Mamma Mia! – O filme
Prestes a se casar na ilha grega de Kalokairi, a jovem Sophie (Amanda Seyfried) resolve desvendar um antigo mistério: quem é o seu verdadeiro pai. Ela descobre em um diário que a mãe, Donna (Meryl Streep), relacionou-se com três homens diferentes em um curto espaço de tempo. Para saber a verdade, Sophie, sem contar para a mãe, convida para o casamento os três supostos genitores – Sam (Pierce Brosnan), Bill (Stellan Skarsgard) e Harry (Colin Firth). A confusão está armada quando Donna reencontra com os amores passados e, diante da filha, terá de revelar o segredo.
Baseado na peça teatral homônima originalmente montada em Londres em 1999, a comédia musical “Mamma mia” liderou bilheteria no mundo todo, tornando-se a sensação do momento. Há razões para o estrondoso sucesso de público: o filme é alto astral e as músicas, todas elas do Abba, contagiam. Traz ainda fascinantes locações de uma ilha paradisíaca numa Grécia banhada por um exuberante mar azul. É irresistível acompanhar as traquinagens e os desastres cometidos pelo trio feminino de cinquentonas – Meryl Streep, Julie Walters e Christine Baranski, que estão à vontade em papéis de molecas. Há doses de humor equilibradas com momentos dramáticos bem bonitos – como a reprodução do clássico “The winner takes it all” e de “Slipping through my fingers”.
Apesar do charme e do colorido todo, o musical tem um enredo bobinho, fraco mesmo. É basicamente uma história de reencontro e descobertas, cujo mote se centraliza no desejo de uma garota em busca do sonho – não materialista – de conhecer o pai. Para conquistá-lo, acaba armando uma confusão daquelas ao reunir os três supostos pais para festejar o casamento.
Como o elenco todo solta a voz, temos de perdoar o tom desajeitado dos atores – em certos momentos é uma piada federal escutar Julie Walters e Meryl Streep. As coreografias são mal encenadas e nem um pouco marcantes. E os homens da fita não têm o mesmo destaque do trio composto pelo sexo oposto.
Por ser tudo tão alegre, tão divertido, a fita cativa, e deixamos de olhar as falhas.
Assim como eu, fãs do Abba deverão curtir a fita. Quem dançou ao som da banda sueca nos anos 70 e início dos 80 vai lembrar com saudosismo de ritmos que marcaram época, como “Dancing Queen”, “Super trouper”, “SOS”, “Take a chance on me”, “Honey, honey” e, obviamente, a canção-título, um dos melhores momentos do filme, em que Meryl Streep, de macacão azul, anda pelos telhados da casa.
Além do casal Tom Hanks e Rita Wilson, estão ligados na produção executiva do filme os ex-integrantes do Abba, Björn Ulvaeus e Benny Andersson, que ainda aparecem como figurantes em duas seqüências. E este é o primeiro trabalho da diretora inglesa Phyllida Lloyd, que também dirigiu a remontagem da peça na Broadway anos atrás. Difícil prever, mas o sucesso de “Mamma mia!” indica o retorno do gênero musical? Por Felipe Brida
Título original: Mamma mia!
País/Ano: EUA/Inglaterra/Alemanha, 2008
Elenco: Meryl Streep, Amanda Seyfried, Pierce Brosnan, Julie Walters, Stellan Skarsgard, Colin Firth, Christine Baranski, Dominic Cooper
Direção: Phyllida Lloyd
Gênero: Musical/Comédia
Duração: 108 min.
Lançamento: Primeira quinzena de dezembro
Distribuidora: Universal
Nenhum comentário:
Postar um comentário