Balas que não erram
O temível
pistoleiro de aluguel John Gant (Audie Murphy), de passagem pela pequena cidade
de Lordsburg, no Novo México, hospeda-se num hotel. Os moradores ouvem falar em
seu nome e ficam apavorados, pois todos conhecem seu método de agir: ele chega,
instala-se no local por dias até ir atrás da vítima e matá-la com um tiro
certeiro, sem nunca informar quem é o alvo. Com Gant ali, as horas ficam lentas,
e o medo vai tomando conta da cidade.
Memorável
faroeste psicológico realizado pela Universal na Era de Ouro do Cinema
Americano, original no roteiro, que une o velho bangue-bangue a bons elementos
do suspense. Famoso na época, o filme deu chance a Audie Murphy demonstrar o
talento à frente de um personagem central – quase sempre o ator era posto como
coadjuvante, e aqui está excepcional, no melhor trabalho de sua curta carreira,
encerrada de forma trágica – ele morreu aos 46 anos em um acidente de avião, em
1971.
Os
pormenores da história partem da explosiva ideia central, a do pistoleiro que
chega à cidade e provoca tensão nos moradores pelo seu modus operante infalível
(suas balas não erram!). Ninguém tem motivo plausível para um encontro com Gant,
mas por ele ser quem é, o povoado entra em paranoia, todos têm medo de sair às
ruas.
O
diretor Jack Arnold (1916-1992) acertou em cheio nesse faroeste exemplar, gênero
que pouco explorou - ele era um mestre em fitas scifi, dirigindo mais de 10
produções com monstros e viagens espaciais nos anos 50.
Indico
especialmente aos cinéfilos amantes de western clássico, que vão se deleitar,
ainda mais nessa edição recém-lançada pela Classicline.
Balas que não erram (No name on the bullet). EUA, 1959, 77
min. Faroeste. Dirigido por Jack Arnold. Distribuição: Classicline
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