segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cine Lançamento


JCVD

O ator Jean Claude Van Damme enfrenta uma maré de azar: recém-divorciado da esposa, passa por dificuldades financeiras e briga na justiça pela custódia da filha. Porém, um assalto em um banco colocará Van Damme no alvo da polícia e também no retorno à mídia.

Van Damme interpreta a si mesmo nesse bem bolado filme de drama com boas doses de ação. Lembrado por uma série de fitas descartáveis de luta (várias com o nome “Dragão”), o ator belga, quase na “casa dos cinqüenta”, tem a chance, aqui, de mostrar seu potencial, que andava adormecido. É a sua melhor performance em anos. Ele encara um personagem contido, supernatural, sem exageros – ficam de fora as pancadarias como era de costume nas produções de outrora. Rende-se aos problemas pessoais e expõe suas angústias reais de forma desesperada.
Associei ao trabalho de Mickey Rourke no ótimo “O lutador” – tanto Van Damme em “JCVD” quanto Rourke enfrentam os fantasmas do passado frente às câmeras.
Uma fita européia, independente, que merece ser conhecida. Por Felipe Brida

Título original: JCVD
País/Ano: França/Bélgica/Luxemburgo, 2008
Elenco: Jean-Claude Van Damme, François Damiens.
Direção: Mabrouk El Mechri
Gênero: Drama/Ação
Duração: 97 min.
Distribuidora: Imagem Filmes
Lançamento (DVD): Segunda quinzena de agosto

sábado, 26 de setembro de 2009

Cine Lançamento


Watchmen – O filme

O brutal assassinato do super-herói Blake, o Comediante, faz com que seus antigos companheiros vigilantes se reencontrem. Unidos, saem em busca de um homem mascarado, aparentemente um matador de super-heróis.

Produção caprichada aonde se recuperam os principais personagens da homônima história em quadrinhos da DC Comics, escrita por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, lançada entre os anos de 1986 e 1987. Tanto o enredo das HQs quanto a do filme se passa em 1985, durante a Guerra Fria, permeado por referências históricas relevantes e ficção.
Nessa adaptação para o cinema, efeitos digitais ímpares, aliados a uma direção de arte cuidadosamente traçada, aonde cores vibrantes invadem as telas, garantem um produto de qualidade. Por contar em detalhes a complexa trama de assassinato dos super-heróis, a fita resulta longa (são duas horas e quarenta de filme) e um pouco lenta. Mas isto não é motivo para o público desanimar, pois por outro lado há sequências das mais primorosas do cinema, conduzidas por canções famosas (“The sound of silence”, de Simon & Garfunkel, “Hallellujah”, de Leonard Cohen, e a da inteligente abertura, por Bob Dylan, “The times they are a-changin”).
Novamente Zack Snyder demonstra competência na direção, confirmando-se como um mais bem sucedidos visionários do cinema atual. Para recordar ele foi responsável pela refilmagem de zumbis “Madrugada dos mortos” e pelo notório “300”. Por Felipe Brida

Título original: Watchmen
País/Ano: EUA, 2009
Elenco: Billy Crudup, Matthew Goode, Malin Akerman, Jackie Earle Haley, Patrick Wilson, Carla Gugino.
Direção: Zack Snyder
Gênero: Ação
Duração: 162 min.
Distribuidora: Paramount Pictures

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Viva Nostalgia!


Johnny Guitar

Prestes a ser expulsa da cidade onde vive, Vienna (Joan Crawford), proprietária de um saloon no Oeste americano, recorre a um antigo namorado, Johnny Guitar (Sterling Hayden), para enfrentar o xerife local. Este, aliado a um grupo de pistoleiros comandados pela insensata Emma Small (Mercedes McCambridge), antiga rival de Vienna, fará de tudo para cumprir com a promessa.

Notório pelas cores agressivamente fortes e por uma fotografia escura, esse faroeste barroco é um dos mais diferentes do gênero. Com alta tensão psicológica, traz em destaque duas mulheres que se odeiam de corpo e alma. E que se movem pelo prazer da vingança. Como resultado, bons diálogos e embates nervosos entre duas grandes atrizes da época (a ótima Joan Crawford e a vencedora do Oscar Mercedes McCambridge). Quando lançado em 1954, diziam que era um “western homossexual”, devido à frieza com que as personagens centrais se tratam. Teriam tido Vienna e Emma Small, no passado, um relacionamento amoroso e hoje seriam arquiinimigas?
Sai em DVD em nova edição pela distribuidora Cult Classic, com boa qualidade de imagem e som. Boa sessão! Por Felipe Brida

Título original: Johnny Guitar
País/Ano: EUA, 1954
Elenco: Sterling Hayden, Joan Crawford, Mercedes McCambridge, Scott Brady, Ernest Borgnine, John Carradine
Direção: Nicholas Ray
Gênero: Faroeste
Duração: 104 min.
Distribuidora: Cult Classic

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Morre a atriz Dirce Migliaccio aos 75 anos


A atriz brasileira Dirce Migliaccio morreu na manhã de hoje aos 75 anos de idade. Internada no Hospital Álvaro Ramos, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, desde o último dia 8, ela faleceu vítima de complicações de uma pneumonia. No ano passado a atriz sofreu um AVC e ultimamente estava sob cuidados médicos no Retiro dos Artistas.
Nascida em São Paulo no dia 30 de setembro de 1933, Dirce era irmã mais velha do ator Flávio Migliaccio. Ganhou estrelato nos anos 70 ao interpretar a boneca Emília no seriado da Rede Globo "Sítio do Pica Pau Amarelo", adaptado da obra de Monteiro Lobato.
Trabalhou em novelas como "Nino, o italianinho" (1969), "O bem amado" (nas duas versões, de 1973 e 1980, aonde interpretou, em ambas, uma das irmãs Cajazeira, Judicéa), "Marrom glacê" (1979), "A gata comeu" (1985) e "Quem é você?" (1996). Fez participações especiais em programas humorísticos e seriados da Rede Globo, dentre eles "Sai de baixo", "A comédia da vida privada", "Brava gente" e "Casos e acasos".
No cinema Dirce participou de aproximadamente 10 produções, como "O assalto ao trem pagador" (1962), "O caçador de fantasma" (1975), "Guerra conjugal" (1975), "Baixo Gávea" (1986), "Bufo & Spallanzani" (2001), "Sem controle" (2007) e "Xuxa em Sonho de menina" (2008).
O corpo da atriz será sepultado amanhã, no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Por Felipe Brida

domingo, 20 de setembro de 2009

Viva Nostalgia!


Coleção Mia Farrow

A Paramount Pictures distribui no mercado coleções especiais que remontam a carreira de três grandes atrizes do cinema – Mia Farrow, Sophia Loren e Grace Kelly. Nessa semana o blog "Cinema na Web" traz o “Box Mia Farrow”, com dois dos maiores trabalhos da atriz norte-americana.

Em O bebê de Rosemary (1968, dirigido por Roman Polanski), Mia interpreta a recém-casada Rosemary, que vive com o marido em um antigo prédio em Nova York. Grávida, faz amizade com um casal de idosos, que moram no apartamento vizinho. O que ela não sabe é que os velhos são bruxos mentores de uma seita diabólica, e que seu esposo, em busca de sucesso e prestígio, fizera um pacto com o diabo em troca da alma do filho que irá nascer.
Um dos clássicos mais arrepiantes do cinema de terror, é um pleno exercício psicológico de tormento e isolação feita com maestria pelo diretor Roman Polanksi em sua fase áurea. Horror de primeira, perturbador, de dar frio na espinha! Um ano depois do lançamento do filme, a esposa do cineasta polonês, a atriz Sharon Tate, grávida de oito meses, seria assassinada pelo grupo de Charles Manson.

Adaptado da obra de F. Scott Fitzgerald, O grande Gatsby (1974, dirigido por Jack Clayton) narra a ascensão e a queda do magnata Jay Gatsby (Robert Redford), que, nos anos 20, desperta o desejo de consumo de toda uma sociedade em Long Island, Nova York. Um conto de vida e morte sobre o sonho americano na pré-Depressão é a essência desse filme vencedor dos Oscars de figurino e trilha sonora. Mulheres exuberantes em festas glamurosas e a inconseqüente ambição em plena Era do Jazz, tão recorrente às obras de Fitzgerald, são traços marcantes do roteiro escrito por Francis Ford Coppola. De narrativa longa e excessivamente dialogada, o filme tem como atrativo a suntuosa direção de arte, valendo mais como curiosidade. Por Felipe Brida

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cine Lançamento


Velozes e furiosos 4

Dominic Toretto (Vin Diesel) retorna ao cenário do crime juntamente com a namorada e com os membros de sua gangue. Dentro de seus possantes carros, fogem da polícia após um golpe, e caem na mira de um perigoso traficante de drogas disposto a matar um a um.

Os quatro integrantes do primeiro “Velozes e Furiosos” (Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster e Michelle Rodriguez) retornam cheios de adrenalina nessa eletrizante continuação, talvez o melhor filme da franquia (é a mais bem feita até agora, com certeza). A qualidade e os roteiros cíclicos da cinessérie caíram bastante, aonde mudaram diretores, produtores e até o elenco central. Mas aqui, a tão aguardada volta do quarteto com suas máquinas envenenadas, faz vibrar até o público que não conhece as fitas anteriores. Tentaram dar uma repaginada na franquia e conseguiram – a ideia era começar do zero, repare no título original (somente “Fast & Furious”).
Rachas e perseguições em alta voltagem garantem boa diversão, com direito a cenas de tirar o fôlego, como a perseguição nas minas de carvão. Para os menos exigentes e para os curtem loucuras em quatro rodas, esta é uma boa pedida para o final de semana. Por Felipe Brida

Título original: Fast & Furious
País/Ano: EUA, 2009
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster, Michelle Rodriguez, John Ortiz.
Direção: Justin Lin
Gênero: Ação
Duração: 107 min.
Lançamento: Primeira quinzena de agosto
Distribuidora: Universal Pictures
Site oficial: http://www.fastandfuriousmovie.net/

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Morre o ator Patrick Swayze aos 57 anos

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O ator Patrick Swayze morreu hoje, segunda-feira, aos 57 anos, em decorrência de complicações causadas por um câncer no pâncreas, descoberto em fevereiro do ano passado. Swayze foi três vezes indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator - pelos filmes "Dirty Dancing - Ritmo quente" (1987) e "Ghost - Do outro lado da vida" (1990), seus dois maiores sucessos, e ainda por "Para Wong Foo - Obrigado por tudo, Julie Newmar" (1995).
Nascido em Houston, Texas, no dia 18 de agosto de 1952, o ator, filho de coreógrafos e de descendência Apache, estreou nos cinemas em 1979 no filme "Skatetown USA".
Atuou em mais de 30 produções, como "Vidas sem rumo" (1983, dirigido por Francis Ford Coppola), "De volta para o inferno" (1983), "A volta por cima" (1984), "Amanhecer violento" (1984), "Veia de campeão" (1986), "Matador de aluguel" (1989), "Caçadores de emoção" (1991), "A cidade da esperança" (1992), "Um pai fujão" (1993), "Os três desejos" (1995), "Eternamente Lulu" (2000) e "Donnie Darko" (2001). Trabalhou em seriados e filmes para TV. Mesmo debilitado devido ao câncer, liderou o elenco da primeira temporada do seriado policial "The beast", aonde interpretava o agente do FBI Charles Barker.
Para a trilha sonora do filme "Dirty dancing" emprestou a voz na balada romântica "She's like the wind", sucesso nas rádios nos anos 80.
Era casado desde 1975 com a atriz Lisa Niemi e não deixou filhos. Por Felipe Brida

domingo, 13 de setembro de 2009

Viva Nostalgia!


Dio, come ti amo!

Nadadora de origem pobre, a jovem Gigliola (Gigliola Cinquetti) apaixona-se pelo noivo rico de sua melhor amiga. Para tentar se aproximar do rapaz, Gigliola, com a ajuda dos pais, faz-se passar por uma princesa. Será que ela conseguirá conquistar o amor de sua vida?

Fita romântica musical, “Dio, come ti amo!” se transformou em imediato sucesso de público em várias partes do mundo, inclusive no Brasil onde o filme ficou em cartaz por muito tempo, arrastando multidões às salas de cinema. A história é leve, gostosa de se (re)ver, ainda mais em cópia restaurada e remasterizada distribuída pela Versátil, com ótima qualidade de imagem, que ajuda e muito a fotografia em preto-e-branco.
Veículo para o estrelato da popular cantora italiana Gigliola Cinquetti, cuja voz é suave e inconfundível, ela, mesmo com rosto bonito, não tem perfil para cinema e aqui faz um trabalho bem superficial. Aliás, o filme serve apenas para experimentar o gostinho de um antigo sucesso que hoje resulta brega e bobinho.
As premiadas músicas “Non ho l'età” (vencedora do Festival de San Remo em 1964), que toca na abertura, e “Dio, come ti amo!” (ganhadora no mesmo festival dois anos depois), cantada no final, numa seqüência absurda e extremamente melosa, marcaram época. Atenção para os passeios nostálgicos por Nápoles e Pompéia, momentos-chave do filme. Sai em DVD em edição de colecionador, somente trazendo textos e biografias como extras. Por Felipe Brida

Título original: Dio, come ti amo!
País/Ano: Itália/ Espanha, 1966
Elenco: Gigliola Cinquetti, Mark Damon, Micaela Pignatelli, Antonio Mayans, Trini Alonso, Felix Fernandéz.
Direção: Miguel Iglesias
Gênero: Romance
Duração: 107 min.
Distribuidora: Versátil

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Cine Lançamento


Divã

Casada e com dois filhos, a quarentona Mercedes (Lília Cabral) procura um analista, por curiosidade. Nas idas e vindas do consultório, inicia uma verdadeira jornada de auto-conhecimento e descobertas.

Deliciosa comédia para público feminino, “Divã” é um dos melhores filmes da safra brasileira de 2009, baseado na peça homônima também encenada pela brilhante Lilia Cabral. Talvez a maior de sua geração, a atriz é espontânea, simpática, convincente e segura com seriedade o papel, que inventa momentos muito divertidos e outros tristes. Como nos sentimos bem ao ver uma atriz tão viva que, infelizmente, faz pouco cinema.
Voltando ao enredo, a partir das consultas com o analista (a figura é um homem, que nunca mostra o rosto, apenas fica de costas e sequer fala) Mercedes vê o quão sua vida é rotineira, sem graça. Resolve então mudar os ares completamente, radicalizando, ou melhor, aproveitando o estilo mais extasiante de “carpe diem”. Nesse caminho tropeços são inevitáveis, como a separação matrimonial, as paixões frustradas etc.
Contando com um bom elenco secundário – José Mayer, que poderia ser melhor aproveitado, e a ótima humorista Alexandra Richter, “Divã” é engraçado, sensível e sincero.
Diretor dos filmes da fase final de “Os trapalhões” nos anos 80, José Alvarenga Jr, também responsável por episódios da série “Os normais”, atinge aqui um momento de notória maturidade, com certeza seu melhor trabalho. Confira. Por Felipe Brida

Título original: Divã
País/Ano: Brasil, 2009
Elenco: Lília Cabral, JoséMayer, Alexandra Richter, Reynaldo Gianecchini, Eduardo Lago. Participações especiais: Cauã Reymond, Duda Mamberti, Antônio Pedro e Elias Gleizer.
Direção: José Alvarenga Jr
Gênero: Comédia
Duração: 91 min.
Lançamento: Primeira quinzena de setembro
Distribuidora: Europa Filmes
Site oficial: http://www.divaofilme.com.br/

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Cine Lançamento


A partida

Músico recém-demitido da orquestra japonesa consegue emprego como agente funerário. Sua função é preparar os mortos para o plano espiritual. O novo trabalho faz com que o jovem ingresse em uma jornada de crises familiar e existencial, o que o faz questionar sua própria vida.

Belíssimo trabalho intimista dirigido pelo veterano Yôjirô Takita, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro esse ano. Sensível, com trilha sonora profundamente tocante, essa pequena obra de arte intercala momentos cômicos (já que o tema mórbido necessita ser suavizado para não causar incômodo ao público) e dramáticos, que com certeza levará as pessoas às lágrimas.
Frente às lentes da câmera estão o aprendiz (o músico, interpretado por Masahiro Motoki) e seu mestre, um senhor que já trabalha na funerária há décadas (o ótimo veterano Tsutomu Yamazaki). Ambos são responsáveis pela passagem dos falecidos para a outra vida, o que incumbe aos agentes funerários enorme responsabilidade.
A preparação dos mortos carrega um ritual mágico, repleto de sutileza, num verdadeiro trabalho artesanal, que vai desde a troca das vestimentas até a limpeza e a colocação de maquilagem. E o filme explora esse campo, sem ser piegas.
Um dos melhores filmes do ano, “A partida” é uma poesia radiante, que deve ser vista, revista e, acima de tudo, sentida. Por Felipe Brida

Título original: Okuribito/Departures
País/Ano: Japão, 2008
Elenco: Masahiro Motoki, Tsutomu Yamazaki, Ryoko Hirosue, Kazuko Yoshiyuki.
Direção: Yôjirô Takita
Gênero: Drama
Duração: 130 min.
Lançamento: Segunda quinzena de agosto
Distribuidora: Paris Filmes

sábado, 5 de setembro de 2009

Cine Lançamento


Presságio

Na escola, garoto recebe uma carta que contém estranhas mensagens e símbolos. Seu pai, o cientista John Koestler (Nicolas Cage), ao decifrar o conteúdo daquele antigo documento, descobre um terrível segredo: as inscrições anunciam desastres ocorridos no passado e outros que estão por vir. O cientista então segue uma corrida contra o tempo para evitar as tragédias.

Nesse filme-catástrofe de produção acima da média (custou U$ 50 milhões), os bons efeitos visuais feitos no digital conduzem o público a uma sucessão de acontecimentos sem lógica tampouco consistência, que garantem um entretenimento inusitado e assustador. Numa linha do tempo, exibe diversos casos reais de atentados que chocaram o mundo, como o ataque às Torres Gêmeas e as bombas em Oklahoma City. Amarram também um sem número de pequenos temas do universo da ficção científica, como seres extraterrestres, e do sobrenatural, como vozes do além, sem desenvolvê-los a fundo ou sequer explicá-los - mas sempre com um tom de tragédia, para assombrar e perturbar. E por fim um apocalipse pré-anunciado torna-se a situação-chave dessa história que reserva surpresas e um final diferente (alguns poderão chiar ou mesmo se frustrar com o desfecho cheio de dúvidas, algo que parece ter saído de fitas de Spielberg, como “Contatos imediatos de terceiro grau” e “ET”).
Nicolas Cage voltou com tudo em filmes de ação e suspense (o ator chega a atuar numa média de quatro filmes por ano, e parte deles têm boa bilheteria), ele está bem dirigido e mantém o papel do cientista em busca de respostas para decifrar códigos que podem apontar o fim da humanidade em breve.
O diretor egípcio Alex Proyas costuma assinar projetos com visão dark e pesada do futuro, como fez em “O corvo” (1994) e “Cidade das sombras” (1998), e aqui não faz diferente. Mesmo com perceptíveis falhas de roteiro e exageros, dá para consumir rapidamente como passatempo. Por Felipe Brida

Título original: Knowing
País/Ano: EUA/ Inglaterra, 2009
Elenco: Nicolas Cage, Chandler Canterbury, Rose Byrne, Lara Robinson.
Direção: Alex Proyas
Gênero: Ação/Ficção científica
Duração: 121 min.
Lançamento: Segunda quinzena de julho
Distribuidora: Paris Filmes
Site oficial: http://www.knowing-themovie.com/

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Viva Nostalgia!


Zazie no metrô

Zazie, garota mimada que mora no interior da França, quer de todo jeito conquistar seu maior sonho: andar de metrô em Paris. Quando surge a oportunidade de ir para a capital acompanhada pelo tio, descobre que a greve dos metroviários aflige a população. Frustrada, decide fazer estrepolias na Cidade Luz; em cada situação burlesca experimentada, topa com personagens esquisitos em uma aventura de pura magia.

Fantasia infantil cult, influenciada pelo tom burlesco e surrealista dos desenhos animados. A velocidade de gravação do filme foi alterada para que os personagens fossem ágeis, como nas animações, o grande diferencial desse projeto. Diferente de tudo o que Louis Malle dirigiu – um dos “cabeças” do movimento Nouvelle Vague, “Zazie no metrô” (1960) é daqueles filmes únicos, cujas travessuras de Zazie dificilmente serão esquecidas.
Um pouco caótico, necessita-se que o público tenha o mesmo ritmo para acompanhar a rapidez das cenas que nos levam a participar da tresloucada aventura da garotinha. Distribuído no Brasil pela Cult Classic em boa qualidade. Por Felipe Brida

Título original: Zazie dans le métro
País/Ano: França/Itália, 1960
Elenco: Catherine Demongeot, Philippe Noiret, Hubert Deschamps, Carla Marlier.
Direção: Louis Malle
Gênero: Comédia/ Fantasia
Duração: 89 min.
Lançamento: Abril de 2009
Distribuidora: Cult Classic