Planeta proibido
Uma expedição do
comandante Adams (Leslie Nielsen) viaja a um planeta desconhecido para
encontrar pistas do desaparecimento de cientistas que para lá foram meses
atrás. Ao pousarem a nave nesse planeta, os tripulantes são recebidos por Dr.
Morbius (Walter Pidgeon), um dos poucos cientistas sobreviventes, que vive com
a filha Altaira (Anne Francis) e o robô Robby.
Talvez o filme de ficção
científica mais popular e admirado nos EUA, que lançou para o mundo o simpático
e prestativo robô Robby. O robô foi tão bem recebido pelo público que voltaria
na continuação de “Planeta proibido” um ano depois, um filme bem fraquinho
chamado “O menino invisível” (1957), e apareceria em seriados dos anos 60 e 70
como “The twilight zone”, “A família Adams”, “Perdidos no espaço”, “A ilha dos
birutas” e “Columbo” – e até no Brasil, vejam só, ele apareceu como convidado numa
novela da TV Tupi!
Indicado ao Oscar de
efeitos visuais, a fita tem certa ingenuidade, porém já abria espaço para
discutir temas da ciência atual, como o de inteligência artificial e a ocupação
de outros planetas – esses temas seriam exaustivamente explorados no cinema a
partir da década seguinte.
Inspirado na última peça
de William Shakespeare, “A tempestade” (que leva os personagens originais
Próspero, Miranda e Ariel da embarcação encalhada para o espaço sideral), o
filme foi dirigido por Fred M. Wilcox, um diretor de filmes B e muitos da
franquia Lassie, que fez aqui seu melhor trabalho. Reuniu para tanto um elenco de
nomes pouco conhecidos, que despontaria anos mais tarde, como Leslie Nielsen (famoso
depois em comédias pastelão e paródias, como “Corra que a polícia vem aí!”) e
Anne Francis (de “Sementes de violência”), e participação do veterano Walter
Pidgeon (de “Rosa da esperança”).
Para compor o clima de
futuro distante e planeta desconhecido, utilizaram o que de melhor havia na
época: cenários pintados, maquetes, monstros com efeitos de luzes e raios
inseridos na pós-produção, naves que levitam sob fios, e o próprio robô Robby é
uma fantasia vestida por um dublê.
Não é só uma aventura
com monstros, escapadas e luta por sobrevivência; o filme explora questões
psicológicas, da mente humana, com referência ao Id e aos instintos (ao longo
da história tudo ficará mais claro, esperem!).
Inteiramente rodado nos
estúdios da MGM, com coprodução da Toho, a produtora japonesa (conhecida pelos
inúmeros filmes de Godzilla).
Saiu em DVD mês passado
na coleção “Planeta proibido”, com a continuação, “O menino invisível” (pela
Classicline), e em 2016 havia sido lançado em DVD pela Versátil no box “Clássicos
Sci-fi – volume 1”, com os filmes “A ameaça que veio do espaço” (1953), “Os
malditos” (1963), “O planeta dos vampiros” (1965), “Fuga no século 23” (1976) e
“Eles vivem” (1988).
Planeta
proibido (Forbidden
planet). EUA/Japão, 1956, 98 minutos. Aventura/Ficção científica. Colorido.
Dirigido por Fred M. Wilcox. Distribuição: Classicline (na ‘Coleção Planeta
proibido’, de 2022) e Versátil Home Video (na coleção ‘Clássicos scifi –
vol.1’, de 2016)
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