Joanna (Jennifer Jason Leigh) leva uma vida
aborrecida com o marido Clint (Tim Matheson) numa cidadezinha americana. Ela tem
um caso com o médico Cortland (William Atherton). Juntos combinam um plano para
matar Clint, envenenando-o. O assassinato dá certo, porém uma surpresa deixará
os amantes à beira da loucura.
Um dos filmes que mais assisti na vida, reprisado infinitas
vezes na TV aberta nos anos 90. É um telefilme (filme para TV, da Universal
Television) de suspense com terror muito bem amarrado, com um elenco em boa
forma (em especial Jennifer Jason Leigh e William Atherton). A história, apesar
de improvável e até impossível, segura o espectador na cadeira até o terrível desfecho.
O filme ronda um crime passional, de um casal de amantes que planeja o assassinato
do marido da protagonista, no entanto o crime não termina como previsto. Há
reviravoltas marcantes, e as cenas tensas são auxiliadas por uma boa trilha
sonora e fotografia escurecida. Claustrofóbicos como eu podem ficar mexidos com
o filme, numa determinada cena da metade para o final (muito boa por sinal).
Ganhou edição em DVD mês passado pela Obras-primas do
Cinema (um filme aguardado pelos colecionadores de mídia física).
Estreava aqui o diretor, roteirista e produtor francês radicado nos EUA Frank Darabont, três vezes indicado ao Oscar, que dirigiu dois grandes clássicos dos anos 90, “Um sonho de liberdade” (1994) e “À espera de um milagre” (1999).
Sepultado vivo (Buried alive). EUA, 1990, 93 minutos. Suspense. Colorido.
Dirigido por Frank Darabont. Distribuição: Obras-primas do Cinema
Noriega: O favorito de Deus
Nos
anos 80, o líder nacionalista panamenho Manuel Noriega (Bob Hoskins) torna-se
presidente levando o país a uma escala de violência. Aos poucos envolve-se com
o tráfico de drogas até ser deposto pelos americanos.
Um
bom telefilme político sobre a vida do líder nacionalista panamenho Manuel
Noriega (1934-2017), que assumiu a presidência do importante país da América
Central após a morte do presidente Omar Torrijos, um ditador que havia dado um
golpe de estado duas décadas antes. Noriega virou braço-direito de Torrijos,
foi oficial do Exército e chefe do setor de Inteligência. Presidiu o país entre
1983 e 1989, de início com fortes laços com os EUA depois levou o Panamá à
condição de pária mundial. Envolveu-se pessoalmente com o tráfico de drogas, e
foi acusado de corrupção, extorsão e lavagem de dinheiro, indiciado depois por
esses crimes, além de assassinatos – ficou preso por quase 20 anos quando
deposto. No período de governo tornou o país uma ditadura, perseguindo
adversários políticos e a imprensa.
Quem dá
voz e caracterização ao personagem é o ótimo Bob Hoskins, de “Uma cilada para
Roger Rabbit” (1988), “Minha mãe é uma sereia” (1990) e tantos outros filmes,
com uma maquiagem que lembra Noriega (que tinha várias cicatrizes e espinhas no
rosto). É um drama com sequências bem realizadas de ação que mostra Noriega da
juventude até a prisão no final dos anos 80, sempre com enfoque na sua
destemida característica, a de intimidação e chantagem.
Rodado
nas Filipinas pelo diretor Roger Spottiswoode, de filmes de ação famosos dos
anos 80, como “Sob fogo cerrado” (1983) e “Atirando para matar” (1988).
Recomendo!
Noriega:
O favorito de Deus (Noriega:
God's favorite). EUA, 2000, 114 minutos. Drama. Colorido. Dirigido por Roger
Spottiswoode. Distribuição: 20th Century Fox
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