segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Cine Lançamento


A partida

Músico recém-demitido da orquestra japonesa consegue emprego como agente funerário. Sua função é preparar os mortos para o plano espiritual. O novo trabalho faz com que o jovem ingresse em uma jornada de crises familiar e existencial, o que o faz questionar sua própria vida.

Belíssimo trabalho intimista dirigido pelo veterano Yôjirô Takita, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro esse ano. Sensível, com trilha sonora profundamente tocante, essa pequena obra de arte intercala momentos cômicos (já que o tema mórbido necessita ser suavizado para não causar incômodo ao público) e dramáticos, que com certeza levará as pessoas às lágrimas.
Frente às lentes da câmera estão o aprendiz (o músico, interpretado por Masahiro Motoki) e seu mestre, um senhor que já trabalha na funerária há décadas (o ótimo veterano Tsutomu Yamazaki). Ambos são responsáveis pela passagem dos falecidos para a outra vida, o que incumbe aos agentes funerários enorme responsabilidade.
A preparação dos mortos carrega um ritual mágico, repleto de sutileza, num verdadeiro trabalho artesanal, que vai desde a troca das vestimentas até a limpeza e a colocação de maquilagem. E o filme explora esse campo, sem ser piegas.
Um dos melhores filmes do ano, “A partida” é uma poesia radiante, que deve ser vista, revista e, acima de tudo, sentida. Por Felipe Brida

Título original: Okuribito/Departures
País/Ano: Japão, 2008
Elenco: Masahiro Motoki, Tsutomu Yamazaki, Ryoko Hirosue, Kazuko Yoshiyuki.
Direção: Yôjirô Takita
Gênero: Drama
Duração: 130 min.
Lançamento: Segunda quinzena de agosto
Distribuidora: Paris Filmes

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