Filmes de ação e terror em DVD.
O bruxo Warlock (Julian Sands) retorna de séculos atrás ao tempo presente para capturar seis runas místicas com o objetivo de invocar o mal na Terra. Druidas com o apoio da população de uma cidadezinha tentarão impedi-lo.
O ator inglês Julian Sands retorna com tudo no papel que o imortalizou no cinema, o do bruxo/feiticeiro de longos cabelos loiros. Falecido em 2023, aos 65 anos – ele desapareceu numa trilha que fazia sozinho na Califórnia, e seu corpo só foi localizado cinco meses depois, Sands está mais à vontade em cena, com muita sede de sangue e disposto a eliminar quem cruzar seu caminho. Nessa continuação mais violenta, com menos humor e aventura e cheio de mortes sangrentas e grotescas, o entretenimento ganha nova dimensão, transformando o que era uma aventura com toques de horror em uma fita de terror moderna. A estrutura do filme com seus efeitos especiais estranhos vem da mente criativa do novo diretor, Anthony Hickox, falecido também em 2023, realizador de longas de horror cultuados dos anos 80 e 90, como ‘A passagem’ (1988) e a continuação, ‘Perdidos no tempo’ (1992), ‘Vampiros em fuga’ (1989) e ‘Hellraiser III – Inferno na Terra’ (1992).
É legal ver como Warlock renasce no tempo presente e como o feiticeiro maligno, diferente do filme anterior, feito quatro anos antes, assume mais protagonismo.
Lançado em DVD pela Obras-primas do Cinema no box ‘Trilogia Warlock’ - são dois discos contendo os filmes “Warlock: O demônio” (1989) e “Warlock 3: O fim da inocência” (1999), este feito para home vídeo e com o ator Bruce Payne substituindo Julian Sands. É uma caixa com luva, cards colecionáveis e mais de 1h de extras.
Warlock 2: O armageddon (Warlock: The armageddon). EUA, 1993, 98 minutos. Terror/Aventura. Colorido. Dirigido por Anthony Hickox. Distribuição: Obras-primas do Cinema
A morte pede carona
Dirigindo sozinho por
uma estrada no deserto, Jim Halsey (C. Thomas Howell) dá carona a um
desconhecido, John Ryder (Rutger Hauer). Em determinado momento, os dois discutem,
e Ryder sai do carro, ficando à beira da rodovia. Horas depois, Halsey percebe
que está sendo seguido por Ryder, um homem insano e desequilibrado que fará de
tudo para capturar o rapaz. Até pôr as mãos nele, matará sem piedade inocentes
pela estrada.
Um filme de suspense
classe A, com toques de terror e ação, que virou cult e marcou toda uma
geração. Uma obra intensa, de arrepiar, com momentos de pura tensão que deixa o
público com os nervos a flor da pele. ‘A morte pede carona’ fez boa carreira
nos anos 80 e deixou um impressionante legado – não só com uma continuação e um
remake, mas de filmes que o imitaram.
Ponto alto desse filmaço
está na engenhosa trama e nas inúmeras reviravoltas, como a da polícia que
suspeita que o rapaz protagonista é o autor das mortes na estrada.
Produzido pela HBO
Pictures com a Silver Screen, o filme foi rodado no Vale da Morte, localizado
no deserto de Mojave, na Califórnia, com paisagens autênticas de puro calor e sofrimento.
Foi a estreia de Robert Harmon na direção, que depois faria um dos mais
importantes filmes de ação de Van Damme, ‘Vencer ou morrer’ (1993). O eficiente
roteiro é de Eric Red, especialista em fitas de terror – ele escreveu e
dirigiu, por exemplo, ‘Anatomia de um assassino’ (1991) e ‘Lua negra’ (1996).
No papel do rapaz
perseguido sem trégua está C. Thomas Howell, na época no auge da carreira - era
um queridinho de Hollywood, vinha de filmes jovens como ‘Vidas sem rumo’ (1983)
e ‘Admiradora secreta’ (1985). O contraponto dele é o sinistro vilão, um papel memorável
e ameaçador do holandês Rutger Hauer, que faz uma entrega completa – ele já
estava nos Estados Unidos fazendo filmes desde ‘Blade runner – O caçador de
androides’ (1982), quatro anos antes, e o papel foi oferecido, antes, a Sam
Elliott e Terence Stamp. Também foi um dos primeiros trabalhos de Jennifer
Jason Leigh, que vinha de ‘Picardias estudantis’ (1982) e depois se consagraria
em ‘Mulher solteira procura’ (1992) e bem mais tarde seria indicada ao Oscar de
atriz coadjuvante por ‘Os oito odiados’ (2015).
O filme tem toda uma
construção de horror (e se olharmos bem, de faroeste), de perseguição ininterrupta
de um assassino atrás de sua vítima, um jogo de gato e rato perverso e
sanguinolento. Muito exibido na TV aberta, o filme acaba de sair em DVD pela
Classicline, em disco único, junto com a continuação feita para home vídeo, o
inferior e raso ‘A morte pede carona 2’ (2003 – Howell retorna ao papel, e aqui
dá carona a outro maluco na mesma estrada onde tudo começou - o assassino desse
segundo filme é Jake Busey, filho de Gary Busey). Em 2004 ‘A morte pede carona’
saiu em DVD pela Universal, na mesma cópia, e há ainda o remake de 2007, bem
legal e mais violento, com Sean Bean interpretando o psicopata.
Um de meus filmes
preferidos, que recomendo de olhos fechados – mas para assistir, fique de olhos
bem abertos!
A morte pede carona (The hitcher). EUA, 1986, 97 minutos. Ação/Suspense.
Colorido. Dirigido por Robert Harmon. Distribuição: Classicline
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