segunda-feira, 26 de junho de 2023

Resenha Especial


Shazam!


Billy Batson (Asher Angel) é um garoto de 14 anos em plena vida escolar. Certo dia recebe de um mago o poder de se transformar no super-herói adulto Shazam (Zachary Levi). Ao gritar seu nome, ele se transforma e terá de enfrentar um perigoso vilão, o cientista maluco Thaddeus Silvana (Mark Strong).

“Shazam!” (2019) veio como uma tentativa (bem-sucedida, acho eu) de a DC Comics concorrer diretamente com um personagem que tem certas semelhanças, da Marvel, “Deadpool” (2016). Seja no estilo do super-herói gozador e abobalhado, seja na narrativa anárquica, cheia de piadas, algumas delas de humor negro e outras infames. “Deadpool” é um arraso, uma das grandes fitas de super-herói de ar contemporâneo, mas “Shazam!”, que recebeu muitas críticas negativas, é um bom competidor, graças ao ator principal, Zachary Levi, que vinha da premiada série de ação e comédia “Chuck” (2007-2012) e aqui alcançou a fama. Ele é debochado sem ser insistente, divertido (com certa contenção) e carismático. Vestiu bem o papel nessa fita de entretenimento que custou U$ 100 milhões e rendeu mais que o triplo nos cinemas, U$ 367 mi. Com “Shazam!”, a DC Comics recuperou o fôlego com outro tipo de aventura, injetando mais humor e menos ação que o habitual, principalmente nessa nova fase – antes de “Shazam!” a DC teve dois sucessivos sucessos na telona, “Mulher Maravilha” (2017) e “Aquaman” (2018).
Shazam, conhecido como Capitão Marvel, tem como alterego a criança Billy Batson – ela se transforma no herói ao gritar “Shazam!”. O personagem surgiu em 1939 na revista de quadrinhos Whiz Comics, da editora Fawcett Comics, e quase quatro décadas depois, em 1972, o personagem teve os direitos adquiridos pelo universo DC. Lá ganhou contornos diferenciados e novos vilões. Shazam tem superpoderes após ser atingido por um raio mágico, oriundos de personagens da mitologia, como Hércules (que lhe dá a força), Atlas (a resistência), Zeus (magia e domínio de tudo), Aquiles (coragem) e Mercúrio (velocidade e voo). No filme ele se lança a um duro embate com o principal vilão das HQs, Dr. Silvana (bem caracterizado por Mark Strong, ator britânico de “A hora mais escura” e “Kingsman: Serviço secreto”), um cientista maluco, que no lugar de um dos olhos existe um globo de energia azul, que lhe permite reconhecer as forças mágicas ao redor. Ligado ao ocultismo, quer a todo custo acabar com Shazam e sua turma.




Com boas cenas de ação, o filme resulta em um entretenimento jovial, maneiro, com efeitos visuais originais. Disponível em DVD, bluray e plataformas digitais.
PS: Nesse ano a mesma equipe lançou a parte 2, “Shazam! Fúria dos deuses” (2023), inferior ao anterior, que foca na pura ação e traz heróis e monstros da mitologia para a tela - ambos os filmes são dirigidos por David F. Sandberg, que fez duas assustadoras fitas de terror que gosto bastante, “Quando as luzes se apagam” (2016) e “Annabelle 2: A criação do mal” (2017). Também retornam na parte dois Zachary Levi, Asher Angel (o Billy Batson), Djimon Hounsou (como o mago), Adam Brody, a menininha Faithe Herman e outros.

Shazam! (Idem). EUA/Canadá, 2019, 132 minutos. Ação/Comédia. Colorido. Dirigido por David F. Sandberg. Distribuição: Warner Bros.

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