Cinema na Web: Nota de cinema

sábado, 6 de setembro de 2025

Nota de cinema

Mostra de Cinema de SP anuncia mais títulos da programação 2025

Está chegando um dos festivais de cinema mais importantes do país. Em sua 49ª edição, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo será realizada de 16 a 30 de outubro, na capital paulista. Esta semana mais títulos foram anunciados para compor a programação 2025. São eles: ‘Blue Moon’ e ‘Nouvelle Vague’, ambos de Richard Linklater – o primeiro foi vencedor do prêmio de melhor ator coadjuvante para Andrew Scott no Festival de Berlim e o segundo concorreu à Palma de Ouro em Cannes; e também os filmes romenos ‘Drácula’ e ‘Kontinental ‘25’, ambos de Radu Jude, respectivamente vencedor de um prêmio especial no Festival de Locarno e o outro, ganhador de melhor roteiro no Festival de Berlim. Mais novidades serão anunciadas em breve.

Sobre a Mostra de São Paulo

- O pôster oficial da 49ª Mostra é assinado pelo escritor e artista plástico angolano radicado em Portugal Valer Hugo Mãe. Como homenagem ao seu trabalho, a Mostra irá exibir o documentário português ‘De lugar nenhum’ (2025), de Miguel Gonçalves Mendes, que retrata a vida do escritor. Outro título anunciado pela Mostra, em exibição esse ano, é ‘O filho de mil homens’ (2025), da Netflix – com direção de Daniel Rezende e protagonizado por Rodrigo Santoro, o filme é adaptado do romance homônimo do referido escritor.

- Alguns títulos confirmados para exibição na Mostra são ‘Mirrors no 3’ (2025, drama/suspense alemão, do cultuado cineasta Christian Petzold, de ‘Afire’ e ‘Em trânsito’, exibido nos festivais de Cannes e Sydney), ‘Living the land’ (2025, drama chinês, vencedor do prêmio de melhor diretor no Festival de Berlim), ‘La petite dernière’ (2025, drama franco-alemão da cineasta e atriz Hafsia Herzi, vencedor dos prêmios de melhor atriz em Cannes e do Queer Palm), ‘Dead souls’ (2025, drama/faroeste do conhecido cineasta Alex Cox, dos cult movies dos anos 80 ‘Repo Man: A onda punk’ e ‘Sid & Nancy, o amor mata’), ‘Sound of falling’ (2025, drama de guerra alemão vencedor do prêmio do Júri no Festival de Cannes) e ‘Urchin’ (2025, drama britânico vencedor do prêmio da Crítica e de melhor ator na ‘Mostra Um Certo Olhar’ em Cannes, escrito e dirigido pelo ator de ‘Triângulo da Tristeza’ e ‘Babygirl’ Harris Dickinson).

Patrocínio

A Mostra de Cinema de SP é uma realização do Ministério da Cultura e conta com o patrocínio master da Petrobras e patrocínio do Itáu, SPCine e Prefeitura de São Paulo. Tem parceria do Sesc, apoio do Projeto Paradiso, apoio técnico da Quanta, Cultura Artística e Cinemateca Brasileira e colaboração da Ancine, Embratur, Netflix, Instituto Guimarães Rosa – IGR e British Council, além da promoção da Globofilmes, Canal Brasil, Folha de S. Paulo, TV Cultura, Arte 1, Bandnews e Revista Piauí.

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Cine-arte ou cine-comercial? Uma apresentação

Certo dia, o escritor e desenhista carioca Millôr Fernandes lançou a seguinte frase sobre a sétima arte. “Se se ganha dinheiro, o cinema é uma indústria. Se se perde, é uma arte”. Pensamento sem rodeios, que coloca em evidência as duas vertentes que moldam o cinema contemporâneo. De um lado, um público cada vez maior em busca de entretenimento; do outro, uma minoria que se apega a projetos mais pessoais e intelectualizados. Independente da opção, ambos proporcionam um sabor peculiar à sétima arte.E são nestes dois opostos que minha paixão completa dezessete anos. E de dedicação, dez. Meu primeiro contato com cinema aconteceu aos sete anos quando, em 1992, assisti ao filme “O Silêncio dos Inocentes”. Legendado, em VHS. E olha o esforço: estava na fase de aprender a ler, então via o filme apertando o pause. E frames e frames eram apreciados lentamente. O que era para ser assistido em duas horas durou pouco mais de quatro. E pequeno, de tão assombrado com a figura sinistra de Hannibal Lecter, era perseguido pelo médico canibal nos intermináveis pesadelos.Poucos dias depois, na mesma locadora, adquiri meu primeiro filme. Um suspense ruim (análise feita hoje, pois na época o achava assustador) chamado “Mad Jake – No Caminho da Morte” (Blood Salvage, 1990). E a partir daí a coleção não parou de crescer. O gosto pela arte cinematográfica também não. Ela passou a incorporar meu dia-a-dia.Paralelo aos filmes, livros de cinema para ampliar o conhecimento. Saber os feitos dos diretores, as obras-primas, os fracassos, as produtoras de cinema, os movimentos cinematográficos, os cult movies, os galãs e as estrelas.De 1998, quando criei meu primeiro site de cinema, nunca parei de escrever resenhas, críticas, comentários e reportagens, textos que foram publicados em sites, jornais, revistas especializadas e até em panfletos de bairro. Textos que faço por prazer.Blogueiro desde 2003, trago agora, com o “Cinema na Web”, mais uma opção para os leitores se aproximarem da sétima arte. E com a valiosa colaboração de profissionais da área de Jornalismo e Cinema, o blog estará aberto à opinião dos leitores. Um espaço livre para sugerir análises de filmes, fazer comentários favoráveis sobre o conteúdo ou até mesmo criticar o posicionamento dos autores dos textos. Aqui haverá de tudo: cinema mexicano, filmes ruins e desconhecidos do público, dicas de filmes europeus, longas brasileiros, biografia de diretores e artistas etc. E uma novidade: uma página especial com análise de mais de 350 curtas-metragens nacionais. A pesquisa vem sendo realizada por mim desde 2004, quando fundei e organizei a videoteca de curtas da UNIRP (Centro Universitário de Rio Preto), que logo depois deu origem às maravilhosas sessões do Cine Clube da UNIRP (que ainda é mantido por mim e por professores e alunos).
Um bom divertimento aos leitores e cinéfilos de plantão!

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