sábado, 29 de setembro de 2018

Nota do Blogueiro


Cult francês!
Segundo lançamento do mês em DVD da distribuidora Obras-primas do Cinema: box Louis Malle, uma homenagem ao cineasta mentor da Nouvelle Vague, com quatro obras suas - Amantes (1958), Zazie no metrô (1960), Lua negra (1975) e Pretty baby - Menina bonita (1978). Caixa com dois discos, filmes remasterizados, diversos extras e quatro cards colecionáveis! Já nas melhores lojas! Obrigado, @obrasprimas_docinema, pelo envio!




Nota do Blogueiro


Três super lançamentos em DVD pela Sony e Universal Pictures, já disponíveis nas lojas. Tem o tocante drama sobre sexualidade e religião "Desobediência" (2017), com Rachel Weisz e Rachel McAdams, e dois boxes para a criançada - o primeiro da Universal com a Illumination, contendo Sing - Quem canta seus males espanta (2016), Minions (2015) e Pets - A vida sexreta dos bichos (2016), e o outro da Universal com a Dreamworks, com duas animações indicadas ao Oscar, Trolls (2016) e O poderoso chefinho (2017). Um arraso!
Obrigado pelos filmes, @m2.comunicacao @sonypicturesbr @universalpicsbr @2014mada.




quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Nota do Blogueiro


Cinemando...
Primeiro grande lançamento do mês em DVD da distribuidora Obras-primas do cinema: box Wes Craven, com quatro filmes de terror do notório mestre do horror - Aniversário macabro (1972), Bênção mortal (1981), Quadrilha de sádicos (1977) e Quadrilha de sádicos II (1984). Disco duplo, filmes remasterizados, extras bem legais e quatro cards colecionáveis! Obrigado, @obrasprimas_docinema, pelo envio!




Cine Lançamento


Desobediência

Fotógrafa conceituada em Nova York, Ronit (Rachel Weisz) volta para sua cidade natal depois de muito tempo para o funeral do pai, um rabino. Distante da família, tenta reatar os laços, mas encontra rejeição, devido aos motivos que a afastaram da comunidade judaica. É acolhida pelo primo, o jovem rabino Dovid (Alessandro Nivola), com que tem forte ligação desde criança, e descobre que está casado com uma paixão de juventude dela, Esti (Rachel McAdams).

O diretor chileno Sebastián Lelio ganhou notoriedade este ano por ter vencido o Oscar de melhor filme estrangeiro pelo primoroso drama “Uma mulher fantástica” (2017), uma fita delicada sobre uma transexual que enfrenta a duras penas o preconceito da família do ex-marido recém-falecido. Com a repercussão do prêmio da Academia, de imediato o cineasta fechou contrato nos Estados Unidos para seu primeiro trabalho no exterior, feito às pressas, reunindo um elenco de peso (as duas Rachel, Weisz e McAdams, ambas já indicadas a Oscar, e Alessandro Nivola). O seu drama romântico “Desobediência”, exibido nos cinemas brasileiros em junho e lançado em DVD este mês pela Sony Pictures, também fala sobre sexualidade, mas com outra concepção, ainda mais intensa e apaixonada. Deixou de lado polêmicas levantadas na fita anterior para ser uma obra romântica puramente feminina, que suscita reflexões, feita com sinceridade e poesia. Trouxe para a cena um tema ousado - a redescoberta da sexualidade entre duas mulheres em uma família de judeus ortodoxos (que quando jovens se amaram e tiveram de ser afastadas), e à medida que fala sobre a relação proibida da personagem central, a fotógrafa, e o desprezo que sofre pela comunidade, invade os ritos familiares para acompanhar o dia a dia dos judeus atuais. O trabalho do diretor tem técnica, criatividade, audácia, comprometimento, ternura, sem exagero algum. E completa com a atuação das duas atrizes, algo bem marcante - gosto especialmente de Rachel McAdams, uma das mais interessantes do cinema atual – e Alessandro Nivola fecha o trio com dignidade!
Inteiramente rodado em Londres com custo baixo (U$ 6 milhões), o filme foi baseado em um romance de Naomi Alderman, de 2006, de mesmo título em inglês e ainda inédito no Brasil, e teve a produção assinada por Rachel Weisz. Não teve a repercussão que merecia, não foi nem indicado a prêmios de destaque (uma pena). Espero que descubram agora em DVD este drama tocante e que surpreende.

Desobediência (Disobedience). Irlanda/Reino Unido/EUA, 2017, 114 min. Drama. Dirigido por Sebastián Lelio. Distribuição: Sony Pictures


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Nota do Blogueiro


E também chegaram quatro lançamentos do mês da Classicline em DVD. No pacote vieram o drama político "Limite de segurança" (1964), as comédias "A amiga da onça" (1949) e "O casamento de Muriel" (1994) e o western "Terra do inferno" (1951). Todos pela primeira vez em DVD! Obrigado, equipe da Classicline, pelo gentil envio das amostras!



Nota do Blogueiro


Dois lançamentos em DVD da CPC-Umes Filmes na série Cinema Soviético: "A questão russa" (1947), drama de Mikhail Romm feito no pós-guerra, baseado na peça de Konstantin Simonov, e a criativa comédia musical "O homem do Boulevard des Capucines" (1987), de Alla Surikova. Ambos em cópia restaurada, com licença da Mosfilm. Imperdível! Obrigado, pessoal da @cpcumesfilmes, pelo envio dos dois DVDs. Valeu, @igordroog!


sábado, 22 de setembro de 2018

Resenhas especiais


Três resenhas de três bons filmes em DVD 

A cura

Lockart (Dane DeHaan) é um ambicioso operador do mercado financeiro enviado para um sanatório nos Alpes Suíços com o objetivo de buscar o CEO da empresa, que está internado para um tratamento com águas milagrosas. O jovem acaba aprisionado nesse sinistro spa, que guarda velhos segredos, envolvendo-se numa trama diabólica.

De Gore Verbinski, o aclamado diretor de filmes originais e bem inusitados como o terror “O chamado” (2002), o drama de humor negro “O sol de cada manhã” (2005), a animação ganhadora do Oscar “Rango” (2011) e das três primeiras partes da aventura de sucesso “Piratas do Caribe” (2003, 2006 e 2007), eis que chega em DVD pela 20th Century Fox mais um trabalho curioso do cineasta, instigante, complexo e com reviravoltas macabras. Uma fita diferenciada do gênero horror com suspense e um fundo de ficção científica, que dividiu a opinião do público e certamente da crítica; eu vi no cinema, em fevereiro de 2017, revi em DVD poucos meses atrás e continuo aprovando-o, mas reclamo da metragem, longa demais, de 2h26, e do desfecho previsível, que poderia ser bem superior. Mas não há como negar a aparência dele como um todo, a técnica, a qualidade visual do filme: tem clima de fitas antigas de terror inglês da Hammer, lugares exóticos que dão um medo danado (como o cenário central, o rústico sanatório isolado nas altas montanhas da Suíça, cercado por águas, com passagens secretas entre adutoras e cavernas, alinhado com uma fotografa excepcional, em tons pastéis, e o toque de fantasia, com abertura ao sobrenatural).
A trama inteira ocorre no sanatório, na verdade um spa, onde um jovem é enviado para localizar o chefão da empresa onde trabalha. Internado sem contato nenhum com o mundo exterior, o senhor faz hidroterapia com águas consideradas milagrosas, a tal “cura para o bem-estar” (título original do filme), porém nada é o que aparenta... Aos poucos o protagonista (o bom ator Dane DeHaan, de “Valerian e a cidade dos Mil Planetas”) cai em armadilhas perigosas a partir de um plano perverso, que remonta o passado de 200 anos daquele estranho local.
Assista com a máxima atenção, a cada minuto se dá um acontecimento instigante, personagens novos entram em cena (tem a participação especial de Jason Isaacs), o que reestrutura a história de medo, obsessão e loucura.
Escrito pelo próprio Gore Verbinski com o roteirista Justin Haythe, indicado ao Oscar por “Foi apenas um sonho” (2008), o filme saiu em DVD pela Fox este ano, com extras como músicas de meditação utilizadas na trilha sonora, cenas excluídas e trailers.

A cura (A cure for wellness). EUA/Alemanha, 2016, 146 min. Suspense/Horror. Colorido. Dirigido por Gore Verbinski. Distribuição: 20th Century Fox


O exterminador do século 23

Jack Deth (Tim Thomerson) é um policial do futuro que chega a Los Angeles para caçar criminosos transformados em zumbis mortais.

Também conhecido como “Trancers – O tira do futuro”, o divertido filme B de scifi com aventura saiu em DVD recentemente pela Versátil Home Video, em cópia restaurada, num box em homenagem a obras cultuadas do gênero. Trancers invadiu o restrito mundo dos fãs de ficção científica na década de 80 e veio na onda de “Blade runner” (1984), com roteiro semelhante, de um policial do futuro pronto para eliminar um grupo de zumbis infiltrados em Los Angeles, sedentos por sangue e carne humana. Tudo ocorre numa Los Angeles caótica, suja, em becos escuros (mesma ambientação de Blade Runner), com perseguições frenéticas e muitos tiros (sem apelar para o sangue, até os zumbis nem parecem zumbis como conhecemos de outros filmes, a pegada é ação pura).
Uma produção barata (U$ 400 mil) do cinema alternativo, altamente inventiva, lançada no mesmo ano de “O exterminador do futuro”, com estruturas bem semelhantes, repleta de efeitos especiais retrô (vistos sob a ótica de hoje), na moda das cores neon e sequências em slow motion, novidades para a época.
Foi um dos primeiros filmes de Helen Hunt, a mocinha da história, que já tinha aparecido em séries nos anos 70 – na época tinha 21 anos, e fazia par com o ator principal, Tim Thomerson, canastrão como de costume (e aqui soa bem esse seu perfil).
Deu origem a continuações, seis no total: “O tira do futuro” (1991, também dirigido por Charles Band), para cinema, e o restante para home vídeo, “A luta pela sobrevivência” (1992), “Fome de sangue” (1994), “A volta para casa” (1994) e “Trancers 6” (2002 – o único sem a presença de Tim Thomerson). Existiu ainda um curta intermediário entre o primeiro e o segundo, criado pelo próprio Charles Band, chamado “Trancers: City of lost angels” (1988), praticamente desconhecido.
Adorei revê-lo esta semana, um filme que via quando criança. Bateu uma nostalgia! Deixo agora como dica para quem se interessar! Ah, e além dessa obra bacanérrima, temos a oportunidade de acompanhar outros trabalhos de ficção científica contidos no mesmo box, chamado “Clássicos Sci-fi – Volume 4”, um digistack que reúne “Estranhos prazeres”, (1995), “Caltiki – O monstro imortal” (1959), “Geração Proteus” (1977), “Guerra entre planetas” (1955) e “Vale proibido” (1969). São três discos, com extras especiais, e na caixa vem cards colecionáveis. Fresquinho pela Versátil! Aproveite!

O exterminador do século 23 (Trancers). EUA, 1984, 76 min. Ficção científica/Ação. Colorido. Dirigido por Charles Band. Distribuição: Versátil Home Video



Amar, beber e cantar

Durante o ensaio de uma peça de teatro amador, na casa de campo do casal Colin (Hippolyte Girardot) e Kathryn (Sabine Azéma), uma notícia abala aquele seleto grupo: o melhor amigo deles, George, está prestes a morrer. As mulheres relembram a vida do colega, um cidadão mulherengo, enquanto os homens planejam convidá-lo para atuar no espetáculo.

Um pequeno grande filme-testamento do mestre do cinema francês Alain Resnais (1922-2014), que morreu meses depois do término das gravações. Na época, estava com a visão debilitada e precisou de ajuda da equipe para a realização – quem coordenou o projeto ao seu lado foi a esposa, a ótima atriz de seus filmes, Sabine Azéma, que aqui interpreta com maestria a espevitada protagonista, Kathryn.
Baseada na peça do inglês Alan Ayckbourn, a fita de arte é uma de suas mais acessíveis, uma ode romântica à amizade, simplista na forma, inteligente na concepção e metalinguística, que fala ao coração ao tratar do mundo do teatro. A estrutura do filme renova o gênero e mantém aspectos teatrais da fase final da carreira do cineasta (ele era um apaixonado pela arte dos palcos) – percebe-se um caráter minimalista, ambientado em lugares pequenos, fechados, só com diálogos.
A história gira em torno de um grupo de teatro, quase todos da terceira idade, que em pleno ensaio para o novo espetáculo leva um baque ao receber a trágica notícia de que um amigo próximo está com uma doença terminal, com poucos meses de vida. Entre conversas triviais, lembranças engraçadas e drinks no jardim o filme se constrói com perspicácia e inventividade. Pelos diálogos constrói-se o perfil do personagem doente, George, que nunca vemos.  Está aí o trunfo e o charme da obra, nunca conhecemos o rosto de George, temos a versão dele pelos depoimentos dos amigos, a partir de histórias que podem ou não ser verídicas.
A forma cenográfica é outro ponto alto, totalmente estilizado em um único cenário, coberto com panos para o ensaio do teatro (que nunca acontece também), com colagem de desenhos coloridos que demarcam as casas dos vizinhos. É a arte imitando a vida, sem a necessidade de ser tão verossimilhante, já que o essencial não reside somente naquilo que enxergamos de concreto.
Rodado em estúdio na França e na zona rural de Yorkshire Dales (Reino Unido), o primoroso filme derradeiro de Resnais recebeu indicação ao Urso de Ouro no Festival de Berlim e lá ganhou dois prêmios especiais em 2014.
Se sentir afinidade pelas obras do diretor, não deixe de conferir os três trabalhos anteriores, bem semelhantes e com resultado encantador: “Medos privados em lugares públicos” (2006), “Ervas daninhas” (2009) e “Vocês ainda não viram nada!” (2012), todos disponíveis em DVD no Brasil.
E se quiser ir mais fundo, assista aos seus dois filmes emblemáticos da Nouvelle Vague, movimento que ajudou a criar, “Hiroshima, meu amor” (1959) e “O ano passado em Marienbad” (1961).

Amar, beber e cantar (Aimer, boire et chanter). França, 2014, 108 min. Comédia dramática. Colorido. Dirigido por Alain Resnais. Distribuição: Imovision

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Nota do blogueiro


Coisa de cinema! Quatro bons lançamentos em DVD pela Obras-primas do Cinema chegando no mercado brasileiro, para delírio dos cinéfilos: o box John Carpenter, com disco duplo contendo quatro filmes do cineasta - Dark star (1974), Assalto à 13a. DP (1976), Alguém me vigia (1978) e Trilogia do terror (1993); o cultuado Mal do século (1995), de Todd Haynes; a coleção "Sessão anos 80 - volume 3", com quatro produções que marcaram a década de 80 - A inocência do primeiro amor (1986), Namorada de aluguel (1987), Atração mortal (1988) e Ela é o diabo (1989), em disco duplo, com extras e quatro cards colecionáveis; e por último o box "Expressionismo Alemão - volume 3", com cinco obras notáveis do movimento cinematográfico que revolucionou a Sétima Arte. São elas: O estudante de Praga (1913), Fantasma (1922), Tartufo (1925), Variedades (1925) e O homem que ri (1928) - inclui três discos, mais de 90 minutos de extras e cinco cards. Já nas lojas! Obrigado, pessoal da @obrasprimas_docinema, pelo envio dos DVDs.





terça-feira, 18 de setembro de 2018

Resenha Especial


Minions

(* Reedição)

Os Minions habitam o planeta Terra há milhões de anos e sempre serviram os vilões da História. Depois de um terrível incidente, ficam sem um mentor, fazendo com que a comunidade das criaturinhas amarelas entre em depressão na clausura de uma caverna. O tempo passa, e o trio Stuart, Kevin e Bob, planeja uma viagem ao desconhecido para localizar um vilão que compactue com suas ideias. Só que eles não imaginam cruzar, no caminho, com a ameaçadora Scarlett Overkill (voz de Sandra Bullock), detentora de máquinas e poderes fora do comum.

Em comemoração ao Dia das Crianças, a Universal Pictures antecipou o lançamento de um box especial com três fitas de animação para a garotada, que acabaram de chegar em DVD nas lojas, em edições especiais. Neste foram reunidas três produções da Illumination, “Sing – Quem canta seus males espanta” (2016), que recebeu duas indicações ao Globo de Ouro; “Pets – A vida secreta dos bichos” (2016); e este “Minions” (2015), uma aventura descontraída e bem caprichada com os três personagens de destaque do Minions - Stuart, Kevin e Bob, adoráveis criaturas amarelas que apareciam nas fitas da franquia “Meu malvado favorito”. Ganharam o primeiro filme próprio, e aqui podemos ver como tudo começou. De cara, na abertura, ouvimos o grupo soltando a voz para a vinheta da Universal, uma sacada divertida. Logo acompanhamos uma breve linha do tempo com os Minions em passagens da História do Mundo, desde o surgimento da Terra, a briga com dinossauros milhões de anos atrás e até aloprar o exército de Napoleão Bonaparte, por exemplo, embalados pela canção “Happy together”, de The Turtles. No tempo atual, precisamente a década de 60, que é o eixo central da trama, os três Minions mais famosos saem da escuridão (como no Mito da Caverna, de Platão) para alcançar o novo, com a meta de encontrar um vilão que os inspire. É o start de uma jornada frenética, onde percorrerão o mundo, sempre com muita euforia, até cair nas graças da superpoderosa vilã Scarlett Overkill, criada especialmente para este filme.
Do começo ao fim, vai por mim, a animação diverte crianças e adultos, e ainda tem referências cinematográficas e musicais da cultura pop, para os entendidos – como a turbulenta situação político-social dos Estados Unidos no fim da década de 60, com citações à Guerra do Vietnã, movimento hippie, Contracultura etc
As vozes dos Minions, todas feitas pelo diretor, Pierre Coffin, provocam riso à parte - e ainda vemos nomes importantes do cinema emprestar a voz para personagens secundários, como Sandra Bullock, Michael Keaton, Jon Hamm, Allison Janney, Steve Coogan e narração de Geoffrey Rush.
Indicado ao Bafta em 2016 na categoria melhor animação, “Minions” tem trilha sonora assinada pelo brasileiro Heitor Pereira (ex-Simply Red) e fecha com uma sequência surpreendente (não deixem que te contem para não estragar a boa surpresa!).
Assim como os três filmes anteriores de “Meu malvado favorito”, produzidos pela mesma equipe, o orçamento foi parecido (este aqui de U$ 74 milhões) com uma bilheteria estrondosa, de U$ 337 milhões - atingiu os top 10 dos mais rentáveis de 2015. O público lotou as salas, conferiu com prazer, parte dos exigentes esperava mais, a crítica ficou dividida, porém na minha análise, como deu para notar, aprovei o resultado - os Minions deram o ar da graça numa animação engraçada, inteligente, ou seja, um passatempo de primeira qualidade. Já em DVD pela Universal em edição simples e no box. Confira também o extra, o “Jingle Bells” do Minions.

Minions (Idem). EUA, 2015, 91 min. Animação. Dirigido por Kyle Balda e Pierre Coffin. Distribuição: Universal Pictures


quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Resenha Especial


Minha primeira caçada

O caçador de cervos Buck Ferguson (Josh Brolin), que apresenta um programa na TV americana, leva seu cinegrafista, Don (Danny McBride), e o filho, Jaden (Montana Jordan), para uma viagem especial num camping de caça. Ele procura por um cervo de cauda branca, raro na região. Só que no caminho o trio irá se envolver em várias aventuras para chegar à floresta onde está o animal, isolada do mundo.

Uma boa comédia de erros produzida pela Netflix, engraçadinha, bem no gosto dos americanos, de apenas 1h23 de duração, lançada na plataforma em julho deste ano. Desde 2017 a Netflix vem lançando uma média de 15 filmes próprios por mês no Brasil, boa parte deles do gênero comédia, e essa fita independente é uma boa aposta, que foi mais apreciada pelos americanos, e aqui no Brasil não pegou.
No elenco temos Josh Brolin, um bom ator versátil que faz de tudo um pouco e vem ganhando destaque em obras importantes do cinema, no papel do protagonista, um caçador e apresentador de um programa sobre caçada de animais selvagens. Ele viaja com o cinegrafista, interpretado pelo comediante e roteirista do filme Danny McBride (aqui melhor que de costume), e o filho adolescente até um camping para encontrar um cervo raro, de cauda branca, mas pelas trilhas da floresta vão se deparar com confusões. O título original faz referência a esse cervo difícil de ser localizado, enquanto a tradução no Brasil faz jus à primeira caçada do garoto Jaden, uma espécie de rito de passagem, uma iniciação à vida adulta, que o pai dele propõe.
Além da comédia o filme procura saídas para o drama, em que pai e filho tentam se reconectar após um tempo afastados, com bons ingredientes desse gênero, sem ser piegas ou choroso, já que o humor se destaca!
Eu gostei, assiste-se facilmente. O resultado deu certo por causa da mão boa do diretor Jody Hill, de fitas de comédias, que escreveu o roteiro ao lado do ator Danny McBride. Vale uma espiada no Netflix.

Minha primeira caçada (The legacy of a whitetail deer hunter). EUA, 2018, 83 min. Comédia dramática. Colorido. Dirigido por Jody Hill. Distribuição: Netflix


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Cine Lançamento


Maria Madalena

Numa comunidade pesqueira, a devotada Maria Madalena (Rooney Mara), contra a vontade dos pais, foge de casa para se juntar a Jesus Cristo (Joaquin Phoenix) e seus apóstolos, que percorrem a região para transmitir ao povo mensagens positivas de amor ao próximo. Ela vai ajudá-los nas pregações, com destino a Jerusalém, numa jornada espiritual que a transformará, assim como irá mudar o rumo daquele grupo de homens de fé.

Uma excelente versão revisionista de uma personagem bíblica controversa, Maria Madalena, que nesta atualização ganha novos entendimentos, por isto uma produção polêmica e que dividiu a opinião do público, principalmente os religiosos.
O promissor cineasta australiano indicado ao Emmy e ao Bafta Garth Davis, que havia feito um belo trabalho em “Lion: Uma jornada para casa” (2016), optou por uma fita de arte de base cristã, porém com amplitudes feministas, de uma outra Maria Madalena, contemporânea, não mais aquela mulher apontada como prostituta, o que produz um efeito catártico aos que estão diante da tela da TV, abrindo reflexões sobre o papel da mulher atual.
Garth Davis contou com a ajuda de duas roteiristas para recriar a difícil versão, Helen Edmundson (de telefilmes britânicos) e Philippa Goslett (que tinha escrito o bom, mas pouco assistido “Poucos cinzas”, de 2008, sobre o pintor Salvador Dalí), e escalou para o papel principal Rooney Mara, numa interpretação impecável, uma das melhores da carreira. Assim acompanhamos de perto a vida de uma jovem humilde, devota e inteligente, isolada numa comunidade de pescadores, na região de Magdala, na antiga Galiléia (por isto Maria Madalena, ou Maria de Magdala). Ela quer sair de lá, briga com a família inteira por não aceitar imposições de um casamento, inclusive pais e irmãos acreditam que ela está possuída por demônios (tem até uma cena discreta de exorcismo, feito nas águas do rio). Contra todos, vai embora de casa e se junta a Cristo e aos apóstolos, que visitavam os arredores. O grupo criava ali um movimento social considerado radical, mal visto pela comunidade – e Maria também passa a ser desprezada, já que as mulheres não se juntavam aos homens nessas andanças. Ela parte para pregar a palavra de Cristo e aprender com ele o resgate dos pobres e oprimidos, cruzando terras infecundas, onde habitam pessoas com lepra e outras doenças.
Corajosa e à frente de seu tempo, Maria rompeu com as tradições familiares e quebrou as rígidas hierarquias da época, tornando-se uma figura messiânica e destacável seguidora de Jesus até a crucificação dele. Para se ter uma ideia da relevância de Maria Madalena, em 2016 o Vaticano a reconheceu como uma mulher fundamental na história de Jesus, que acompanhou de fato os apóstolos em suas peregrinações (no filme ela dividia as caminhadas com o apóstolo Pedro, papel de Chiwetel Ejiofor), e atualmente é reverenciada em diversas culturas e religiões.
Rooney Mara, duas vezes indicada ao Oscar (por “Carol” e “Millennium: Os homens que não amavam as mulheres”), cria a personagem com extrema distinção e brandura, com olhar penetrante e poucas palavras, e o filme narra sempre o seu ponto de vista no grupo dos apóstolos. Joaquin Phoenix faz Jesus, num papel-espelho de Maria, a ponte que liga a razão e a emoção entre a aprendiz e o mestre, numa interpretação incrível de um homem adorado, mas preocupado com o seu destino. Uma curiosidade: Phoenix e Rooney já haviam trabalho duas vezes juntos, em “Ela” (2013) e “Don't worry, he won't get far on foot” (2018, ainda inédito e sem tradução no Brasil).
Outro bom ator que aparece é o francês Tahar Rahim, de filmes como “O profeta” (2009) e “O passado” (2013), no papel de Judas, além de Chiwetel Ejiofor.
Dou destaque ainda para a emocionante trilha sonora, último trabalho do compositor islandês indicado ao Oscar Jóhann Jóhannsson, falecido prematuramente aos 48 anos em fevereiro deste ano, que realizou uma parceria com Hildur Guðnadóttir. O figuro é bonito, de Jacqueline Durran, seis vezes indicada ao Oscar e ganhadora por “Anna Karenina” (2012), e a fotografia, digna de suspiros (de Greig Fraser, indicado ao Oscar por “Lion” e de obras como “A hora mais escura”), rodada em lindas regiões da Itália, como Sicília e Apúlia.
Coproduzido entre Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, “Maria Madalena” é uma das grandes surpresas do ano, filme lindíssimo e com uma discussão necessária para abrir a nossa mente! Fresquinho em DVD pela Universal!

Maria Madalena (Mary Magdalene). EUA/Reino Unido/Austrália, 2018, 120 min. Drama. Colorido. Dirigido por Garth Davis. Distribuição: Universal Pictures

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Nota do Blogueiro


Sesc, Imes e Senac abrem esta semana mostra com filmes suecos de Bergman

O Sesc Catanduva, em parceria com o Imes e o Senac Catanduva, promove este mês a mostra de cinema “O Lobo à Espreita - Uma Homenagem ao Centenário de Ingmar Bergman”, que conta com exibição de cinco filmes do renomado cineasta sueco que completaria 100 anos em 2018. A mostra vem percorrendo o país pelas unidades do Sesc, e chega a Catanduva a partir desta semana. Serão quatro sessões às quintas e sextas-feiras no período da noite, encerrando a programação com um Cine Debate Especial, no sábado à tarde. A abertura é nesta quarta, dia 05, às 19h30, com o drama indicado ao Bafta “Persona: Quando duas mulheres pecam” (1966). Realizada no auditório do Senac Catanduva, a mostra é gratuita e aberta ao público. Confira abaixo a programação completa com data, horário e os títulos. Participem!

Programação:

Dia 05/09 – 19h30 – Persona: Quando duas mulheres pecam (1966, 85 min)
Dia 06/09 – 19h30 – A hora do lobo (1968, 90 min)
Dia 13/09 – 19h30 – Vergonha (1968, 103 min)
Dia 14/09 – 19h30 – Morangos silvestres (1957, 91 min)
Dia 15/09 – 14h – Sonata de outono (1978, 99 min) – Cine Debate Especial



sábado, 1 de setembro de 2018

Nota do Blogueiro


E tem mais DVDs na parada! Estes são os oito títulos recém-lançados pela parceira Classicline entre os meses de julho e agosto. Filmes de gêneros variados produzidos entre as décadas de 40 e 80, pela primeira vez no Brasil! São eles: Um barco e nove destinos (1944), Fomos os sacrificados (1945), Inspiração trágica (1947), Sinfonia prateada (1952), Gatilhos em duelo (1962), O pistoleiro do Rio Vermelho (1967), Um assaltante bem trapalhão (1969) e Querem me enlouquecer (1987). Um arraso! Já nas lojas. Agradeço a equipe da Classicline pelo envio dos títulos!










Nota do Blogueiro


Em DVD! Olha só o lançamento do mês da CPC-Umes Filmes na série Cinema Soviético: o drama de guerra "O destino de um homem" (1959), licenciado pela Mosfilm e agora pela primeira vez em disco no Brasil. Imperdível aos amantes do cinema cult! Obrigado, pessoal da @cpcumesfilmes, pelo envio do DVD.