Boxe por amor
Alfred
Butler (Buster Keaton) é um jovem burguês enviado pelo pai para um acampamento,
na tentativa de se autoconhecer e de se virar sozinho. Lá, apaixona-se por uma garota.
Para impressionar os pais dela, Alfred se passa por um conhecido lutador de
boxe.
Ícone
da comédia americana “Slapstick” (aquela conhecida como ‘pastelão’,
movimentada, com farsas e exageros, típica nos anos 20 e 30), Buster Keaton
dirige e atua em um dos filmes mais conhecidos de sua extensa carreira, que
durou quase cinco décadas. Com a cara amarrada, olhos tristes e olheiras
assustadoras, Keaton (hoje esquecido do grande público) interpreta um falso
boxeador, de corpo frágil, que finge praticar o esporte, que estava se tornando
popular no mundo, apenas para impressionar os pais da garota por quem se
apaixona. No ringue, apanha sem dó dos adversários fortões. Como sustentar a
mentira por causa do amor? Esta questão será o trunfo da comédia muda e em
preto-e-branco, com sequências bem boladas de luta de boxe. Muita diversão e
risos nesse trabalho do grande comediante Buster Keaton, conhecido como o
“homem que nunca sorria” - atuou em 145 filmes (curtas e longas) e dirigiu 46
deles, como a obra-prima “A general” (1926), “Bancando o águia” (1924) e este
“Boxe por amor” (1926).
Desconhecido
dos brasileiros, o filme sai em cópia mediana por distribuidora duvidosa. Mesmo
assim, com qualidade de imagem que não surpreende, acende curiosidade e
torna-se um deleite aos fãs do cinema antigo. Por Felipe Brida
Boxe por amor (Battling Butler). EUA, 1926, 74 min. Comédia. Preto-e-branco.
Disponível em DVD.
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