Jurassic World: O mundo dos
dinossauros
Um
novo parque temático com dinossauros de verdade é inaugurado, em substituição
ao Jurassic Park, que fora destruído. Situado em uma ilha selvagem, com
atrações únicas, o agora Jurassic World recebe diariamente milhares de
visitantes do mundo inteiro, curiosos para chegar perto dos animais jurássicos.
A diversão de um dia comum é abalada quando uma falha no sistema de
monitoramento permite a fuga do mais temível das criaturas, um dinossauro branco,
geneticamente modificado.
2015
foi o ano dos remakes, reboot e continuações na indústria norte-americana de
cinema (pelas minhas contas lançaram 35 só no ano passado). O top one da lista
é exatamente Jurassic World, um dos mais rentáveis, com bilheteria estrondosa
que ultrapassou U$ 1 bilhão nas salas de cinema do mundo. A franquia de sucesso
de Jurassic Park retorna com fôlego, precisão e diversão de primeira linha depois
de 14 anos de ausência (e olha que demorou, hein, para pensarem num novo
filme). “Jurassic World” surge das cinzas numa aventura emocionante, que
atualiza a história original de Michael Crichton e propõe traços evidentes com
as fitas anteriores. Um novo parque é erguido para substituir o velho Jurassic
Park, que há 22 anos fora destroçado por um Tiranossauro Rex. Moderno,
atrativo, tecnológico, seguro, o Jurassic World agora é gerenciado por uma
mulher, Claire, papel da interessante Bryce Dallas Howard. Ela dá as cartas,
comanda com mão de ferro, e deposita confiança no treinador de dinossauros, Owen
(o carismático Chris Pratt), dedicado funcionário do empreendimento (e a figura
central do blockbuster). Mas a calmaria termina quando um dinossauro perigoso
escapa, destruindo tudo e todos pela frente.
Com
uma deslumbrante direção de arte, da equipe de “Piratas do Caribe”, “Os
vingadores” e “Homem de ferro”, e excelente fotografia do indicado ao Oscar John
Schwartzman, parceiro de Steven Spielberg (que assina a produção), a aventura
classe A recupera com garra a cinessérie, maximizando os efeitos visuais para o
melhor que há no cinema contemporâneo. E com a inserção, na história, do
dinossauro geneticamente modificado, alerta para o perigo das tecnologias
científicas ultramodernas utilizadas sem controle.
Há
sequências imperdíveis e já memoráveis no novo filme, como a destruição do
aviário (com consequências desastrosas) e a fuga das crianças na gyrosphere (um
veículo de vidro em formato redondo), além de dois momentos surpresa de pura
nostalgia.
“Jurassic
World” teve a segunda maior bilheteria de 2015, com o recorde de U$ 1 bilhão
nos 13 primeiros dias em cartaz (“Star Wars: o despertar da força” veio no fim
do ano e abocanhou “Jurassic World” por poucos milhões de dólares a mais nos
cinemas). Tinha tudo para dar errado (a começar pelo trailer bobinho e pelo diretor
desconhecido, Colin Trevorrow, substituto de Spielberg – olha a responsa!), no
entanto, no final das contas, o filme arrebentou! Um entretenimento exemplar,
maneiro, moderno, divertido de ver e rever. Depois do absoluto “Jurassic Park”
(1993), este é o melhor das três continuações, sem sombra de dúvida.
O
DVD e o Blu-ray vem com bons extras, como cenas excluídas e depoimentos de
Chris Pratt e Colin Trevorrow.
Jurassic World: O mundo dos
dinossauros
(Jurassic World). EUA, 2015, 124 min. Ação/Aventura. Dirigido por Colin
Trevorrow. Distribuição: Universal
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