sábado, 27 de maio de 2017

Viva Nostalgia!


Balas que não erram

O temível pistoleiro de aluguel John Gant (Audie Murphy), de passagem pela pequena cidade de Lordsburg, no Novo México, hospeda-se num hotel. Os moradores ouvem falar em seu nome e ficam apavorados, pois todos conhecem seu método de agir: ele chega, instala-se no local por dias até ir atrás da vítima e matá-la com um tiro certeiro, sem nunca informar quem é o alvo. Com Gant ali, as horas ficam lentas, e o medo vai tomando conta da cidade.

Memorável faroeste psicológico realizado pela Universal na Era de Ouro do Cinema Americano, original no roteiro, que une o velho bangue-bangue a bons elementos do suspense. Famoso na época, o filme deu chance a Audie Murphy demonstrar o talento à frente de um personagem central – quase sempre o ator era posto como coadjuvante, e aqui está excepcional, no melhor trabalho de sua curta carreira, encerrada de forma trágica – ele morreu aos 46 anos em um acidente de avião, em 1971.
Os pormenores da história partem da explosiva ideia central, a do pistoleiro que chega à cidade e provoca tensão nos moradores pelo seu modus operante infalível (suas balas não erram!). Ninguém tem motivo plausível para um encontro com Gant, mas por ele ser quem é, o povoado entra em paranoia, todos têm medo de sair às ruas.
O diretor Jack Arnold (1916-1992) acertou em cheio nesse faroeste exemplar, gênero que pouco explorou - ele era um mestre em fitas scifi, dirigindo mais de 10 produções com monstros e viagens espaciais nos anos 50.
Indico especialmente aos cinéfilos amantes de western clássico, que vão se deleitar, ainda mais nessa edição recém-lançada pela Classicline.


Balas que não erram (No name on the bullet). EUA, 1959, 77 min. Faroeste. Dirigido por Jack Arnold. Distribuição: Classicline

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