Marcas do destino
O garoto Rocky Dennis (Eric Stoltz) é portador de uma rara doença chamada leontíase óssea. Seu rosto, completamente desfigurado, assemelha-se a uma máscara. Em meio ao preconceito enfrentado na escola e nas ruas por onde passa, o jovem tem, como amparo e suporte, a mãe, Florence Rusty (Cher), uma mulher viciada em álcool e cocaína. Ela convive com um grupo de motoqueiros selvagens que também estão ao lado de Rocky. A inabalável determinação do rapaz, mesmo com a doença se agravando, o fará crescer como pessoa, inspirando assim os colegas de classe, professores e amigos.
O diretor Peter Bogdanovich (dos excelentes “A última sessão de cinema” e “Lua de papel”) soube conduzir com sinceridade e de forma sensível essa história verídica do jovem Roy L. Dennis, apelidado do Rocky (1961-1978), portador de uma displasia crânio-facial chamada leontíase (doença cujo nome vem da palavra “leão”, devido ao rosto deformado como se fosse uma máscara – daí também o título original, “Mask”). O rapaz enfrentou rejeição por todos os lados (na escola, nas ruas, na vizinhança etc), as pessoas tinham medo de se aproximar. Realmente a face de Rocky causava impacto pela deformidade – seu crânio tinha mais de 60 cm de diâmetro, e a mandíbula chegava a 40 cm! Paralelamente mostra a superação de Rocky para vencer o preconceito e assim ser visto como uma pessoa “normal”. Uma figura importante na vida dele foi a mãe, que, apesar de viciada e ter comportamento explosivo, cuidou do adolescente até os minutos finais.
O drama dá certo pelas incríveis atuações de Eric Stoltz (em início de carreira, então com 24 anos), como Rocky, todo transformado por uma maquiagem impressionante, e da hoje cantora Cher, em seu primeiro papel principal no cinema, na pele da mãe ora equilibrada ora tresloucada.
No elenco, participação de veteranos como Harry Carey Jr., na pele de um motoqueiro, Richard Dysart e a falecida Estelle Getty. Sam Elliott, o ator típico por personagens de cowboy e pistoleiro, faz o padrasto de Rocky, e Laura Dern, com apenas 18 anos, aparece no final como uma menina cega, o interesse romântico do jovem protagonista.
Venceu o único Oscar indicado, o de melhor maquiagem em 1986. Também recebeu duas nomeações ao Globo de Ouro – ator para Stoltz e atriz para Cher. Esta, em Cannes, dividiu o prêmio de atriz com Norma Aleandro pelo argentino “A história oficial”. O diretor Bogdanovich recebeu ainda indicação à Palma de Ouro.
Um drama indicado a todos, que causa emoção e nos faz refletir sobre o herói que existe dentro de nós. Por Felipe Brida
Marcas do destino (Mask). EUA, 1985, 120 min. Drama. Dirigido por Peter Bogdanovich. Distribuição: Universal
O diretor Peter Bogdanovich (dos excelentes “A última sessão de cinema” e “Lua de papel”) soube conduzir com sinceridade e de forma sensível essa história verídica do jovem Roy L. Dennis, apelidado do Rocky (1961-1978), portador de uma displasia crânio-facial chamada leontíase (doença cujo nome vem da palavra “leão”, devido ao rosto deformado como se fosse uma máscara – daí também o título original, “Mask”). O rapaz enfrentou rejeição por todos os lados (na escola, nas ruas, na vizinhança etc), as pessoas tinham medo de se aproximar. Realmente a face de Rocky causava impacto pela deformidade – seu crânio tinha mais de 60 cm de diâmetro, e a mandíbula chegava a 40 cm! Paralelamente mostra a superação de Rocky para vencer o preconceito e assim ser visto como uma pessoa “normal”. Uma figura importante na vida dele foi a mãe, que, apesar de viciada e ter comportamento explosivo, cuidou do adolescente até os minutos finais.
O drama dá certo pelas incríveis atuações de Eric Stoltz (em início de carreira, então com 24 anos), como Rocky, todo transformado por uma maquiagem impressionante, e da hoje cantora Cher, em seu primeiro papel principal no cinema, na pele da mãe ora equilibrada ora tresloucada.
No elenco, participação de veteranos como Harry Carey Jr., na pele de um motoqueiro, Richard Dysart e a falecida Estelle Getty. Sam Elliott, o ator típico por personagens de cowboy e pistoleiro, faz o padrasto de Rocky, e Laura Dern, com apenas 18 anos, aparece no final como uma menina cega, o interesse romântico do jovem protagonista.
Venceu o único Oscar indicado, o de melhor maquiagem em 1986. Também recebeu duas nomeações ao Globo de Ouro – ator para Stoltz e atriz para Cher. Esta, em Cannes, dividiu o prêmio de atriz com Norma Aleandro pelo argentino “A história oficial”. O diretor Bogdanovich recebeu ainda indicação à Palma de Ouro.
Um drama indicado a todos, que causa emoção e nos faz refletir sobre o herói que existe dentro de nós. Por Felipe Brida
Marcas do destino (Mask). EUA, 1985, 120 min. Drama. Dirigido por Peter Bogdanovich. Distribuição: Universal
Nenhum comentário:
Postar um comentário