O banqueiro da
Resistência
Arriscando a família e a
própria vida, um banqueiro de Amsterdã funda um banco clandestino para
financiar a Resistência Holandesa durante a ocupação dos Países Baixos pelos
nazistas.
Uma pequena joia da
excelente safra atual do cinema holandês, esse que é um drama que recorre a um
desconhecido fato histórico/real ocorrido na Segunda Guerra em Amsterdã. Reconta
os passos de Walraven van Hall (1906-1945), apelidado de “Banqueiro da
Resistência”, um homem de negócios que trabalhava num banco e criou uma frente,
com a ajuda do irmão Gijs van Hall (1904-1977), para fundar um banco a fim de
bancar a Resistência contra os alemães. Na época, o Nazismo bateu à porta da
Holanda e retirou de lá judeus para levá-los ao campo de concentração. Enquanto
o medo alvoroçava o povo, o banqueiro, com o banco clandestino, ajudou a salvar
cerca de um mil judeus, o que custou a sua vida (Walraven foi preso, torturado e
executado pelos nazistas em 1945).
Com diálogos bem
escritos, é um drama que não chega a ser especialmente emocionante, tampouco
tem cenas de ação, porém apresenta uma atmosfera sombria, que nos prende à
história de vida ali retratada. Walraven van Hall sem dúvida foi um dos tantos
homens que se preocupou com a causa judaica, solidarizou-se ao seu povo e até
hoje é reverenciado na capital da Holanda (foram erguidos bustos e monumentos
em seu nome pela cidade).
Disputou vaga para
concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro, no entanto ficou fora da lista
final. Pode-se assisti-lo na Netflix (a Netflix não produziu o filme, somente
distribuiu depois de comprar os direitos para tê-lo em seu catálogo
permanente).
O banqueiro da
Resistência (Bankier
van het verzet). Holanda/Bélgica, 2018, 123 minutos. Drama. Colorido. Dirigido
por Joram Lürsen. Distribuição: Netflix
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