"Desde a queda de Napoleão, todo vislumbre de galanteria havia sido rigorosamente banido dos costumes da província. Todos tinham medo de ser demitidos. Os mais espertos buscavam apoio na congregação e a hipocrisia fazia os mais belos progressos, mesmo entre as classes liberais. O tédio se multiplicava. Não restava outro prazer além da leitura e da agricultura".
Trecho de "O vermelho e o negro", clássico da literatura francesa escrito por Stendhal, publicado pela primeira vez em 1830. O monumental romance histórico e psicológico, dividido em duas partes, se passa no período da Restauração Francesa, após o fim do império napoleônico, com foco no jovem ambicioso Julien Sorel, da vida pequena no interior a sua ida ao seminário em Paris e a idade adulta, quando acusado de assassinato. Pelo personagem, Stendhal analisa as intensas transformações sociais, econômicas e políticas do país nesse período de transição. Um marco da literatura, que reflete a passagem do Romantismo para o Realismo, que inspirou diversas versões para o cinema. Acaba de sair em nova edição, com capa dura, pela editora Martin Claret (512 páginas, 2018, tradução de Herculano Villas-Boas). Já nas melhores livrarias. Obrigado, @editoramartinclaret, pelo envio desse maravilhoso exemplar!
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