Shazam!
Billy Batson (Asher
Angel) é um garoto de 14 anos em plena vida escolar. Certo dia recebe de um
mago o poder de se transformar no super-herói adulto Shazam (Zachary Levi). Ao
gritar seu nome, ele se transforma e terá de enfrentar um perigoso vilão, o
cientista maluco Thaddeus Silvana (Mark Strong).
“Shazam!” (2019) veio
como uma tentativa (bem-sucedida, acho eu) de a DC Comics concorrer diretamente
com um personagem que tem certas semelhanças, da Marvel, “Deadpool” (2016).
Seja no estilo do super-herói gozador e abobalhado, seja na narrativa
anárquica, cheia de piadas, algumas delas de humor negro e outras infames.
“Deadpool” é um arraso, uma das grandes fitas de super-herói de ar
contemporâneo, mas “Shazam!”, que recebeu muitas críticas negativas, é um bom
competidor, graças ao ator principal, Zachary Levi, que vinha da premiada série
de ação e comédia “Chuck” (2007-2012) e aqui alcançou a fama. Ele é debochado
sem ser insistente, divertido (com certa contenção) e carismático. Vestiu bem o
papel nessa fita de entretenimento que custou U$ 100 milhões e rendeu mais que
o triplo nos cinemas, U$ 367 mi. Com “Shazam!”, a DC Comics recuperou o fôlego
com outro tipo de aventura, injetando mais humor e menos ação que o habitual,
principalmente nessa nova fase – antes de “Shazam!” a DC teve dois sucessivos sucessos
na telona, “Mulher Maravilha” (2017) e “Aquaman” (2018).
Shazam, conhecido como
Capitão Marvel, tem como alterego a criança Billy Batson – ela se transforma no
herói ao gritar “Shazam!”. O personagem surgiu em 1939 na revista de quadrinhos
Whiz Comics, da editora Fawcett Comics, e quase quatro décadas depois, em 1972,
o personagem teve os direitos adquiridos pelo universo DC. Lá ganhou contornos
diferenciados e novos vilões. Shazam tem superpoderes após ser atingido por um
raio mágico, oriundos de personagens da mitologia, como Hércules (que lhe dá a
força), Atlas (a resistência), Zeus (magia e domínio de tudo), Aquiles
(coragem) e Mercúrio (velocidade e voo). No filme ele se lança a um duro embate
com o principal vilão das HQs, Dr. Silvana (bem caracterizado por Mark Strong,
ator britânico de “A hora mais escura” e “Kingsman: Serviço secreto”), um
cientista maluco, que no lugar de um dos olhos existe um globo de energia azul,
que lhe permite reconhecer as forças mágicas ao redor. Ligado ao ocultismo, quer
a todo custo acabar com Shazam e sua turma.
Com boas cenas de ação,
o filme resulta em um entretenimento jovial, maneiro, com efeitos visuais
originais. Disponível em DVD, bluray e plataformas digitais.
PS: Nesse ano a mesma
equipe lançou a parte 2, “Shazam! Fúria dos deuses” (2023), inferior ao anterior,
que foca na pura ação e traz heróis e monstros da mitologia para a tela - ambos
os filmes são dirigidos por David F. Sandberg, que fez duas assustadoras fitas
de terror que gosto bastante, “Quando as luzes se apagam” (2016) e “Annabelle
2: A criação do mal” (2017). Também retornam na parte dois Zachary Levi, Asher
Angel (o Billy Batson), Djimon Hounsou (como o mago), Adam Brody, a menininha Faithe
Herman e outros.
Shazam! (Idem). EUA/Canadá, 2019, 132 minutos.
Ação/Comédia. Colorido. Dirigido por David F. Sandberg. Distribuição: Warner
Bros.
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