O Anjo do Mossad
Trajetória do espião a
serviço do Mossad, o serviço secreto de Israel, Ashraf Marwan (Marwan Kenzari),
na década de 1970.
Curioso drama biográfico
com uma ou outra cena de ação, baseado em incríveis fatos verídicos. Conta uma
história pouco conhecida do público, a trajetória de Ashraf Marwan (1944-2007),
milionário egípcio que foi espião para o Mossad, o temido serviço secreto de
Israel, fundado em 1949. Genro de Gamal Abdel Nasser, ex-presidente do Egito de
1958 até 1970, usava o codinome “O Anjo” e tornou-se chefe de operações do
governo Sadat, após a morte do presidente Nasser.
O desenrolar da trama é
complexo, foca na vida de Marwan nos primeiros anos de 1970, quando começou sua
atuação no Mossad. O narrador do filme faz entradas esporádicas para explicar
fatos históricos, como a Guerra dos Seis Dias, a disputa de território entre
árabes e judeus e a formação do Estado de Israel, até chegar ao personagem
central e o Mossad (prestem atenção nos pormenores e diálogos).
É uma adaptação do livro
“The Angel: The egyptian spy who saved Israel”, de Uri Bar-Joseph, com roteiro
de David Arata, indicado ao Oscar por “Filhos da esperança” (que, neste, escreveu
o roteiro ao lado de outros quatro roteiristas, incluindo Alfonso Cuarón).
Há um bom ator que
interpreta Marwan, o holandês de origem tunisiana Marwan Kenzari, de “Ben-Hur”
(2016), “A promessa” (2016), e depois de “O Anjo do Mossad” interpretou Jafar,
o vilão no live-action da Disney “Aladdin” (2019), além de bons coadjuvantes,
como Sasson Gabay, ator iraquiano de “Rambo III” (1988) e “A banda” (2007), na
pele de Anwar Sadat (presidente do Egito após a morte de Nasser), e o inglês Toby
Kebbell, de “Quarteto fantástico” (2015), como um agente canadense da Mossad que
se torna próximo do Anjo.
Direção coesa do
israelense Ariel Vromen, que rodou o terror independente com Marisa Tomei
“Danika” (2005), o filme de serial killer também verídico (e excelente), com
Michael Shannon, “O homem de gelo” (2012), e fez um bom thriller scifi com
Kevin Costner e Gal Gadot, “Mente perigosa” (2016). Produzido e distribuído
pela Netflix, está na plataforma aos assinantes.
O Anjo do Mossad (The Angel). Reino
Unido/Egito/Israel, 2018, 114 minutos. Drama/Ação. Colorido/Preto-e-branco.
Dirigido por Ariel Vromen. Distribuição: Netflix
Nenhum comentário:
Postar um comentário