terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Viva Nostalgia!

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Love story – Uma história de amor

A jovem estudante de música Jennifer Cavilleri (Ali MacGraw) apaixona-se por um rapaz da mesma idade, Oliver Barrett IV (Ryan O‘Neal), após conhecê-lo na biblioteca da universidade de Harvard. Ele estuda Direito e vem de uma família rica, enquanto a garota, de origem humilde, vive com o pai (John Marley). O relacionamento dos namorados não é aceito pelos pais de ambos. Por se amarem demais, Oliver e Jennifer arriscam tudo – família, amigos, estudos. Até que a jovem descobre estar gravemente doente.

“Amar é jamais ter que pedir perdão”. A famosa frase dita pela personagem Jennifer, que exprime o intenso amor pelo namorado Oliver, aliada à bonita trilha sonora de Francis Lai, vencedora do Oscar em 1971, ficou gravada na memória do público que assistiu ao filme na época. O mundo sofria as atrocidades da Guerra do Vietnã, e os jovens aderiam ao espírito livre do movimento hippie advindo da Woodstock quando foi lançada essa fita romântica que chega aos extremos do melodrama convencional. Talvez por tais fatores tenha se tornado mega-sucesso nos cinemas, um ‘estouro’ de bilheteria que influenciou gerações, inclusive uma infinidade de imitações. Apesar de datado, da narrativa lenta, sem reviravoltas e da previsibilidade da história (em especial o desfecho), é um filme querido do público, sem dúvida uma das fitas românticas mais populares do cinema.
Tudo começa com o rapaz Oliver lamentando a morte da namorada, vítima de uma doença incurável. Daí a trama se desenvolve com o relacionamento dos dois, a briga com os pais, as crises entre o casal, ou seja, conflitos comuns vistos em trabalhos do gênero. O público só irá entender os pormenores da doença da jovem a partir da metade para o final, quando o tom muda – o gênero romance dá abertura ao drama, um pouco amargo, triste, até o encerramento sem surpresas.
Voltado para adeptos de melodramas, que não se importam em deixar escorrer as lágrimas.
O roteiro original, escrito pelo falecido Erich Segal (1937-2010), o mesmo de “Yellow Submarine” (dos Beatles), lançou em seguida ao filme o livro, de mesmo título. Virou best-seller e nada mais é que o próprio roteiro mais alongado.
Além de ganhar o Oscar de melhor trilha sonora, recebeu outras seis indicações: filme, atriz (Ali MacGraw), ator (Ryan O’Neal), ator coadjuvante (John Marley, que interpreta o pai da jovem), diretor e roteiro adaptado. E no Globo de Ouro venceu cinco prêmios, como filme, diretor e atriz.
Realmente Ali e O’Neal, juntos, têm uma química interessante, um casal bonito de se ver na tela. Além do mais, o ator sempre foi bom em cena e convence como o rapaz apaixonado. O elenco traz também o monstro sagrado Ray Milland, personalidade forte do cinema dos anos 40 e 50, na pele do pai de Oliver, um empresário rico, e ponta de poucos segundos de Tommy Lee Jones, em sua primeira aparição no cinema.
Foi dirigido por Arthur Hiller (não confundir com Arthur Miller, o notório roteirista que foi casado com Marilyn Monroe). Em 1978 teve continuação inferior e desnecessária, chamada “A história de Oliver”, mantendo apenas, do cast original, Ryan O’Neal. Por Felipe Brida

Love story – Uma história de amor (Love story). EUA, 1970, 99 min. Drama. Dirigido por Arthur Hiller. Distribuição: Paramount Pictures

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