terça-feira, 24 de abril de 2018

Cine Lançamento


Somos todos iguais

Marchand de carreira internacional, Ron Hall (Greg Kinnear) enfrenta maus momentos no casamento com Debbie (Renée Zellweger). Ela está engajada em trabalhos voluntários e abre um restaurante para servir refeições a pessoas carentes. Forçado pela esposa, Ron vai auxiliá-la no projeto social, e lá conhece o andarilho Denver Moore (Djimon Hounsou), que irá mudar para sempre a vida dele.

Uma emocionante história real que mal teve distribuição nos cinemas mundiais, baseada no best seller homônimo de Ron Hall e Denver Moore (que são os dois personagens masculinos de destaque do filme), organizado pela jornalista Lynn Vincent. A produção americana trata do poder transformador do ser humano, de pessoas que nascem para fazer o bem e como elas podem modificar o meio onde vivem com ações simples. De um lado temos um mercador de quadros, Ron Hall, fechado em seu mundo dos negócios, distante da família. Passa por um período delicado na relação com a esposa, uma mulher de virtudes, Deborah Hall, dedicada a causas sociais, que cria com muito custo um espaço para marginalizados se socializarem em almoços coletivos (aparece por lá gente de todos os tipos, indigentes, prostitutas, marginais, traficantes etc). Ela convence o marido a visitar o local, e ele aceita ser um novo voluntário. Até a vida de ambos mudar com a chegada de um andarilho estressado, de nome Denver Moore, que quebra mesas e cadeiras com seu bastão de madeira. Por trás desse homem de aparência hostil esconde-se um ser humano sensível, inteligente na oratória e sábio nas palavras de inspiração. Nascia ali uma amizade verdadeira, despida de preconceitos, que durou décadas, até o falecimento de Moore. O título em português resume tudo: “Somos todos iguais”.
A intrínseca trajetória de vida de Hall, Moore e Debbie é contada com paixão, poesia, romance e encantamento, com uma atuação excelente do trio de atores indicados ao Oscar – Greg Kinnear andava sumido, com raras participações em cinema, Djimon Hounsou ficou bem no papel envelhecido e Renée Zellweger está irreconhecível depois das plásticas mal sucedidas, que a deixaram com o rosto deformado. Conta também com uma rápida participação do veterano Jon Voight, como o pai preconceituoso de Ron Hall.
Estreia do diretor Michael Carney, que assina o roteiro e a produção, num belo filme inspirador, capaz de emocionar todos os públicos e arrancar lágrimas dos mais sensíveis. Todos têm de assistir!
Acaba de sair em DVD pela Paramount, com bons extras sobre os bastidores da produção.

Somos todos iguais (Same kind of different as me). EUA, 2017, 119 min. Drama. Colorido. Dirigido por Michael Carney. Distribuição: Paramount Pictures

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