Em
uma pequena cidade do Alaska, o repórter de TV Adam Carlson (John Krasinski)
recruta um grupo de voluntários para salvar uma família de baleias-cinzentas
presas no gelo, no coração do Círculo do Ártico. Quem ajuda Adam a articular a
campanha é sua ex-namorada, Rachel (Drew Barrymore), uma voluntária do
Greenpeace.
Um
bonito filme com mensagem ecológica baseado em fatos reais. Infelizmente não
fez sucesso nos cinemas nem aqui no Brasil nem nos EUA. Agora, em DVD, eis a
boa oportunidade para conhecê-lo.
Pelo
tema lembra “Winter, o golfinho” (cuja história também existiu de verdade), só
que menos infantil e com discurso incisivo, de maior impacto.
Conta
a história de uma campanha feita para resgatar três baleias-cinzentas em extinção,
presas debaixo do gelo eterno do Alaska. O caso ocorreu em 1988 e mobilizou organizações
protetoras de animais, atraindo a atenção para uma pequena cidade gelada do
extremo norte dos EUA. Importantes equipes de TV do mundo inteiro se deslocaram
para cobrir um fato inusitado, que aos poucos trazia à tona a discussão sobre a
necessidade de se proteger as baleias da ameaça do homem – aqui o ser humano
não tem participação efetiva na morte de baleias, porém abriu os olhos das
pessoas para caças ilegais dos animais na região.
O
filme se define a partir da estratégia de um jornalista novato (o simpático
Krasinski, de “The Office”) e de sua ex-namorada, membro do Greenpeace (Drew
Barrymore, sempre graciosa e meiga com olhar de criança arteira). Eles encabeçam
um movimento de “Salvem as baleias”. Os gigantescos animais não conseguem
retornar ao oceano devido a uma camada de gelo que bloqueia o acesso ao mar,
impedindo ainda que eles captem oxigênio da superfície.
Pautada
em torno de situações emocionantes e previsíveis, a saga ecológica, como
produto, pode ser vista como um passatempo ou também como um filme sério, de
denúncia, cujas questões sobre proteção dos animais palpitam na atualidade.
Leve
e descontraído, o filme é baseado no livro “Freeing the whales”, de Thomas
Rose, e o charminho está na tão esperada aparição das dóceis baleias, que não
são reais – foram criadas a partir de “animatronics” (robôs).
Repare
no desfecho, com trechos de reportagens televisivas da época sobre o caso. O
talentoso Ken Kwapis dirige com muito talento – o mesmo do original e
superdivertido “Quatro amigas e um jeans viajante” (2005). Procure já. Por Felipe Brida
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