconjugais, ou se retorna para sempre ao passado para recomeçar nova vida e novo amor.

Fantasia, romance e um grau de mistério e sobrenatural temperam esse filme para TV de 1979, dirigido por Frank De Felitta, que fez um telefilme muito bom com espantalho assassino, “A vingança do espantalho” (1981 – que também tinha traços de fantasia). Ele escreveu o roteiro de “Os dois mundos de Jennie Logan” adaptando-o de um romance de David L. Williams chamado “Second sight”, que tratava de viagem no tempo, amor proibido e livre arbítrio.
Na história, uma mulher, no tempo presente (bem interpretada por Lindsay Wagner, a “Mulher Biônica” da série dos anos 70) muda-se com o marido (papel de Alan Feinstein, da série ‘Berrenger’s”) para uma nova casa. Ao revirar o sótão, encontra um velho vestido branco, e ao vesti-lo, retorna no tempo, um século antes. Ela estranha os lugares, as pessoas, até que se envolve com um homem perfeito, um artista (Marc Singer, de “O príncipe guerreiro”), porém ele carrega uma maldição. Ao retirar o vestido, volta ao tempo presente – quando enfrenta crises no casamento com o marido mulherengo. Então Jennie terá de escolher se fica ou se volta.
Foi um dos primeiros filmes de romance sobre viagem no tempo, lançado um ano antes de uma fita emocionante de mesmo tema que ganhou o público na época, “Em algum lugar do passado” (1980), com Cristopher Reeve e Jane Seymour (baseado no livro de Richard Matheson).



Deverá agradar quem gosta do tema - e indico também àquele público feminino que gosta de romances sensíveis e sobre escolhas.
Saiu recentemente em DVD pela Obras-Primas do Cinema, em uma boa cópia (mas sem extras no disco). O DVD vem com capa dupla face e acompanha card com a capinha original do filme.

Os dois mundos de Jennie Logan (The two worlds of Jennie Logan). EUA, 1979, 96 minutos. Drama/Suspense. Colorido. Dirigido por Frank De Felitta. Distribuição: Obras-primas do Cinema


10 minutos para morrer

Um veterano detetive de Los Angeles, Leo Kessler (Charles Bronson), procura pistas para localizar e prender um serial killer que mata jovens mulheres.

Quarto trabalho de uma série de nove filmes de ação entre o ator Charles Bronson e o diretor J. Lee Thompson, parceria que começou com “Cinco dias de conspiração” (1976) e terminaria com “Kinjite: Desejos proibidos” (1989). Em quase todos, Bronson encarna policiais solucionando casos de assassinatos e tráfico de drogas; usa o bigode fino costumeiro, veste terno, de fala mansa e quando é provocado, defende-se de forma violenta. Dos nove longas-metragens juntos há fitas boas, outras irregulares e corriqueiras e algumas ruins de doer, muitas com trama semelhante. “10 minutos para morrer” (1983) é um dos mais eficientes filmes da dupla. Bronson faz um detetive aborrecido de Los Angeles que investiga crimes brutais tendo jovens mulheres como as vítimas de um serial killer perturbado, que tem o hábito de ficar nu durante os ataques. O assassino é evidenciado nos primeiros minutos (interpretado pelo ator Gene Davis, de “A morte pede carona”,a versão original de 1986), um rapaz de olhar penetrante, que usa luva cirúrgica e faca na hora da matar. Ao lado do detetive está um novato investigador (Andrew Stevens, de “A fúria”), que sai também no encalço do criminoso.



Não há surpresas no roteiro, legalzinho, que parece ter saído do universo dos slasher movies, já que tem um psicopata que mata jovens (tem cenas com sangue, porém não há a fórmula tradicional do “whodunit”, o “quem matou”, pois já sabemos da identidade dele desde o começo). Completam o elenco secundário Geoffrey Lewis (como um advogado de defesa do assassino), Wilford Brimley (o chefe de polícia) e Lisa Eilbacher (a filha do detetive protagonista).
A produção é da popular (e extinta) Cannon, da dupla de produtores israelenses Menahem Golan e Yoram Globus, que fez uma centena de filmes policiais B nos anos de 1980 lançando fitas comerciais de Chuck Norris, Arnold Schwarzenegger, Sylvester Stallone, Dolph Lundgren e Jean-Claude Van Damme.
Exibido na TV aberta diversas vezes, pode ser assistido agora em DVD, numa boa edição com extras lançado pela Obras-primas do Cinema. O DVD vem com capa dupla face e acompanha card com a capinha original do filme.

10 minutos para morrer (10 to midnight). EUA, 1983, 102 minutos. Policial/Suspense. Colorido. Dirigido por J. Lee Thompson. Distribuição: Obras-primas do Cinema

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