quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Resenha especial


Jurassic World: O mundo dos dinossauros


Um novo parque temático com dinossauros de verdade é inaugurado, em substituição ao Jurassic Park, que fora destruído. Situado em uma ilha selvagem, com atrações únicas, o agora Jurassic World recebe diariamente milhares de visitantes do mundo inteiro, curiosos para chegar perto dos animais jurássicos. A diversão de um dia comum é abalada quando uma falha no sistema de monitoramento permite a fuga do mais temível das criaturas, um dinossauro branco, geneticamente modificado.

2015 foi o ano dos remakes, reboot e continuações na indústria norte-americana de cinema (pelas minhas contas lançaram 35 só no ano passado). O top one da lista é exatamente Jurassic World, um dos mais rentáveis, com bilheteria estrondosa que ultrapassou U$ 1 bilhão nas salas de cinema do mundo. A franquia de sucesso de Jurassic Park retorna com fôlego, precisão e diversão de primeira linha depois de 14 anos de ausência (e olha que demorou, hein, para pensarem num novo filme). “Jurassic World” surge das cinzas numa aventura emocionante, que atualiza a história original de Michael Crichton e propõe traços evidentes com as fitas anteriores. Um novo parque é erguido para substituir o velho Jurassic Park, que há 22 anos fora destroçado por um Tiranossauro Rex. Moderno, atrativo, tecnológico, seguro, o Jurassic World agora é gerenciado por uma mulher, Claire, papel da interessante Bryce Dallas Howard. Ela dá as cartas, comanda com mão de ferro, e deposita confiança no treinador de dinossauros, Owen (o carismático Chris Pratt), dedicado funcionário do empreendimento (e a figura central do blockbuster). Mas a calmaria termina quando um dinossauro perigoso escapa, destruindo tudo e todos pela frente.
Com uma deslumbrante direção de arte, da equipe de “Piratas do Caribe”, “Os vingadores” e “Homem de ferro”, e excelente fotografia do indicado ao Oscar John Schwartzman, parceiro de Steven Spielberg (que assina a produção), a aventura classe A recupera com garra a cinessérie, maximizando os efeitos visuais para o melhor que há no cinema contemporâneo. E com a inserção, na história, do dinossauro geneticamente modificado, alerta para o perigo das tecnologias científicas ultramodernas utilizadas sem controle.
Há sequências imperdíveis e já memoráveis no novo filme, como a destruição do aviário (com consequências desastrosas) e a fuga das crianças na gyrosphere (um veículo de vidro em formato redondo), além de dois momentos surpresa de pura nostalgia.
“Jurassic World” teve a segunda maior bilheteria de 2015, com o recorde de U$ 1 bilhão nos 13 primeiros dias em cartaz (“Star Wars: o despertar da força” veio no fim do ano e abocanhou “Jurassic World” por poucos milhões de dólares a mais nos cinemas). Tinha tudo para dar errado (a começar pelo trailer bobinho e pelo diretor desconhecido, Colin Trevorrow, substituto de Spielberg – olha a responsa!), no entanto, no final das contas, o filme arrebentou! Um entretenimento exemplar, maneiro, moderno, divertido de ver e rever. Depois do absoluto “Jurassic Park” (1993), este é o melhor das três continuações, sem sombra de dúvida.
O DVD e o Blu-ray vem com bons extras, como cenas excluídas e depoimentos de Chris Pratt e Colin Trevorrow.


Jurassic World: O mundo dos dinossauros (Jurassic World). EUA, 2015, 124 min. Ação/Aventura. Dirigido por Colin Trevorrow. Distribuição: Universal

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